terça-feira, 19 de dezembro de 2017

É HORA DOS MELHORES DO ANO, GALERA!!! (Top 15 álbuns de 2017 + Extras!)

essas feras aí meu, brincadeira bicho

É finalmente chegada a hora de mais uma lista de Melhores Álbuns do Ano! Essa já tradicional postagem aqui do Ground Zero chega a sua quinta edição, tendo se iniciado lá em 2013 e já havendo passado pelas mais diversas incarnações, com mudanças no número de indicações no decorrer do tempo e a inclusão e exclusão de alguns do famigerados extras que costumo incluir nos textos. E devo dizer: isso provavelmente vai continuar acontecendo, mas essa é a beleza destes posts, que se adaptam conforme a necessidade para cada ano.

Para 2017, além das duas publicações que serviram como um prelúdio para este Top (as quais você já deve ter lido, mas que estão linkadas ao fim desta postagem para os desavisados), resolvi retornar com o número de 15 escolhas para ilustrar o que houve de melhor no período. E os artistas se mostraram inspirados nesse ano, até porque não faltou material para influenciá-los. Seja pela mera sonoridade ou o conteúdo lírico, o fato é que os álbuns selecionados estão aqui por terem algo diferente a oferecer. Separá-los e elencá-os não foi uma tarefa fácil, mas acredito que o resultado final seja um bom reflexo de meus sentimentos ao ouvir cada um desses trabalhos. 

Então, vamos conhecer quais foram os 15 Melhores Álbuns de 2017 (e mais alguns extras na sequência):

#15: PROPHETS OF RAGE - "PROPHETS OF RAGE"


A união de músicos do Rage Against the Machine, Public Enemy e Cypress Hill marcou sua estreia nesse ano com o autointitulado Prophets of Rage, um álbum agressivo e de forte viés político, algo que não é nenhuma novidade para os membros do grupo. Com um Tom Morello inspirado e letras abertamente direcionadas, trata-se de uma resposta (bem-vinda e necessária) à situação dos EUA e, por que não, do mundo na atualidade.

#14: QUEENS OF THE STONE AGE - "VILLAINS"


Como uma espécie de atestado da inquietude e criatividade de Josh Homme, o mais recente trabalho do Queens of the Stone Age se afasta do que já foi explorado pelo grupo e apresenta uma sonoridade renovada, mas que ainda mantém suas principais características. Villains consegue ser belo, dançante e estranho em seus variados momentos, sem perder a qualidade ao explorar suas nuances. Uma ótima adição ao rol de melhores do quarteto.

#13: ARCADE FIRE - "EVERYTHING NOW"


Talvez a idolatria em torno do Arcade Fire tenha crescido além do cabível nos últimos anos, mas é inegável que eles seguem fazendo música como poucos atualmente. Everything Now é mais um atestado da qualidade do grupo, que segue o estilo adotado em Reflektor e faz, entre outras coisas, críticas explícitas à contemporaneidade. Apesar de o meio do álbum não ser tão marcante, seu início e seu desfecho são compostos de músicas tão incríveis que são o suficiente para garantir sua presença na lista.

#12: ROBERT PLANT - "CARRY FIRE"


O lendário ex-vocalista do Led Zeppelin apresentou em 2017 um registro que mais parece uma grande celebração de sua carreira, com passagens que abrangem desde o Rock que o consagrou com sua antiga banda até músicas com forte influência oriental, indo do expansivo ao intimista em seus quase 50 minutos de duração. E sua voz, mesmo envelhecida, segue sendo uma das mais distintas do meio musical, mais um dos motivos que tornam Carry Fire tão especial.

#11: SONS OF APOLLO - "PSYCHOTIC SYMPHONY"


Desde sua saída do Dream Theater, o baterista Mike Portnoy se envolveu com diversos supergrupos e projetos, estando o Adrenaline Mob e The Winery Dogs entre os de maior destaque. A empreitada da vez foi unir-se ao guitarrista Ron Thal, o vocalista Jeff Scott Soto, o baixista Billy Sheehan e o tecladista Derek Sherinian, um grupo de virtuosos em suas funções, e formar o Sons of Apollo, que já em sua estreia mostra seu potencial. Psychotic Symphony é um disco de Metal Progressivo com influências de Hard Rock que evidencia todas as qualidades de seus membros, que não se deixam levar pelo ego e fazem o conjunto funcionar com maestria. Um prato cheio para os fãs do gênero e dos músicos, especialmente para aqueles que sentiram falta de ouvir Portnoy tocando o estilo que o consagrou.

#10: MR. BIG - "DEFYING GRAVITY"


O Mr. Big surpreendeu a todos nesse ano ao anunciar o lançamento de um novo álbum, especialmente após Pat Torpey ter sido diagnosticado com o Mal de Parkinson em 2014. Mas o grupo soube superar a adversidade em Defying Gravity ao deixar seu baterista como supervisor (além de participar até onde sua condição o permitisse) e chamando Matt Starr para a função, de modo que a essência do quarteto foi mantida e o trabalho, como de costume, teve um resultado muito acima da média, apresentando um Hard Rock criativo e envolvente com a inconfundível assinatura da banda.

#9: LIAM GALLAGHER - "AS YOU WERE"


Após ter um relativo sucesso com os dois mornos registros do Beady Eye, Liam Gallagher resolveu se afastar um pouco do mundo da música, até retornar nesse ano com o anúncio do lançamento de seu primeiro disco solo. E o ex-vocalista do Oasis conseguiu chegar a um resultado muito mais autêntico e convidativo do que suas tentativas anteriores, sendo As You Were um trabalho conciso e muito prazeroso de se ouvir, resgatando o delicioso Britpop popularizado por seu antigo grupo e adequando-o à atualidade.

#8: THE AFGHAN WHIGS - "IN SPADES"


Conheci o Afghan Whigs apenas no começo desse ano, através do clássico Gentlemen, lançado em 1993. Um dos principais nomes do Rock Alternativo na Inglaterra durante a década de 1990, o grupo estava separado oficialmente desde 2001, tendo retornado em 2014. In Spades já é o segundo álbum da banda desde então, possuindo uma sonoridade que pode causar estranheza ao começo, mas que basta se acostumar para perceber toda a beleza e o intimismo que tem a oferecer. Uma das mais gratas descobertas de 2017, sem dúvidas.

#7: NOEL GALLAGHER'S HIGH FLYING BIRDS - "WHO BUILT THE MOON?"


Se Liam Gallagher resolveu resgatar a sonoridade que o consagrou no passado para obter êxito em sua estreia solo, seu irmão fez o oposto. Noel Gallagher alcança um novo patamar com seu grupo solo em Who Built the Moon?, um trabalho com o propósito de fazer o artista fugir do convencional e investir em uma variedade de estilos para suas músicas. Audacioso, pode afugentar os fãs a uma primeira ouvida, mas aqueles persistentes o suficiente são presenteados com a percepção de mais um ótimo trabalho do guitarrista.

#6: ANATHEMA - "THE OPTIMIST"


The Optimist não é um álbum para ser ouvido a qualquer momento (no ônibus ou no trabalho, por exemplo), você precisa estar em um determinado estado de espírito e, de preferência, em um ambiente mais calmo para desfrutá-lo por completo. Quando consegue, porém, é uma experiência que vale cada segundo. Um dos melhores e mais intimistas registros do conjunto, que consegue equilibrar melodia e pitadas de agressividade sempre que necessário, em um resultado único e belíssimo.

#5: ROGER WATERS - "IS THIS THE LIFE WE REALLY WANT?"


Depois de anos afastado do Rock, Roger Waters está de volta ao gênero que o consagrou como artista, com um trabalho a altura de seus melhores momentos. Desde sempre o mais politizado dentre os ex-membros do Pink Floyd, o músico consegue combinar toda a agressividade e insatisfação em relação ao mundo atual presente nas letras com seu senso melódico ímpar, entregando um disco que ao mesmo tempo encanta e revolta. Um manifesto mais do que necessário para a época em que vivemos.

#4: THE WAR ON DRUGS - "A DEEPER UNDERSTANDING"


Poucos artistas conseguem passar a sensação de serenidade e calmaria tão bem quanto Adam Granduciel, a grande mente por trás do The War on Drugs, consegue com A Deeper Understanding. Descrever o quão tocante é ouvir esse álbum é uma tarefa árdua, tamanha a sensibilidade de cada uma das canções que o compõe. E é assim que o grupo se consolida como um dos melhores e mais distintos da atualidade.

#3: TRIVIUM - "THE SIN AND THE SENTENCE"


O currículo do Trivium até o momento é invejável. A discografia do grupo beira o impecável, ao mesmo tempo em que eles nunca tiveram medo de mudar seu estilo, um dos motivos que fazem de seus trabalhos tão atraentes. Unindo a maturidade alcançada em Silence in the Snow com a agressividade e modernidade dos tempos de Shogun, a banda entrega em The Sin and the Sentence um de seus mais fortes e concisos trabalhos, o melhor do que o Metal teve a oferecer em 2017.

#2: THE NIGHT FLIGHT ORCHESTRA - "AMBER GALACTIC"


Surgido da união entre membros do Soilwork e do Arch Enemy, o Night Flight Orchestra vai no sentido oposto do som feito por esses grupos e aposta no Rock de Arena, no melhor estilo de Journey, Kansas, Queen, Foreigner e Boston. Amber Galactic, terceiro lançamento da banda, coroa seu trabalho como uma das mais legais e interessantes da atualidade, graças a sua sonoridade divertida, grudenta e envolvente, feita com o máximo de competência e que resulta em um registro apaixonante, daqueles que não dá vontade de parar de ouvir.

#1: STONE SOUR - "HYDROGRAD"


Não apenas o álbum que mais gostei, mas também o que mais escutei de 2017. O Stone Sour atingiu um novo patamar com seu melhor e mais diversificado registro, dosando peso e melodia de forma impecável e oferecendo algumas das mais marcantes músicas do ano. Não há pontos fracos em Hydrograd, com destaque criatividade e performance de Corey Taylor, uma das melhores de sua já consagrada carreira. Um disco que sabe quando oferecer agressividade, quando ser tocante, quando ser experimental e como ser bom do primeiro ao último segundo, um verdadeiro deleite auditivo.

MENÇÕES HONROSAS:

DAVID BOWIE - NO PLAN


Um EP póstumo de Bowie contendo Lazarus e mais três ótimas músicas que não haviam sido lançadas anteriormente, marcando em definitivo a despedida desse inestimável gênio.

HALESTORM - REANIMATE 3.0: THE COVERS EP


O terceiro EP de covers do Halestorm, contendo boas e interessantes versões de clássicos do Metallica, Whitesnake, Joan Jett e Soundgarden, assim como para músicas da Sophie B. Hawkings e do Twenty One Pilots.

MASTODON - COLD DARK PLACE


Uma reunião de quatro músicas não utilizadas nos últimos dois lançamentos do Mastodon, curiosamente conseguiu ser melhor do que o mais recente trabalho do grupo, Emperor of Sand.

GUARDIANS OF THE GALAXY VOL.2: AWESOME MIX VOL. 2


A trilha sonora do segundo longa dos Guardiões da Galáxia está tão boa quanto a de seu antecessor, resgatando uma ainda mais abrangente variedade de músicas das décadas de 1960 e 1970, e ainda contando com a maravilhosa canção original Guardians Inferno, que possui o melhor clipe da história.

BABY DRIVER: MUSIC FROM THE MOTION PICTURE


A trilha sonora que conduz Em Ritmo de Fuga é ainda mais variada e empolgante que a de Guardiões da Galáxia Vol. 2, denotando um trabalho de mestre por Edgar Wright na escolha de cada uma delas.

ATOMIC BLONDE: ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK


Uma das grandes surpresas do ano possui uma trilha sonora tão empolgante quanto sua ação, cheia de clássicos dos anos 1980 que ditam seu ritmo frenético e situam o espectador na Berlim pré-queda do Muro.

BLADE RUNNER 2049: ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK


Apesar de inferior à obra-prima composta pelo Vangelis para o longa original, Blade Runner 2049 também obteve uma marcante trilha sonora pelas mãos do mestre Hans Zimmer, com faixas que variam entre a sensibilidade necessária para muitos dos momentos do filme e gritante urgência de outros.

THOR RAGNAROK: ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK


O terceiro filme do Deus do Trovão também foi marcado por uma das mais diferenciadas trilhas sonoras de todos os filmes da Marvel, composta por Mark Mothersbaugh, principal nome do DEVO, e que mescla o épico com o eletrônico oitentista.

STAR WARS - THE LAST JEDI: ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK


Embora siga sendo menos marcante do que seus trabalhos anteriores para a saga, a trilha de John Williams para o oitavo longa de Star Wars é tão intensa quanto o próprio filme, apresentando alguns novos temas, resgatando alguns dos mais antigos e fazendo bom uso daqueles apresentados em O Despertar da Força.

AS 25 MELHORES MÚSICAS DE 2017:

Para facilitar a vida de quem se interessou por algum dos 25 álbuns que falei aqui neste post ou nas outras duas publicações que o antecederam, resolvi separar uma música de cada um deles em uma playlist, que pode ser conferida abaixo:



E esses foram os grandes destaques da música em 2017! Até ano que vem!

CONFIRA TAMBÉM:

- 5 álbuns do primeiro semestre de 2017 que você deveria ter ouvido e 5 álbuns do segundo semestre de 2017 que você deveria ter ouvido;

É HORA DOS MELHORES (discos) DO ANO, GALERA!!! (Top 21 + Extras!)

Top 15 Álbuns de 2015 (& Extras) + Top 10 Músicas do Ano!

Top 10 Álbuns de 2014 (+ Extras!) e 10 discos lançados nesse ano que você precisa conferir: um prelúdio ao Top 10 2014

Top 10 Álbuns de 2013