segunda-feira, 23 de maio de 2016

Crítica de TRÊS parágrafos para "X-MEN: APOCALIPSE"


Não estava tão animado para ver o novo X-Men (ao menos, não tanto quanto estava para "Batman vs Superman" e "Capitão América: Guerra Civil"). Embora os trailers tenham me agradado, a repercussão do filme na mídia internacional não tem sido além de mediana. Alie isso a certas críticas reiteradas de alguns Youtubers (mesmo sem sequer ver o filme) e, assim, minha expectativa foi minada. Um homem, porém, recuperou um pouco de minha esperança com um singelo tweet. Seu nome? Mark Millar. Sim, o mesmo que escreveu "Os Supremos", "Guerra Civil" e outras HQs memoráveis. Eis o que ele disse na última sexta-feira:


E não é que esse escocês louco tinha razão? "X-Men: Apocalipse" funciona. Tem uma história bem amarrada, e que conserta algumas das muitas pontas soltas da louca cronologia da franquia. Tem um tom acertado, equilibrando diversão e comicidade com drama e grandiloquência. Apocalipse é um vilão de respeito, embora seu visual não agrade em 100% do tempo e um determinado momento de seu plano não faça sentido. O grande trunfo, porém, é a (re)apresentação de personagens como Ciclope, Jean Grey, Noturno, Tempestade e Psylocke, assim como o modo como foram retratados, seja por suas personalidades ou suas relações, capturadas com um êxito jamais alcançado anteriormente. E nem preciso citar nomes conhecidos dos últimos dois filmes, como Professor Xavier, Magneto (Fassbender simplesmente destruindo), Fera, Mística (que infelizmente se apresenta como Jennifer Lawrence em 70% do tempo), Mercúrio (em outra cena divertidíssima), e, claro, Wolverine, em uma de suas melhores cenas de toda a saga.

O que mais me deixa feliz com o filme é que ele não deixa aquele sentimento de ser apenas de um ou outro personagem, mas de todo o time. Souberam dividir o tempo de cada membro em tela, além de trabalharem a união da equipe durante as batalhas. Uma ou outra decisão podem deixar alguns fãs desconfortáveis, mas não é algo que me incomodou, especialmente ao levar em consideração tudo o que vem sendo feito desde "Primeira Classe". Mas de uma coisa estou certo: este é um longa que merece ter "X-Men" no título. Desde já um dos meus filmes de herói favoritos do ano. E mais um ponto positivo para a Fox (pois é, quem diria...).

NOTA: 8,8

TRAILER:

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Crítica de QUATRO parágrafos sobre "CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL"!


É louvável o que a Marvel vem fazendo com seu universo nos cinemas. Criar filmes divertidos, repletos de ação, que sabem aproveitar os personagens que apresenta e ainda se entrelaçar com o que foi feito no passado e o que está por vir no futuro não é uma tarefa fácil, tanto é que a própria empresa já falhou vez ou outra, mas aprendeu com seus erros, vem entregando uma sequência de longas muito bons e não a toa se tornou a maior referência quando se fala em adaptação de quadrinhos. 

"Capitão América: Guerra Civil" é mais um bom exemplo de êxito no trabalho do estúdio. Cenas de ação maravilhosas, no nível da série do Demolidor. Uma boa trama, alimentada pela devastação internacional causada pelas ações dos Vingadores e os reflexos disso na política, na vida dos civis e na consciência dos próprios personagens. A melhor representação do Homem-Aranha que o público já viu. Uma excelente introdução ao Pantera Negra, um personagem muito interessante que tem tudo para ter um ótimo filme solo. E uma atuação espetacular de Robert Downey Jr., intensa e com uma grande carga dramática, como o filme pede. Mas ele também tem seus momentos de comédia (muito bons, aliás), mantendo o equilíbrio que o Marvel Studios faz como ninguém atualmente.

E embora eu prefira evitar comparações, dessa vez é necessário: sim, "Guerra Civil" é melhor que "Batman vs Superman". Muito mais redondo, fechado e bem definido, sem problemas de ritmo e sem subtramas complicadas e mal-explicadas. Contudo, apesar de eu ter saído do cinema extremamente satisfeito na última sexta-feira, o longa da DC, mesmo com todos os seus problemas, me deixou mais empolgado após seu término. Talvez por ser uma novidade, enquanto a Marvel já está em seu 13º lançamento, mas uma coisa é certa: ele foi mais corajoso do que o terceiro "Capitão América". Mas não é só de empolgação ou coragem que se faz um filme, e é justamente por isso que um supera o outro.

Ao mesmo tempo, acho válido ressaltar: não, "Capitão América: Guerra Civil" não é o melhor filme de herói de todos os tempos. Ele não é nem o melhor filme da Marvel, embora se encontre no meu top 5 até o momento. Mas a gente não pode simplesmente ignorar grandes nomes como "Batman: O Cavaleiro das Trevas", o primeiro "Vingadores", "Guardiões da Galáxia", "Homem-Aranha 2", "X-Men: Primeira Classe" ou os clássicos "Superman - O Filme" ou "Batman" de Tim Burton, marcos para o gênero e que possuem inegável importância. Considero até mesmo "Capitão América: O Soldado Invernal" um longa mais interessante, talvez porque sua abordagem foi inédita na época (além, claro, de sua inegável qualidade). Não que eu esteja desmerecendo o lançamento, só acho um pouco precipitado fazer esse tipo de afirmação. Ainda assim, é uma adaptação muito boa, um espetáculo visual que merece ser visto na melhor qualidade possível.

NOTA: 8,5

PS: acho válido afirmar, levando em conta o que disse nesse texto, que diminuo minha nota de "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" para 7,25. Ainda mantenho o que escrevi em minha crítica (exceto sobre o Luthor) e continuo a gostar do filme, mas é impossível negar seus problemas hoje.

TRAILER: