quarta-feira, 27 de março de 2019

Batman 80 anos - 8 histórias que não são as mesmas de sempre


Hoje, o Batman completa 80 anos de sua primeira aparição em uma história em quadrinhos, na edição nº 27 de Detective Comics, de 1939. Claro que é uma data simbólica, pois o registro exato da chegada da revista às bancas de jornal estadunidenses foi perdido com o tempo (até porque elas vinham com um mês na capa, mas chegavam com pelo menos dois meses de antecedência para o público), e também está alinhada tanto com o dia em que os lançamentos chegam às comic shops dos EUA quanto com o lançamento da edição nº 1000 de Detective Comics, o segundo gibi a atingir a marca (o primeiro foi Action Comics no ano passado). 

De qualquer forma, esta grande celebração do aniversário de um dos personagens mais queridos da cultura pop levará diversos sites a soltarem suas listas com as melhores histórias do Morcegão de todos os tempos, e todas elas terão aquelas mesmas escolhas que já cansamos de ver: Batman: O Cavaleiro das TrevasBatman: Ano UmBatman: A Piada Mortal, Batman: O Longo Dia das Bruxas, talvez um Batman: Asilo Arkham - Uma Séria Casa em Um Sério Mundo e LJA: Torre de Babel, e pessoas desprovidas de bom-senso incluirão Batman: Silêncio e Batman: A Corte das Corujas. E, independente da qualidade, são todas HQs batidas, que basicamente qualquer pessoa viva já ouviu falar um dia. Por isso, cá estou eu para fugir do senso comum e listar 8 histórias muito boas protagonizadas pelo Cruzado Encapuzado que não são essas de sempre, e você pode conferir minha seleção logo abaixo:

"BATMAN: LOUCO AMOR E OUTRAS HISTÓRIAS"


Batman: A Série Animada foi um estrondoso sucesso à época, sendo fundamental para o retorno do personagem às graças o público geral ao lado dos filmes dirigidos por Tim Burton e até hoje é tida como sua melhor adaptação para outras mídias. A animação também foi importante para dar ao mundo a Arlequina, que inicialmente faria apenas uma breve aparição em um episódio, mas caiu nas graças tanto do público quanto dos produtores. Querendo se aprofundar mais em sua criação, Paul Dini e Bruce Timm planejaram contar como ela veio a ser quem é no próprio desenho, mas o roteiro foi vetado pelos executivos. Então, a dupla desenvolveu a trama em uma graphic novel fechada, e assim nasceu Batman: Louco Amor, a história que mostra como a psiquiatra Dra. Harleen Quinzel se tornou a Palhaça do Crime de Gotham City e que, apesar do visual cartunesco, apresenta temas complexos como relacionamento abusivo e Síndrome de Estocolmo. Edições mais recentes trazem também algumas outras tramas relacionadas e outros trabalhos de Dini e Timm nos gibis derivados do desenho animado. Ah, e após o sucesso desta HQ, Louco Amor acabou se tornando um episódio de As Novas Aventuras do Batman, inclusive tão bom quanto ela.

"BATMAN/PLANETARY: NOITE SOBRE A TERRA"


Planetary é um quadrinho criado por Warren Ellis e John Cassaday que, em tramas que envolvem aventura e ficção científica do mais alto nível, realiza um grande estudo da cultura pop global em 27 edições e mais 3 graphic novels. Uma delas é Batman/Planetary: Noite Sobre a Terra, que mostra o trio formado por Elijah Snow, Jakita Wagner e O Baterista indo até a Gotham City de sua Terra para investigarem alguns estranhos crimes e uma possível distorção da realidade. Durante os procedimentos, o fluxo espacial muda e eles acabam se deparando com o Batman. A partir disso, os Exploradores do Desconhecido com várias das marcantes versões que o Homem Morcego teve durante os anos em uma divertida e rica trama que faz sua análise e presta sua homenagem ao personagem, deixando claro por que ele é tão importante e como tem durado por tanto tempo. Eu recomendo a leitura da série completa, mas esta é uma trama fechada e pode ser lida separadamente do resto com praticamente zero prejuízo, então vá sem medo.

"BATMAN: XAMÃ"


Eu não lembro onde foi, mas sei que procurei sobre esta história antes de comprá-la e li mais ou menos o seguinte: "se Ano Um é a origem urbana do Batman, esta é a origem mística". Esta análise não poderia estar mais correta, pois Batman: Xamã também se passa no primeiro ano de atuação do herói e complementa a tão celebrada obra de Miller e Mazzuchelli, em uma trama detetivesca recheada de elementos de misticismo que mostra o protagonista tendo contato com alguns nativos americanos que resgatam sua vida de um acidente, avançando no tempo para mostrar Gotham sendo assolada por assassinatos, tráfico de drogas e seitas de sacrifício humano que se mostram surpreendentemente conectadas por elementos deste seu passado não muito distante. Uma ótima leitura vinda de uma das maiores mentes que já passaram pelos títulos do personagem em todos os tempos, aliada a uma equipe artística igualmente competente.

"BATMAN: A TRILOGIA DO DEMÔNIO"


Pode parecer trapaça, afinal são três histórias: Batman: O Filho do Demônio (1987), de Mike W. Barr e Jerry Bingham; Batman: A Noiva do Demônio (1990), de Mike W. Barr e Tom Grindberg; e Batman: O Nascimento do Demônio (1992), de Denny O'Neil e Norm Breyfogle. No entanto, é impossível citar uma sem citar as demais, já que todas exploram detalhes até então desconhecidos sobre Ra's Al Ghul, especialmente a terceira, que é sua história de origem, enquanto as outra duas mostram sua incessante busca por um herdeiro para seu império de terror, tudo envolto por aquele clima de investigação e aventura que apenas o Batman pode oferecer. Do início ao fim, a trilogia é um deleite textual e visual.

"BATMAN: O HOMEM QUE RI"


O final de Batman: Ano Um deixa um gancho para apresentar o primeiro encontro entre o Coringa e os protetores de Gotham. Quem ficou encarregado de preencher esta lacuna foi o roteirista Ed Brubaker ao lado do artista Doug Mahnke. Funcionando como uma sequência direta e emprestando muitos dos elementos narrativos ali vistos, Batman: O Homem Que Ri é uma atualização da primeira aparição do Palhaço do Crime em Batman nº 1, de 1940, em uma trama de pura investigação policial que mostra o vilão espalhando sua onda de caos por Gotham e que é a pedra fundamental de um dos mais doentios antagonismos já vistos na ficção. Muito do que Christopher Nolan mostrou em seus filmes, especialmente em Cavaleiro das Trevas, tem origem aqui.

"BATMAN: MORTE EM FAMÍLIA"


O dia em que o Robin morreu é, certamente, uma das mais marcantes passagens em toda a trajetória do Cruzado Encapuzado. Batman: Morte em Família mostra este traumatizante evento (decidido por ligações telefônicas feitas pelos fãs em uma disputa acirrada) em uma trama que aborda responsabilidade, rebeldia, insubordinação e responsabilidade e que leva seus protagonistas para fora de Gotham City, situando-se em países africanos em sua maior parte. O desfecho do arco é um tanto mirabolante para os padrões atuais, mas ver o Coringa espancando Jason Todd com um pé de cabra e depois explodindo o armazém onde ele estava preso sepultaram qualquer resquício de inocência que ainda restava ao herói.

"BATMAN: O QUE ACONTECEU AO CAVALEIRO DAS TREVAS?"


O Batman morreu (durante a Crise Final). Como seria o funeral dele? Bom, Neil Gaiman e Andy Kubert meio que responderam esta pergunta em Batman: O Que Aconteceu ao Cavaleiro das Trevas?, um título que presta sua homenagem à clássica Superman: O Que Aconteceu ao Homem de Aço?, de Alan Moore, Curt Swan e George Pérez. Neste arco de apenas duas edições, vemos diversas figuras importantes para o Maior Detetive de Todos os Tempos, sejam aliados ou vilões, atendendo a seu velório e prestando sua últimas homenagens, sempre contando uma história que passaram juntos e referenciando às mais diversas eras do Homem Morcego nos quadrinhos. Uma belíssima história repleta de homenagens e que deixa claro o que herói significa e por que ele é indispensável.

"LJA: NOVA ORDEM MUNDIAL"


Esta é uma história da Liga da Justiça, sim, a gênese de toda a fase de Grant Morrison e Howard Porter a frente do título em seu relançamento, mas o Batman é fundamental para seu desenvolvimento e conclusão. LJA: Nova Ordem Mundial mostra Superman, Mulher-Maravilha, Batman, Aquaman, Caçador de Marte, Flash (Wally West) e Lanterna Verde (Kyle Rayner) unindo esforços após um estranho grupo de supostos heróis vindos do espaço aparece prometendo o fim de todas as mazelas da Terra, mas nada é o que parece. Vemos aqui o Cruzado Encapuzado ser subestimado por seus inimigos, o que o leva a descobrir suas verdadeiras identidades e intenções ao ponto de conseguir derrotar boa parte deles sozinho enquanto o restante da Liga é mantido em cativeiro, deixando claro por que ele é o "homem mais perigoso do mundo".

BÔNUS: "BATMAN: A MÁSCARA DO FANTASMA"


Esta não é uma história em quadrinhos, mas sim um longa animado derivado de Batman: A Série Animada. Eu já falei muito sobre ele aqui, mas é sempre válido recomendá-lo. Então, se você ainda não assistiu Batman: A Máscara do Fantasma, pare tudo que você está fazendo e vá ver este que é o melhor filme já feito do personagem, funcionando como uma história fechada que mostra tanto sua origem quanto uma aventura completamente inédita, recheada de ação e com competência o suficiente para comover desde aqueles que pouco conhecem o herói até os seus maiores fãs.

quarta-feira, 6 de março de 2019

BALANÇO MUSICAL - Fevereiro de 2019


Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre no primeiro dia útil de cada mês, o que pode ou não coincidir com o dia 1º, com exceção de hoje, porque eu não sou louco de postar em plena sexta-feira de Carnaval.

Fevereiro passou voando, mas foi bem qualquer coisa. Nada de muito importante aconteceu, os eventos rotineiros prevaleceram e a melhor coisa do mês provavelmente foi finalmente assistir Homem-Aranha: No Aranhaverso no cinema (um post sobre o filme está no forno - assim como vários outros). Outra notícia boa é que deu para ouvir bastante música. E como já é uma tradição aqui no Balanço Musical, este é o momento em que ouço um álbum inédito para mim a cada dia, afinal é o mês mais curto do ano e pode ser dedicado a isto. A vasta maioria das minhas escolhas foi prazerosa, mas alguns registros deixaram a desejar mais do que outros.

Mas antes de me aprofundar sobre estes discos, deixe-me falar um pouco mais sobre números, auxiliado pelos dados do meu last.fm. Não cheguei a bater nenhum tipo de recorde em fevereiro (com exceção do semanal, que eu não levo muito em consideração), justamente por ser de menor duração em relação aos demais, mas o resultado final foi bastante expressivo e satisfatório. Foram 2.353 reproduções durante os últimos 28 dias, o que inclui 658 artistas, 1.183 álbuns e 1.972 faixas diferentes, em uma média de 81 músicas por dia. Se formos comparar com janeiro, não ficou muito atrás em nenhuma das categorias.

Seguindo o que fiz no último ano (e contradizendo o que disse no mês passado), farei uma resenha rápida sobre cada um dos álbuns inéditos que ouvi nas últimas semanas, e você pode lê-las a seguir.

- Within Temptation - Resist (2019): o aguardado sucessor de Hydra, de 2014, é competente, ressalta as melhores qualidades do grupo e corrige os excessos do anterior. Valeu a espera.

- Manic Street Preachers - This Is My Truth Tell Me Yours (1998): Kieron Gillen, autor de The Wicked + The Divine e Phonogram, definiu este álbum como "shite" no posfácio de uma das edições deste último. Ele não estava errado (mas a música que está na playlist é bacana).

- White Lies - FIVE (2019): o grupo parece estar se tornando mais pop a cada novo lançamento, o que não é ruim, especialmente neste caso. Uma audição bem divertida e com potencial para viciar.

- Vários Artistas - Spider-Man: Into the Spider-Verse (Soundtrack From and Inspired by the Motion Picture) (2018): depois de assistir Homem-Aranha: No Aranhaverso, eu senti a imensa necessidade de conferir a trilha sonora na íntegra. E não fiquei decepcionado, mesmo não sendo o maior fã de Rap/Hip-Hop. A trilha orquestrada, de Daniel Pemberton, também é muito boa e vale a conferida.

- Queen - Innuendo (1991): acredite ou não, mas eu nunca havia escutado o último álbum do Queen com Freddie Mercury antes. E ele é ótimo, mas realmente tem aquele tom de despedida do início ao fim, seja pelas melodias, seja pelo conteúdo das letras.

- Daron Malakian and Scars On Broadway - Dictator (2018): esse trabalho me passou batido no último ano, mas é uma ótima audição, com letras politizadas e um som que deve agradar principalmente quem está na eterna espera por um novo álbum do System of a Down.

- Siouxsie and the Banshees - Juju (1980): esse é um grupo que parece nunca me decepcionar. Seu Rock Alternativo ainda estava em mais consonância com o Post-Punk aqui, mas rendeu ótimos sons do mesmo modo.

- The Clash - Sandinista! (1980): um petardo com mais de 2 horas de duração, este é o trabalho mais experimental do Clash, o que rendeu tanto alguns clássicos quanto momentos menos memoráveis.

- The Twilight Sad - Fourteen Autumns and Fifteen Winters (2007): fui conhecer um pouco mais da minha descoberta do último mês e resolvi começar pelo primeiro trabalho deles. Mas, olha, que disquinho mais insosso... Ainda bem que eles evoluíram até onde estão hoje.

- The Allman Brothers Band - Brothers and Sisters (1973): certos álbuns fazem história, marcam uma geração, influenciam muito do que vem depois. Este é um deles, e não é a toa.

- The Firm - The Firm (1985): desconhecia a existência deste supergrupo formado por Paul Rodgers, Jimmy Page, Chris Slade e Tony Franklin, e gente deste nível trabalhando junta não poderia decepcionar. O disco de estreia é ótimo, Hard Rock de primeira.

- St. Vincent - MASSEDUCTION (2018): fui conferir o ganhador do Grammy de Melhor Álbum de Rock por curiosidade. Achei bem meia-boca e nem sei se dá pra classificar este som dentro do gênero.

- Metric - Old World Underground, Where Are You Now? (2003): o primeiro disco do grupo canadense é bem mais experimental do que eu esperava, mas seu Indie Rock contagiante está todo ali, apenas aguardando para ser lapidado nos registros futuros.

- Slayer - South Of Heaven (1988): melhor e mais completo do que Reign In Blood que, por mais importante que tenha sido na época, particularmente acho superestimado.

- Tedeschi Trucks Band - Signs (2019): o mais recente disco do grupo liderado pelo casal Susan Tedeschi e Derek Trucks consegue ser ainda melhor que seu anterior, com a dupla mergulhando cada vez mais fundo em influências do Soul, Funk e Blues em sua sonoridade que é um deleite de se ouvir.

- Nirvana - MTV Unplugged In New York (1994): eu já conhecia toda a discografia de estúdio do Nirvana, mas nunca havia parado para dar atenção a seu lendário acústico. E é realmente um ótimo registro, com 1/3 da tracklist sendo de covers, e que justifica o sucesso da linha de discos neste estilo durante os anos 1990 e 2000.

- Avantasia - Moonglow (2019): nunca havia ouvido Avantasia antes e resolvi começar por seu mais recente lançamento. Gostei muito do que ouvi, Metal Sinfônico aliado a letras conceituais de alta qualidade (e que ainda conta com um cover de Maniac, do filme Flashdance). Procurarei mais em breve.

- Billy F Gibbons - The Big Bad Blues (2018): um disco solo de um dos caras do ZZ Top tocando Blues de altíssima qualidade. Se isso não te convenceu a ouvir, nada mais irá.

- Camp Lo - Uptown Saturday Night (1997): uma recomendação do youtuber Load nas redes sociais, este trabalho traz uma mistura de Rap com Funk e música Disco de uma maneira quase hipnotizante. Vale muito a audição, mesmo para quem não é fã do estilo.

- Steve Perry - Traces (2018): um álbum que me passou batido no último ano. É bom, mas o ex-vocalista do Journey tenta até demais emular sua antiga banda. Mais originalidade seria bem-vinda.

- CHVRCHES - Love Is Dead (2018): outra banda que eu conhecia apenas de nome. Gostei bastante de seu mais recente registro, que mistura Indie e Synthpop de maneira competente e bem gostosa de se ouvir.

- Dream Theater - Distance Over Time (2019): o novo disco do Dream Theater é um de seus mais breves e diretos em muito tempo, e como isso fez bem pra eles. Forte, conciso e inspirado, ou seja, tudo o que se espera quando se trata dos melhores trabalhos do grupo.

- Bad Company - Straight Shooter (1975): um clássico não é chamado de "clássico" a toa.

- Gary Clark Jr. - This Land (2019): isto aqui é ótimo, provavelmente o melhor álbum do ano até agora, e não está recebendo a devida atenção. Gary Clark Jr. mostra ao mundo todo seu talento através de experimentações e flertes com outros gêneros, mas mantém seu som acessível e ainda esbanja criatividade. Incrível do início ao fim.

- Blaze Bayley - Silicon Messiah (2000): Metal clássico atualizado para os tempos contemporâneos, Blaze iniciou sua carreira solo com pé direito e deixou claro que não poderia ser definido apenas por sua passagem no Iron Maiden, em um trabalho muito melhor do que qualquer coisa que tenha feito com o grupo.

- The Delta Saints - Monte Vista (2017): um disco bacana de um grupo relativamente desconhecido, que não reinventa a roda, mas entrega um Rock competente e que atinge tanto fãs mais velhos quanto mais novos.

- Elton John - Don't Shoot Me I'm Only The Piano Player (1973): um disco que é muito mais que seu maior sucesso, Crocodile Rock. Uma explosão de criatividade do vocalista em sua melhor fase.

- U2 - Achtung Baby (1991): o trabalho que fez do U2 um fenômeno global é um que eu nunca havia escutado antes. E é bom, mas seu apelo Pop o deixa mais fraco do que qualquer um de seus antecessores, que pra mim trazem a banda em seu melhor.

Confira, enfim, a playlist feita durante fevereiro de 2019: