quinta-feira, 29 de junho de 2017

"Mulher-Maravilha" e o futuro das heroínas no cinema

As mulheres da DC em arte feita pelo sempre sensacional Adam Hughes. Da esquerda para a direita: Mulher-Gato, Barbara Gordon, Zatanna, Canário Negro, Poderosa, Mulher-Maravilha, Supergirl, Batwoman, Vixen, Hera-Venenosa e Arlequina.

O filme da Mulher-Maravilha já é um marco na história das adaptações de quadrinhos para o cinema. Um sucesso de crítica e bilheteria que vem quebrando recordes de arrecadação, teve a menor proporção de queda na arrecadação entre a primeira e a segunda semana de exibição desde o primeiro Homem-Aranha, de 2002, e um percentual de 92% de aprovação no agregador Rotten Tomatoes. Mais do que isso, porém, é uma conquista para o público feminino envolvido com o meio: o primeiro longa de super-heroína protagonizado por uma mulher, dirigido por uma mulher, o maior orçamento aprovado para uma diretora e, até o momento, a maior estreia com uma mulher na direção, tendo feito $100 milhões nos EUA e $225 milhões no total em seu primeiro fim de semana.

Todo esse triunfo vem como um tapa na cara de estúdios e produtores que, ao longo dos anos, tenderam por evitar o lançamento de filmes de ação e aventura com protagonistas femininas, se usando do argumento de que "não atrairia público". A situação era ainda pior quando o assunto era super-heróis e adaptações de quadrinhos, já que essa mídia foi, por muito tempo, tida como algo exclusivo do público masculino branco de classe média, jogando para longe qualquer ideia que pudesse ser estrelada por uma mulher. Como dito pelo astro das HQs Mark Millar no Twitter, acharam que seria melhor um guaxinim protagonizar um longa antes de dar o papel principal a alguém do sexo feminino.

Mas, conhecendo como Hollywood funciona, o sucesso de Mulher-Maravilha também é o indicativo de que, em breve, novos filmes de super-heroínas devem ser confirmados pela Warner, Marvel, Fox e Sony. As personagens também devem ganhar papéis maiores em longas de grupos como Os Vingadores, X-Men e Liga da Justiça, e até mesmo as coadjuvantes como Lois Lane devem receber mais destaque em um futuro próximo. Como um comparativo, basta ver o efeito que Deadpool teve na indústria: após o sucesso que a adaptação do Mercenário Tagarela obteve, a Fox anunciou a sequência da película e até mesmo planos para a X-Force, Logan foi confirmado e lançado com classificação etária para maiores de 18 anos, a Sony divulgou que fará um filme do vilão Venom voltado para esse público, e até mesmo Kevin Feige vem falando de um universo adulto na Marvel Studios. É a regra: se foi elogiado e rendeu boa bilheteria, deve ser repetido até a exaustão.

Essa tendência é vista com bons olhos, claro, afinal dará às mulheres seu justo lugar no protagonismo de longas que não sejam dramas ou comédias românticas. Entretanto, tudo isso seria em vão se os estúdios optassem por uma abordagem apelativa, com heroínas em trajes ínfimos e sexualizados, algo que infelizmente já foi tendência nas HQs e que tristemente ainda persiste nas mentes de alguns deslocados no tempo. Mas, com o movimento feminista crescendo cada vez mais entre as atrizes e envolvidas nas produções hollywoodianas, a chance para que um cenário como este ocorra é pequena e, mesmo que venha a acontecer, haverá grande resistência e críticas incessantes.

Projetos são o que não faltam: antes mesmo do lançamento de Mulher-Maravilha, a Marvel Studios já tinha programado em seu calendário um filme solo da Capitã Marvel ("curiosamente" anunciado dias depois da confirmação da adaptação da Amazona para as telas), estrelado por Brie Larson e com o casal Anna Boden e Ryan Fleck na direção. A DC Entertainment/Warner também já havia feito alguns anúncios antes da estreia da aventura de sua principal heroína, como o longa da Batgirl, a ser dirigido pelo excelente Joss Whedon, e o das Sereias de Gotham, grupo formado pelas vilãs/anti-heroínas Mulher-Gato, Hera-Venenosa e Arlequina, que contará com o retorno de Margot Robbie ao papel, assim como do diretor David Ayer. A Sony, por sua vez, já anunciou uma película própria dedicada à dupla Gata Negra & Sabre de Prata, coadjuvantes do Homem-Aranha, enquanto a Fox não divulgado nada dedicado às personagens sob seu domínio, mas sabemos que seus próximos produtos, X-Men: Fênix Negra e Novos Mutantes, devem se focar em suas protagonistas femininas, além de haver o desejo de que Laura Kinney, a X-23, seja a sucessora do Wolverine no universo cinematográfico dos mutantes.

O que mais pode estar por vir, porém? Rumores recentes dizem que a Supergirl pode vir a fazer sua estreia no Universo Expandido DC em uma eventual sequência de O Homem de Aço, que já está em desenvolvimento desde o final do último ano. Alguns boatos mais antigos consideram quase certa uma aparição das demais Aves de Rapina (Canário Negro e Caçadora) no longa solo da Batgirl. E, quem sabe, talvez agora o tão pedido filme individual da Viúva Negra finalmente ganhe o aval para ser feito, dando o protagonismo que a personagem interpretada por Scarlett Johansson merece no Universo Marvel. Também deve ser questão de tempo até a Sony, nessa sua loucura de fazer derivados do universo do Homem-Aranha, anunciar uma aventura própria para Mulher-Aranha (embora ninguém tenha certeza se os direitos da personagem estão com eles ou com a Marvel).

Outras boas pedidas estariam entre as jovens das duas concorrentes: na Editora das Lendas, personagens como Donna Troy, Estelar ou Cassie Sandsmark, de grupos como os Novos Titãs e a Justiça Jovem, ganhariam espaço e conquistariam a audiência, enquanto outras como a Batwoman, a Salteadora e Cassandra Cain (a segunda Batgirl que hoje atende por Órfã) seriam excelentes pedidas caso a Batfamília venha a aparecer em sua formação completa. Já na Casa das Ideias, heroínas adolescentes como a Ms. Marvel Kamala Khan e integrantes dos Jovens Vingadores, como a Gaviã-Arqueira Kate Bishop, a Miss America Chavez e Cassie Lang (a filha do Homem-Formiga, que inclusive já apareceu no filme do personagem), seriam as escolhas mais acertadas para se comunicar com as garotas da atualidade. Também vale a menção à Mulher-Hulk, que poderia render um filme no mínimo interessante.

Muitas devem ser as mudanças a respeito da postura dos estúdios de cinema quanto às suas super-heroínas nos próximos anos. O pioneirismo de Mulher-Maravilha abriu as portas para um nova era de protagonismo feminino nas telas, que deve ser aproveitada pela indústria ao máximo, e quem mais sai ganhando são os fãs, especialmente as mulheres. Se tudo for feito com o devido respeito, sem exposição ou sexualização sem necessidade, pode sair muita coisa bacana e criativa daí. E que venham os filmes da Batgirl, Capitã Marvel, Sereias de Gotham e todos os demais que forem confirmados!

Algumas das mulheres da Marvel em arte assinada por "R. Martinez". Da esquerda para a direita: Jean Grey, Gata Negra, Mulher-Invisível (Sue Storm-Richards), Mulher-Aranha (Jessica Drew), Mística, Feiticeira Escarlate, Tempestade, Emma Frost, Psylocke, Cristal, Tigresa, Ms. Marvel (Carol Danvers), Mulher-Hulk, Vampira, Kitty Pride, Mulher-Aranha (May Parker de uma Terra Paralela) e Flama/Estrela de Fogo.

terça-feira, 27 de junho de 2017

[RESENHA] The Wild Storm #5 - "Chapter Five" (2017)


Fica mais difícil resenhar The Wild Storm a cada mês que se passa. Além de começar a faltar adjetivos, também não há muito mais a ser dito que já não tenha sido nas últimas quatro vezes. Ou seja, a consistência na qualidade dessa publicação é a maior aliada de seus leitores, mas também a maior inimiga dos críticos ou daqueles que gostam de analisá-la. Mas também vale dizer que a história vem caminhando num ritmo mais lento que o esperado, com Warren Ellis muito focado em estabelecer todo aquele universo antes de pular de cabeça na ação que o consagrou em StormWatch e The Authority.

Nesta quinta edição, mais voltada a desenvolver os personagens e suas interações, a trama se desenrolou de forma interessante, com algumas viradas e mudanças de lado pouco previsíveis. Zealot encontrou com um Daemon, a nova versão dos Daemonites de WildC.A.T.s, e Adrianna Tereshkova, a Void, falou um pouco mais sobre seu passado, em uma conversa pouco ortodoxa com Angela Spica, a Engenheira. O grande destaque, porém, vai para Michael Cray, que tomou algumas decisões controversas e que certamente influenciarão seu futuro, ainda mais com sua revista solo vindo aí.

Não dá para ter tanta certeza quanto à direção que The Wild Storm está tomando, mas novos indícios vem indicando cada vez mais que há algo muito maior por trás desse quadrinho do que uma mera disputa entre a IO, a SkyWatch e os WildC.A.T.s. E, com a próxima edição sendo publicada apenas em agosto, vai ser difícil segurar a curiosidade.

Confira cinco páginas desse número #5 de The Wild Storm:





segunda-feira, 26 de junho de 2017

"Espere por mim" - A resenha do episódio "World Enough and Time" de Doctor Who (S10E11, 2017)


Ao longo desses mais de dois meses de exibição da décima temporada de Doctor Who eu venho dizendo que, por este ser o ano final do showrunner Steven Moffat e do ator Peter Capaldi, o seu encerramento não seria nada além de épico e apoteótico. A chegada de World Enough and Time, seu décimo primeiro episódio, veio para confirmar essa teoria, dando início a um final repleto de emoções e nos presenteando com um dos pontos mais altos dessa fase e, por que não, de toda a série.

Aqui, tivemos participações mais do que especiais do Mestre de John Simm e dos Cybermen Mondasianos, como prometido por todo o material de divulgação. Nada, porém, foi feito de modo gratuito, como mero fanservice: a trama do capítulo amarra cada ponta, justifica cada escolha, dá uma reação para cada ação. O roteiro foi construído de forma meticulosa, usando-se magistralmente de conceitos complexos de física quântica sobre espaço, tempo e buracos negros da forma mais didática possível, entregando uma das histórias mais tensas e tristes que o programa já viu.

Muito disso só é possível graças à equipe técnica e aos atores, contudo. Toda a fotografia do episódio, coordenada pela já veterana diretora Rachel Talalay, é essencial para criar seu clima de suspense e claustrofobia, algo que o espectador sente na pele, ao ponto de chegar ao fim sem fôlego. Pearl Mackie também merece todos os elogios possíveis, sendo a figura central do capítulo e apresentando uma de suas melhores atuações na temporada, tendo transmitido cada emoção com muita intensidade. Não dá para deixar de citar, ainda, John Simm, que foi essencial ao episódio, especialmente nos momentos finais, deixando um dos melhores ganchos já vistos em toda a série (com direito até a referência a um dos mais clássicos arcos do 4º Doutor).

Nos últimos anos, Doctor Who tem criado uma tendência muito semelhante a de Game of Thrones, em que o penúltimo episódio é sempre o melhor da temporada: na oitava, tivemos o excelente Dark Water; na nona, fomos presenteados com Heaven Sent; e na décima, seguindo o padrão, World Enough and Time nos surpreendeu com sua inteligente construção e brilhante execução. Faltando apenas mais uma semana, só nos resta aguardar por um season finale que promete ser imprevisível e marcante.

CONFIRA A PRÉVIA DO EPISÓDIO FINAL DA TEMPORADA, THE DOCTOR FALLS:

quarta-feira, 21 de junho de 2017

O filme do Han Solo só tem a perder com a saída de Phil Lord e Chris Miller


O mundo do entretenimento foi pego de assalto na noite de ontem com o anúncio do desligamento dos diretores Phil Lord e Chris Miller do comando do filme (ainda sem nome oficial) do Han Solo, vindouro spin-off da saga Star Wars, nos mesmos moldes do elogiado Rogue One, que contará as origens do contrabandista mais querido da galáxia. A surpresa foi ainda maior pelo fato do longa já estar em fases avançadas de filmagens, que tiveram início em 20 de fevereiro deste ano (ou seja, a dupla dedicou exatos 4 meses de trabalho direto à produção), e ter data de lançamento mundial prevista para 25 de maio de 2018.

Mas independente de qual foi o motivo que culminou nessa saída, seja o acordo mútuo por diferenças criativas da versão oficial, a demissão por pura implicância de Kathleen Kennedy e Lawrence Kasdan divulgada extraoficialmente ou qualquer outra louca história de bastidores que venha a aparecer, o filme só perde com o não-envolvimento de Lord e Miller. Mais conhecidos por dirigirem Uma Aventura LEGO e os dois Anjos da Lei, os caras também já figuraram como roteiristas e produtores de diversas aclamadas séries de comédia, incluindo Brooklyn Nine-Nine, The Last Man on Earth e até mesmo How I Met Your Mother, durante sua excelente primeira temporada.

A dupla é conhecida por seu senso de humor diferenciado, como fica bem claro pelos projetos que já participaram. Esse estilo casaria perfeitamente em um longa protagonizado por um personagem como Han Solo, conhecido por suas tiradas ácidas, sarcasmo e malandragem em meio às enrascadas que se envolve em suas aventuras. E, como ficou claro em Anjos da Lei, eles também sabem trabalhar a amizade (ou, sendo mais específico, o bromance), algo que seria vital para o relacionamento do protagonista com o também icônico Lando Calrissian, já confirmado na trama.

Um dos motivos que mais me empolgavam para esse filme era justamente o fato de ser comandado por Phil Lord e Chris Miller, diretores em ascensão em Hollywood que vinham provando sua qualidade com o lançamento de longa-metragens divertidos e despretensiosos, mas com substância e alguma mensagem (por mais distorcida que ela seja), algo que cairia como uma luva para o futuro derivado de Star Wars. E, por mais que eu confie em Kathleen Kennedy e Lawrence Kasdan na maior parte do tempo, acredito que eles tenham errado feio dessa vez. No fim, não são Lord e Miller quem perdem a direção de Han Solo, mas Han Solo que perdeu a direção de Lord e Miller.

E, com o retorno dos rumores de que eles serão responsáveis pela adaptação do super-herói Flash para o cinema, talvez a grande vencedora nisso tudo seja a Warner e a DC Entertainment.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

"É hora de crescer" - A resenha do episódio "The Eaters of Light" de Doctor Who (S10E10, 2017)


A décima temporada de Doctor Who chega a sua reta final com uma consistência invejável aos seus outros anos. Uma sequência incrível de bons episódios, com aventuras divertidas e subtextos com temas interessantes e pertinentes faz com que a série desconheça adjetivos como "fraco" e "ruim" em 2017 até o momento, já que The Eaters of Light é mais uma bem vinda adição a essa coleção de êxitos, com uma trama interessante e bela fotografia.

Em uma história com premissa até semelhante à de Thin Ice, este capítulo se passou todo na Escócia, durante os tempos do fim da expansão do Império Romano, e trouxe uma interessante perspectiva sobre o conflito travado entre os conquistadores de Roma e os povos tidos como bárbaros, culminando na reflexão de como grande parte dos confrontos existentes pode ser resolvido na base do diálogo e explorando um dos recursos mais clássicos da TARDIS como nunca antes. Vale também o destaque para toda a conversa entre Bill e os centuriões sobre sexualidade, uma vez que os romanos são historicamente conhecidos por sua liberdade quanto ao assunto. Curiosa a abordagem do tema no mesmo final de semana em que ocorreu a Parada Gay em São Paulo (coincidência? Provavelmente sim).

Com apenas mais dois episódios (e um especial de Natal), já vai ficando a saudade no coração dos fãs de Doctor Who, seja deste ano da série ou de Peter Capaldi encarnando o Doutor. E, se World Enough and Time e The Doctor Falls cumprirem o que prometem como desfecho, esta décima temporada certamente figurará entre as melhores desta encarnação moderna da série e, por que não, do programa como um todo.

CONFIRA A (EXPLOSIVA) PRÉVIA DO PRÓXIMO EPISÓDIO, WORLD ENOUGH AND TIME:

terça-feira, 13 de junho de 2017

[RESENHA] The Wild Storm #4 - "Chapter Four" (2017)


Quando Warren Ellis comentou que havia se baseado em Game of Thrones para desenvolver o novo Universo Wildstorm, ele não estava de brincadeira: cada novo capítulo é um equilíbrio saudável entre acontecimentos desenfreados e desenvolvimento de trama, personagens e mundo, tal qual na consagrada série da HBO. Não é de se espantar, portanto, que o mais recente número de The Wild Storm tenha seguido essa mesma estrutura.

Esta edição se inicia exatamente no mesmo ponto em que a anterior se encerrou, com o frenético conflito entre IO e WildC.A.T.s. É interessante como Ellis e seus colaboradores tem o dom de representar a violência extrema de uma forma não apelativa e ao mesmo tempo divertida, sendo o inglês uma espécie de Tarantino dos quadrinhos. Davis-Hunt é peça chave para isso, claro, com um trabalho que consegue ser mais conquistador a cada novo mês.

Concluída a ação, a sequência é recheada de desenvolvimento de universo. Entre dos diálogos envolvendo os WildC.A.T.s, Michael Cray e Miles Craven, porém, temos um novo vislumbre da terceira parte desse conflito entre agências, pouco explorado até então: a SkyWatch. Dessa vez, temos algumas páginas exclusivamente reservadas para mostrar o envolvimento de Henry Bendix com seus subordinados, em especial com Lauren Pennington, a heroína Fahrenheit da StormWatch original. Bendix é retratado de forma horrível, com aparência decrépita, demonstrando-se também racista e sem respeito algum por seus funcionários, lidando com todos na base do medo. Ou seja, aqui não restam dúvidas que o Homem do Tempo é uma figura mal intencionada, ao contrário da HQ clássica. E finalizando essa passagem, somos apresentados à base de operações da equipe no espaço, mostrada de modo tão megalomaníaco e belo quanto o Olho do Céu original.

The Wild Storm segue sendo uma leitura interessante, uma das melhores do mercado, mas que vem se apresentando de modo mais lento que o esperado. A necessidade do roteirista de reapresentar tantos personagens e conceitos de forma repaginada para toda uma gama de novos leitores é a principal causa disso, mas tudo bem sendo feito com a qualidade que já é marca registrada de Warren Ellis. Assim que essa necessária etapa se encerrar, entretanto, e os outros 3 títulos da nova franquia forem lançados, tenha certeza: este será um dos gibis mais surpreendentes de se ler.

Confira abaixo as 4 páginas iniciais da edição #4 de The Wild Storm:




segunda-feira, 12 de junho de 2017

"God Save The Queen!" - A resenha do episódio "Empress of Mars" de Doctor Who (S10E09, 2017)


Muitas foram as pessoas que já escreveram um roteiro para Doctor Who. Desde convidados ilustres como Neil Gaiman, Douglas Adams e Paul Cornell a ilustres desconhecidos que deixaram ou não uma marca, o seriado sempre contou com uma seleta lista de escritores para desenvolver suas tramas. Na era atual (desde o retorno em 2005), um dos nomes mais creditados é o de Mark Gatiss, roteirista que é mais conhecido como o Mycroft Holmes de Sherlock e que já cuidou da história de 9 episódios do programa. E quem é fã sabe que seu trabalho deixa a desejar, geralmente figurando entre o mediano e o ruim, sendo que seu mais recente script, em Sleep No More da 9ª temporada, é um dos mais criticados de sua trajetória.

Pois bem, o episódio dessa semana, Empress of Mars, é mais uma tentativa de Gatiss como roteirista. Diferente da maioria de seus argumentos anteriores, porém, ele consegue entregar um bom resultado. Embora não tenha gostado de alguns desenvolvimentos, eles mais tem a ver com o maxi-arco da temporada, de modo que a história fechada do capítulo é bem resolvida e interessante, mostrando o poder da diplomacia, do diálogo e da honra na hora de um grande conflito. A escolha de inimigos clássicos como os Guerreiros de Gelo se mostrou bem adequada e conseguiu gerar uma trama repleta de tensão para ambos os lados do confronto.

Embora não tenha havido nenhum grande destaque na atuação, sempre é bom elogiar o trio formado pelo Doutor, Bill e Nardole, que vem demonstrando uma incrível química durante toda a temporada. A cena final, entretanto, é um show a parte graças a Peter Capaldi e Michelle Gomez, e deve ter uma grande repercussão para os três episódios restantes. Veremos o que nos aguarda no desfecho desse 10º ano de Doctor Who, que até o momento vem se consolidando como um dos melhores e mais consistentes.

CONFIRA A PRÉVIA DO PRÓXIMO EPISÓDIO, THE EATERS OF LIGHT:

sexta-feira, 9 de junho de 2017

DUPLO DOCTOR WHO (de novo)! As resenhas de "Pyramid at the End of The World" e "The Lie of the Land" (S10E07 e S10E08, 2017)


Manter a frequência dessas resenhas sobre Doctor Who tem se tornado cada vez mais difícil. E dessa vez eu nem tenho como dar a desculpa que usei da última vez, porque assisti os dois últimos episódios no dia de suas transmissões aqui no Brasil pelo Syfy. Foi o cansaço/preguiça que me impediu de escrever no tempo adequado, fora o trabalho que os dois textos sobre Mulher-Maravilha me deram nos últimos dias (e não me arrependo de nada!).

De qualquer modo, vamos aos comentários sobre dois últimos episódios da série individualmente:

THE PYRAMID AT THE END OF THE WORLD:

Não há muito a ser dito sobre esse episódio, só tenho a elogiar toda a atmosfera de tensão desenvolvida ao longo de sua duração e, mais uma vez, as atuações de Peter Capaldi e Pearl Mackie. Foi interessante ver a humanidade acuada e se aliando em prol de uma causa maior (embora não tenha dado nada certo). Também pudemos ouvir uma das frases mais interessantes da temporada até agora: "Você pede por amor. Amor é consentimento" (sentiu a crítica social aí?). Entretanto, as ações altruístas de Bill acabaram tendo repercussões negativas na semana seguinte.

THE LIE OF THE LAND:

Fechando o arco de três episódios sobre os Monges, temos esse fantástico episódio que trata de temas bem atuais: notícias falsas, lavagem cerebral, governos autoritários e a força do povo. A conclusão sobre a humanidade não aprender com os próprios erros é genial, embora triste, mais ainda assim condizente com a atualidade. A resolução final da trama é bem executada e sua ideia é muito bonita e criativa. Não dá para deixar de dizer, porém, que tivemos aqui uma das melhores cenas entre o Doutor e Bill, com Pearl Mackie brilhando em cada segundo e nos presenteando com sua melhor atuação na série até agora.

Com apenas quatro episódios para seu final, não é difícil notar o quão boa essa 10ª temporada tem sido. Muitos episódios desenvolvidos acerca de temas sociais ou familiares deram ainda mais força a Doctor Who, mostrando que uma série sobre um alienígena quase milenar consegue ser mais humana do que muitos outros produtos por aí. Cabe a nós apreciar cada momento que ainda nos resta.

CONFIRA A PRÉVIA DO PRÓXIMO EPISÓDIO, EMPRESS OF MARS:

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Gostou de "Mulher-Maravilha"? Então conheça algumas ótimas histórias da personagem!


O sucesso do primeiro filme solo da Mulher-Maravilha já é uma realidade palpável, tendo o índice de aprovação mais alto para um longa de super-herói no agregador de críticas Rotten Tomatoes desde o lançamento de Batman: O Cavaleiro das Trevas e do primeiro Homem de Ferro em 2008, e dominando a bilheteria mundial desde sua estreia, já havendo arrecadado mais de $225 milhões ao redor do globo. Toda essa recepção tende a aumentar ainda mais a exposição da Princesa das Amazonas ao público geral, que naturalmente pode querer conhecer mais da personagem, mas sem saber muito bem por onde começar.

Com isso em mente, preparei uma breve lista com algumas HQs que servem como um ótimo ponto de partida para quem quer se aprofundar mais nas aventuras da heroína, se familiarizar com seus aliados, descobrir mais sobre seus inimigos. Porém, não elencarei aqui as "melhores histórias de todos os tempos", e sim algumas excelentes publicações lançadas recentemente em solo brasileiro e que ainda são fáceis de serem encontradas. Ou seja, nada de raridades ou importados. Felizmente, as editoras resolveram dar uma atenção especial à Diana de Themyscira nos últimos tempos, muito graças ao filme que estava para chegar e aos 75 anos completados pela personagem em 2016. 

Confira, então, as recomendações na sequência:

MULHER-MARAVILHA - UNIVERSO DC RENASCIMENTO


A mais recente das presentes na lista, a atual fase da Mulher-Maravilha começou a sair nos EUA há exatamente 1 ano, e já é tida como uma das maiores obras-primas protagonizadas pela personagem. Escrita pelo genial Greg Rucka, contou com a participação dos igualmente geniais artistas Liam Sharp, Nicola Scott e Bilquis Evely na realização de seus 4 arcos: As Mentiras, Ano Um, A Verdade e Godwatch (que deve ser traduzido como Patrulha Divina ou algo do tipo), que contam histórias intercaladas entre o presente, com a Amazona tentando descobrir quem realmente é, e o passado, mostrando a origem e os primeiros anos de atuação de Diana em nosso mundo. Rucka e seus colaboradores infelizmente deixarão a série ao final deste mês, na edição #25, dando espaço para Shea Fontana assumir os roteiros. No Brasil, o quadrinho é o primeiro título solo da heroína a ser publicado mensalmente, tendo início no fim de abril e atualmente estando em seu volume #2, sendo ainda facilmente encontrado em bancas ao redor do país. Sem dúvida uma HQ que vale a pena ser acompanhada.

MULHER-MARAVILHA - OS NOVOS 52!


Exatamente anterior à fase de Rucka (e uma das causas para ela existir), temos a série da personagem no reboot Os Novos 52!, escrita pelo renomado Brian Azzarello e com arte de Cliff Chiang. Magistralmente escrita, este título é um tanto quanto controverso entre os fãs por ter se afastado de muitos elementos clássicos da Mulher-Maravilha, que é representada de forma mais violenta, assim como seu elenco de apoio, com as Amazonas sendo mostradas de forma polêmica. Tenha em mente que a heroína representa mais do que é mostrado aqui e aproveite esta excelente história com fantásticos desenhos, publicada aqui no Brasil pela Panini nas revistas mix Universo DC e posteriormente nos encadernados em capa dura Sangue e Direito de Nascença, sendo que ainda é possível encontrar o primeiro por aí. O terceiro volume deve ser lançado ainda nos próximos meses.

LENDAS DO UNIVERSO DC: MULHER-MARAVILHA, POR GEORGE PÉREZ


A mais clássica e referenciada fase da personagem, o lendário George Pérez assumiu os roteiros e a arte da HQ logo após a Crise nas Infinitas Terras, que reiniciou todo o Universo DC em 1986. Aqui, vemos a origem da Mulher-Maravilha sendo recontada em aventuras que redefiniram a personagem a heroína nos 25 anos seguintes e até hoje é referência para muitos criadores, seja pela cativante história, a protagonista amável e o estupendo trabalho de Pérez com a parte visual. A mais recente publicação da série no país foi com o título Lendas do Universo DC, tendo sido lançados 3 volumes até agora e com um quarto, que encerra o título, para sair em breve.

MULHER-MARAVILHA - TERRA UM


A linha Terra Um da DC serve para que criadores contem suas versões de personagens clássicos em histórias que se passam fora da cronologia oficial da editora. Com isso em mente, o escritor Grant Morrison e o desenhista Yanick Paquette desenvolveram uma interpretação própria para a origem da Mulher-Maravilha, que dividiu opiniões e causou polêmicas por conta da inclusão de elementos fetichistas no cerne da trama, algo idealizado pelo próprio criador da heroína, William Moulton Marston, na época de sua criação, em 1941, e potencializado ao máximo pelo roteirista escocês. Embora ache a graphic novel bem escrita e com uma arte fantástica, reconheço que ela é a menos indicada da lista para se conhecer a Princesa das Amazonas. Ainda assim, caso alguém se interesse, é possível achar a HQ facilmente em bancas, livrarias ou lojas online.

