segunda-feira, 11 de abril de 2022

BALANÇO MUSICAL - Março de 2022

(Arte por Franceso Francavilla. Batman pertencente à DC Comics, todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).

Março foi um bom mês. Quer dizer, ele começou muito bem, com o primeiro dia ocorrendo durante o Carnaval e sendo reservado a minha ida ao cinema, a primeira desde fevereiro de 2020, para assistir Batman; e terminou um pouco mal por conta de ocorrências em seus últimos dias, em especial a morte do baterista Taylor Hawkins, importante membro do Foo Fighters, o que me deixou abalado por dias. Ainda assim, não foi capaz de ofuscar os bons dias vividos entre lazer e trabalho, que contaram com idas a festa de aniversário de uma amiga e a reencontro com alguns velhos amigos após anos sem se ver, bem como com o (re)lançamento de Persona 4 Arena Ultimax para consoles e PC, e a estreia da série do Cavaleiro da Lua, um personagem menos conhecido que é protagonista de ótimas histórias, e se espera que a adaptação siga nessa mesma linha.

E claro que ele também foi acompanhado de muita música, que eu simplesmente não consigo deixar de escutar, por mais que tente (embora, sinceramente, não haja lá muito motivo: basicamente TUDO eu posso fazer enquanto escuto algo). Segundo meu last.fm, foram 3.226 reproduções realizadas durante março (média de 104/dia), que contaram com 585 artistas, 933 álbuns e 2.927 faixas diferentes (curiosamente, apenas uma a menos que minhas reproduções totais de fevereiro desse ano). A média se manteve consistente com os últimos dois meses, mas todos os demais números subiram. O segredo? Voltei a ouvir mais playlists, e aí não tem jeito mesmo.

Como já disse em outras postagens, não tenho reinventado a roda em minhas audições recentes, como cheguei a fazer em determinados momentos do passado. Claro, vez ou outra eu ainda ouço algo que, em outros tempos, seria impensável para mim, mas o grosso do que escuto segue sendo Rock, Metal e Pop oitentista. Mas nem por isso que deixei de fazer descobertas ou revisitar materiais que há tempos não ouvia, bem como conferindo lançamentos ou faixas recentemente divulgadas. E tudo isso pode ser constatado em meus DESTAQUES DO MÊS a seguir.

ARTISTAS DO MÊS:


- Pain of Salvation (Metal Progressivo): eis uma "descoberta" recente minha que só fui dar maior atenção recentemente. O Pain of Salvation é uma banda difícil de se descrever, pois suas composições variam entre o melancólico e o denso, o pesado e o destruidor... O fato é que suas canções, melodias e letras chegaram a tocar meu âmago, e a identificação foi imediata. Um grupo ímpar no cenário atual.

Destaco também:

- The Rolling Stones (Rock)

- Creedence Clearwater Revival (Southern Rock, Rock Psicodélico)

- Bullet For My Valentine (Metalcore, Metal, Thrash Metal, Hard Rock)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Scorpions - Rock Believer (Hard Rock, Rock; 2022): o Scorpions vinha de uma última década inusitada, que contou com anúncio de "último" álbum, aposentadoria e turnê de despedida, volta atrás na decisão e lançamentos bons, mas burocráticos, sem se assimilar com seus melhores momentos. Um novo álbum parecia fadado a seguir o mesmo caminho dos anteriores... Só que, felizmente, não. Os alemães voltaram a suas raízes e, aliados à experiência adquirida em mais de 55 anos de atividade, revitalizaram seu som, ao mesmo tempo que mostraram muita vontade e se mostraram muito à vontade. Riffs marcantes, solos inspirados e uma voz quase intacta de Klaus Meine são algumas das marcas possíveis de serem conferidas em Rock Believer. Sabe-se lá qual o próximo passo grupo, mas que eles mantenham a qualidade aqui vista.

Destaco também:

- Ghost - Impera (Metal, Hard Rock; 2022) -- preciso confessar que, à primeira ouvida, pareceu um baita disco, mas escutei uma ou outra música separadamente e não senti essa força toda. Talvez tenha sido o impacto da música de abertura, mas foi por conta disso que não o coloquei no destaque principal. Ainda assim, recomendado

- Sabaton - The War To End All Wars (Metal; 2022) -- Metal de qualidade tendo a Primeira Grande Guerra como tema. Destaco às surpresas que tive quanto a versatilidade sonora, com o grupo saindo de seu habitual

- Midnight Oil - Resist (Rock, Hard Rock; 2022) -- esse pode ou não ser o último álbum do Midnight Oil. Caso se confirme, será uma despedida mais que digna, com todos os elementos que consagraram o grupo e letras mais críticas, diante dos tempos que vivemos e a situação ambiental cada vez mais grave

- FM - Thirteen (Hard Rock, AOR; 2022) -- em primeira audição, achei o anterior, Synchronized, superior, mas ainda sobra qualidade neste novo trabalho do grupo

- Beth Hart - A Tribute to Led Zeppelin (Hard Rock; 2022) -- Beth Hart já errou? Se já, eu desconheço. Esse registro com interpretações das músicas do Led Zeppelin é coisa fina, tendo fidelidade ao material de origem, mas também sendo repleto de personalidade própria

- Chris Cornell - No One Sings Like You Anymore (Rock; 2020) -- esse álbum póstumo é composto inteiramente de covers, mas isso não é nenhum demérito. O título é autoexplicativo

- Inglorious - Ride To Nowhere (Hard Rock; 2019) -- estou conhecendo esse grupo ao contrário de seus lançamentos. Curiosamente, mal dá para perceber muita diferença entre esse e seu sucessor. Sinal que os caras são bons mesmo 

- Mr. Big - What If... (Hard Rock; 2010)

- Ayreon - 01011001 (Metal Progressivo, Rock Progressivo; 2008)

- Avantasia - The Metal Opera, Pt. 1 (Metal Progressivo, Metal Sinfônico, Power Metal; 2001)

- The Cure - Bloodflowers (Rock Gótico, Post-Punk, Rock Alternativo; 2000)

- Moonspell - Sin/Pecado (Metal Gótico, Doom Metal; 1998)

- The Black Crowes - By Your Side (Hard Rock, Southern Rock; 1998)

- New Order - Technique (Post-Punk, Pop Rock, Dance Rock; 1989)

- Skid Row - Skid Row (Hard Rock, Metal; 1989)

- Gary Moore - After The War (Hard Rock, Blues Rock; 1989)

- John Forgety - Centerfield (Rock, Southern Rock, Heartland Rock; 1985)

- Whitesnake - Slide It In (Hard Rock; 1984)

- Journey - Frontiers (Hard Rock, Rock, AOR, Pop Rock; 1983)

- Styx - Paradise Theatre (Rock, Hard Rock, AOR; 1981)

- Yes - Relayer (Rock Progressivo; 1974)

FAIXAS DO MÊS:


- Nirvana - Something In The Way (Grunge, Rock Alternativo; 1991): a música mais presente em todos os materiais promocionais de Batman (e no próprio filme) tinha que ser minha escolha, além de ser, claro, uma grande composição de Kurt Cobain, que parece combinar tanto com o falecido vocalista quanto com o protagonista vivido por Robert Pattinson na adaptação.

Destaco também:

- Foo Fighters - Best of You (Rock; 2005) -- singela homenagem ao baterista do grupo, Taylor Hawkins, falecido no último dia 26. Que descanse em paz

- The Jam - Start! (Pop Rock, Post-Punk; 1980) -- brincadeira com o próprio nome da música iniciar o mês com ela

- .38 Special - Hold On Loosely (Hard Rock, Rock; 1980)

- Alice Cooper - Hello Hooray (Glam Rock, Hard Rock; 1973)

Confira, por fim, a playlist feita durante março de 2022: