segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

5 álbuns do primeiro semestre de 2017 que você deveria ter ouvido


O fim de 2017 chegou, e com ele inicia-se a temporada de listas de melhores do ano entre sites especializados, especialmente os de música. Boa parte dos principais veículos musicais do mundo já soltou suas escolhas, alternando entre grandes hits e álbuns que se destacaram por sua qualidade, mas não comercialmente. É, na humilde opinião deste que vos escreve, uma das melhores épocas para se ouvir música, dar chance para registros que acabaram passando despercebidos e conhecer novos artistas que podem vir a se tornarem as próximas sensações internacionais em um futuro próximo.

Postagens de melhores do ano já são tradicionais aqui no Ground Zero, e a lista definitiva deve sair em 18/12 (então marque em sua agenda). Em 2017, porém, eu ouvi bem mais material do que nas vezes anteriores, o suficiente para deixar de fora da seleção final e não torná-la muito extensa. Pensando nisso, resgatando uma ideia que tive lá em 2014 e cumprindo uma promessa que fiz no Balanço Musical de junho, decidi pegar 10 desses álbuns, dividi-los entre os lançamentos do primeiro e do segundo semestre e fazer listas em ordem alfabética de artistas, sem critérios de classificação.

Antes de mais nada, peço para que leiam minha postagem sobre o mais recente disco do Mastodon, Emperor of Sand, que iria entrar entre os escolhidos aqui, mas achei melhor tirá-lo e dar espaço para outro álbum do qual ainda não falei no blog, ao invés de me repetir sobre um que já tem uma resenha própria (a única de 2017, infelizmente, algo que pretendo melhorar para o vindouro ano). E quanto às escolhas, o primeiro semestre do ano foi bem prolífico e variado, algo que se comprovou na hora de selecionar os registros, devendo agradar bastante gente.

Confira, então, quais são os 5 álbuns da primeira metade de 2017 que você deveria ter ouvido:

GORILLAZ - "HUMANZ"


O aguardado retorno do Gorillaz se deu em 2017, em um álbum repleto de colaborações com artistas como De La Soul, Peven Everett, Grace Jones, Kali Uchis, do ator Ben Mendelsohn e até do antigo desafeto de Damon Albarn, Noel Gallagher. Com hits certeiros mesclados a músicas menos acessíveis, Humanz soa como uma grande festa, sendo uma audição divertida e pouco convencional, como basicamente todos os trabalhos do projeto.

LORDE - "MELODRAMA"


Há algo de fascinante nos trabalhos da cantora neozelandesa Lorde que captura e envolve o ouvinte, ao ponto de ter até cativado o saudoso David Bowie. Talvez uma espécie de beleza mórbida, ou um registro intimista, trabalhados em um formato acessível de música pop. Seja o que for, está potencializado ao máximo em Melodrama, um dos mais agradáveis registros do ano que veio para cravar a artistas como uma das melhores da atualidade.

PARAMORE - "AFTER LAUGHTER"


O som do Paramore já vem mostrando uma transformação há algum tempo, deixando de lado aquela rebeldia adolescente que lançou o grupo e trilhando caminhos mais maduros, aliados a um ritmo mais dançante. Essa metamorfose se completou com o lançamento de After Laughter, álbum que segue uma tendência observada em certos artistas nos últimos anos e resgata a sonoridade do pop oitentista e das bandas de New Wave, sendo muito divertido na maior parte do tempo, belo quando necessário e uma certeza de sucesso tanto para hoje ou para o caso de ter sido lançado 30 anos atrás.

RISE AGAINST - "WOLVES"


O quarteto estadunidense ganhou destaque nos últimos anos devido a seu Punk Rock recheado de críticas sociais,  momento em que seu país passou por uma grave crise e esteve diretamente envolvido nas guerras do Afeganistão e do Iraque. E embora Wolves não seja o mais forte dos trabalhos do grupo, ele é relevante o suficiente se considerarmos a situação em que o mundo se encontra hoje. E, como bônus, ainda mostra o Rise Against tentando algumas coisas diferentes e flertando com o Ska e o Rock Melódico.

ROYAL BLOOD - "HOW DID WE GET SO DARK?"


Um dos maiores fenômenos dos últimos cinco anos, a dupla inglesa surpreendeu o mundo com o lançamento de sua estreia em 2014, seja por sua inegável qualidade ou por sua combinação agressiva e pouco usual de baixo e bateria. Seu segundo disco, How Did We Get So Dark?, mostra o Royal Blood mais a vontade, com uma sonoridade mais acessível mas que ainda esbanja qualidade, deixando claro ser um dos nomes a se observar no futuro.