MULHER-MARAVILHA NA COLEÇÃO DE GRAPHIC NOVELS DA DC COMICS, PELA EAGLEMOSS


Apesar de ter muito mais títulos do Batman e do Superman (e dos dois juntos, por que não?), é possível encontrar algumas histórias da Mulher-Maravilha na Coleção de Graphic Novels da DC Comics, publicada de forma quinzenal pela Eaglemoss. Entre elas, podemos citar as ótimas O Círculo, da fase da escritora Gail Simone, Paraíso Perdido, escrita por George Pérez e com os belos desenhos de Phil Jimenez, e Deuses e Mortais, a primeira história da fase de Pérez citada anteriormente. Ainda será lançada também a excelente Petrificada, da primeira passagem de Greg Rucka pela série. Apesar de caros, vale a pena adquirir esses quadrinhos por conta da alta qualidade dos mesmos, além de pouco terem saído por aqui.

DC SUPERHERO GIRLS: PROVAS FINAIS


Apesar de não ser um título exclusivo da Mulher-Maravilha, muito espaço é dado a ela, ao lado de outras personagens femininas do Universo DC, com alguns arcos se passando em Themyscira ou envolvendo alguns de seus elementos principais. Claramente voltada para o público infantil, essa HQ é escrita pela futura roteirista da série principal da heroína nos EUA, Shea Fontana, e é uma ótima alternativa para apresentar a personagem a uma filha, sobrinha, neta, filha de amigos e afins. É possível ser adquirida em lojas online e em breve deve ganhar novas edições.

Gostou da lista? Achou que faltou alguma HQ? Deixe um comentário logo abaixo!

segunda-feira, 5 de junho de 2017

[RESENHA] "Mulher-Maravilha" (2017)


Todo mundo sabe da situação em que o Universo DC estava no cinema. Já falei sobre isso aqui e aqui. A atmosfera de incertezas que pairava sobre os longas compartilhados dos personagens da editora das lendas após um lançamento divisor de opiniões e dois fracassos retumbantes de crítica, ainda que tenham feito uma bilheteria considerável, colocaram a Warner Bros. em uma posição delicada, precisando de uma reposta que reconquistasse os especialistas e eliminasse as dúvidas dos fãs.

Então, em um movimento quase que idêntico ao que a DC fez nos quadrinhos há um ano, com a iniciativa Universo DC Renascimento, veio Mulher-Maravilha, um filme que, em termos de roteiro, decidiu por jogar seguro, não arriscar muito e evitar pretensões baratas de "desconstrução" de personagens nas telas, apresentando o básico, o essencial e o necessário, ao mesmo tempo que consegue se conectar ao que foi apresentado anteriormente. E, em tonalidade, afasta-se de todo o sombrio e realista visto até então, dando uma guinada ao otimismo necessário para fazer esse Universo Estendido funcionar como deve.

O que é apresentado na tela é uma história de origem que bebe diretamente da fonte das mais aclamadas HQs: tem um pouco da liberdade sexual da versão original de William Moulton Marston, muitos elementos das clássicas histórias de George Pérez, a Diana guerreira de Brian Azzarello, e até mesmo a embaixadora da paz e símbolo de amor e mudanças escrito por Greg Rucka na recente Ano Um. Todos esses elementos misturados e colocados na hostilidade e sujeira da Primeira Guerra Mundial resultam em uma trama única que condiz com a personagem apresentada em Batman vs Superman: A Origem da Justiça.


É notável também o quão acertada é a caracterização dos personagens. Antes um dos principais problemas do Universo Estendido DC, aqui chega a ser venerável a retratação de cada um dos participantes da trama: a Mulher-Maravilha é decidida, com suas próprias noções de liberdade e igualdade, não hesita na hora de defender o que acha correto e inspira todos ao seu redor, por sua graciosidade, coragem e senso de justiça. Steve Trevor, por outro lado, é o homem fruto de seu tempo, ainda que progressista só pelo fato de ter o mínimo de fé em Diana, e o espião ardiloso, o estrategista da guerra já acostumado com aquele ambiente. O contraste entre os dois dá sustância ao filme, algo que só é possível graças ao carisma de Chris Pine e, principalmente, Gal Gadot, que mais uma vez é uma presença de destaque sempre que está em cena.

Vale também a menção ao elenco de apoio, muito diversificado em questões étnicas, sejam as Amazonas ou os aliados de Trevor, e que trazem à tona questões importantes de forma pontual. Sejam através de cenas cômicas como aquelas em que Etta Candy aparece ou quando Sameer diz a Diana por que ele está na guerra, sempre há uma crítica sendo feita sobre a desigualdade de gênero e o racismo, de modo natural e não panfletário. E é de se vibrar na poltrona do cinema em todas as cenas de batalha das residentes de Themyscira, especialmente as protagonizadas pela Antíope de Robin Wright.

Tratando-se da trama, o modo em que o arco de desenvolvimento da protagonista se dá é algo único. Acompanhar a saída da Mulher-Maravilha da Ilha Paraíso e sua chegada ao mundo dos homens faz do espectador um cúmplice de sua jornada, sentindo na pele as injustiças da humanidade e os horrores que a guerra proporciona, desde a visão dos doentes, famintos e mutilados à perda daqueles que nos eram mais próximos. A forma como Patty Jenkins retratou tudo isso é impactante, dolorido e condizente com a realidade, escancarando, tanto para a personagem principal quanto para o público, que não há beleza em conflitos dessa proporção.

Falando da diretora, muito do que se destaca no longa é devido a ela. Enquanto o roteiro apostou no básico, os aspectos visuais foram na direção oposta, ousando com belas cenas de fotografia aberta, contraste de cores entre o que se passa em Themyscira e no mundo dos homens, e ação sendo mostrada de forma ampla e realista. O trabalho de Jenkins com o elenco também foi exemplar, tendo extraído o melhor de cada um dos atores para que suas representações e as relações entre seus personagens fossem o mais natural e empático possível.



Apesar de tudo dito até agora, Mulher-Maravilha não é perfeito. Pessoalmente, achei que poderiam ter arriscado um pouco mais nas críticas sociais, mas talvez seja o filme que idealizei em minha cabeça falando mais alto. O fato é que o longa apresenta algumas leves inconsistências em seu ritmo, derrapadas que o fariam desandar se durassem um pouco mais. Nada no nível de Batman vs Superman ou Esquadrão Suicida, porém, sendo uma aula de coesão se comparado a esses dois. E, embora tenha gostado dos vilões (especialmente em uma cena de risada maléfica que beirou a série do Batman de tão caricata), a Dra. Poison poderia ter sido melhor desenvolvida e aproveitada, ainda que seu impacto na história seja grande.

Mas mesmo com tantos destaques, o maior deles vai para o desfecho do filme. Diana se consolida como tudo o que a Mulher-Maravilha representa através da mensagem de esperança transmitida ao público, que chuta para longe qualquer receio de que o longa pudesse terminar de modo depressivo após o mostrado em BvS. Esse encerramento em tom otimista, além de inspirador para o espectador, era mais que necessário para se afastar do resto do Universo Estendido DC e cravar a mudança de rumo tão necessária para o que vem pela frente. E também é digno citar que, apesar das referências necessárias para demonstrar a integração nesse universo, o filme se encerra sem ganchos ou cenas pós-créditos preparadoras de terreno, podendo ser visto de forma independente, o que é ótimo.

Respondendo à indagação que fiz no texto sobre a importância e a responsabilidade de Mulher-Maravilha: sim, eu estava certo. O longa cumpriu seu papel e colocou a DC de volta nos trilhos, sendo uma jornada divertida e densa ao mesmo tempo, repleta de ação, belos visuais e muito carisma por parte de seus protagonistas. Mais do que isso, porém, ele fez com que mulheres se sentissem representadas, abriu em grande estilo as portas para que mais filmes de heroínas sejam feitos em um futuro próximo (Capitã Marvel e Batgirl estão logo aí) e honrou todo o legado da Princesa das Amazonas. Isso, por si só, já é uma vitória.

TRAILER:

sexta-feira, 2 de junho de 2017

BALANÇO MUSICAL - Maio de 2017


Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre no primeiro dia útil de cada mês, o que pode ou não coincidir com o dia 1º.

Maio foi, ao que tudo indica, o mês em que eu mais ouvi música nesse ano. Foram 1026 faixas reproduzidas em minha conta do Spotify, dando uma média por volta de 33 a cada dia. Meu maior número até o momento havia sido de 766 execuções, no último fevereiro, muito devido ao meu autoimposto desafio de ouvir um álbum que ainda não conhecia na íntegra por dia. Detalhe que essa contagem não inclui o que escutei em formatos MP3, rádio etc, caso contrário acredito que ela passaria de 1200 reproduções. Mas, como o Spotify se tornou minha principal fonte musical, esse valor é mais que expressivo.

Muita variedade, é claro, está incluída em tantas músicas ouvidas nos últimos 31 dias. O que dominou o mês, no entanto, foi a mais que viciante trilha sonora de Guardiões da Galáxia Vol. 2, Beatles e Paul McCartney (especialmente na última semana, com o lançamento da versão comemorativa do antológico Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, que recém completou 50 anos de seu lançamento), Gorillaz (graças ao mais recente álbum Humanz), Led Zeppelin (encerrando o que iniciei em abril), e algumas faixas esparsas de álbuns que fiquei com vontade de ouvir nesse meio tempo.

É válido citar o porquê de algumas canções estarem na lista desse mês: Black Hole Sun do Soundgarden foi meu modo de homenagear o vocalista Chris Cornell, falecido no último dia 18; Hyperspace é uma singela referência aos 40 anos de Star Wars, completados em 25 de maio; o tema dos créditos de Blade Runner está aí por conta do lançamento do trailer de Blade Runner 2049, que me deixou bastante empolgado; The Right Stuff foi adicionada no mesmo dia do aniversário de Noel Gallagher; e é claro que não seriam deixadas de fora as novas músicas do Muse e do Stone Sour, respectivamente Dig Down e Song #3.

Confira minha playlist de maio de 2017: