quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

BALANÇO MUSICAL - Novembro de 2022

(Arte encontrada aqui. Ann Takamaki e Persona 5 pertencentes à Atlus Co. Ltd., todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia [útil] do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).

Depois de um outubro marcado por tensão e luta, ainda que aliados a um sentimento generalizado de esperança, novembro foi um mês mais voltado para relaxar, a colocar os pensamentos em outros lugares
e, principalmente, curtir um pouco. E muito disso foi possível graças à sequência de feriados logo nas primeiras semanas, que me permitiram usar o tempo livre para desanuviar a mente, principalmente avançando um pouco em Persona 5 Royal (que infelizmente não consegui mais me dedicar depois disso) e curtindo alguns outros jogos multiplayer no resto do meu tempo livre. E logo em seguida começou a Copa do Mundo de futebol que, por eu ser um grande fã e entusiasta do esporte, tomou toda minha atenção, meus pensamentos e acabou sendo minha força motriz pelos dias que se seguiram. De resto, acabou ocupado pelas tarefas mundanas do dia a dia.

Claro que a música me acompanhou durante esse tempo, e em números bem expressivos. Como é possível extrair do meu last.fm, foram 3.450 reproduções nesses 30 dias (média de 115/dia), que contaram com 622 artistas, 977 álbuns e 3.146 faixas diferentes. Uma queda em relação aos anteriores diretos em todos os quesitos, embora artistas e álbuns tenham se mantido bem próximos. Nada alarmante, porém, seguem sendo bastante elevados, e tudo indica que este dezembro acabe seguindo o mesmo caminho.

E o que passou pelos meus ouvidos no último novembro? Mais ou menos o convencional de sempre. Quer dizer, mais ou menos. Acabei pegando o mês para tirar um pouco do atraso dos lançamentos de 2022 que ainda não havia conferido, então muito do que ouvi foram novidades, e algumas delas pouquíssimo convencionais, especialmente para mim. Ainda assim, predominou aquela mistura de Rock, Metal e Pop (dessa vez não limitado ao oitentista). Tudo isso fica bem evidente em meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- Anthrax (Thrash Metal): talvez eu esteja cometendo uma injustiça, mas, dentre as bandas do dito Big Four do Thrash Metal, sempre achei o Anthrax a mais fraca entre as quatro. Claro, os caras são donos de alguns grandes registros, como State of Euphoria, Among The LivingPersistence of Time e, mais recentemente, Worship Music, todos registrados por Joey Belladonna, vocalista mais conhecido do grupo, e que são ótimos, mas nunca me convenceram 100% ao ponto de considerá-los irretocáveis, ao contrário do que acontece com os melhores trabalhos de Metallica, Megadeth e Slayer. Mas há uma área menos explorada e não tão bem quista da discografia da banda: os anos em que John Bush foi a voz do quinteto, que são negligenciados por eles mesmos, inclusive em serviços de streaming, que têm pouquíssimos álbuns dessa fase. Ainda assim, conferi Sound of White Noise pela primeira vez ano passado e percebi que ali tinha algo muito diferente do que havia sido feito anteriormente. Depois de reescutá-lo algumas vezes desde então e entrar em contato com outros discos da época, fica evidente para mim que o Anthrax tinha uma identidade muito própria naqueles anos, bem definida e que não precisava pegar carona nos feitos dos demais para soar bom. Vai se tornando cada vez mais meu momento favorito do grupo.

Destaco também:

Black Sabbath (Metal, Hard Rock)

Jimi Hendrix (Rock, Blues Rock, Blues)

ÁLBUM DO MÊS:


- Fantastic Negrito - White Jesus Black Problems (Rock, Blues Rock, Pop Rock, Funk Rock, R&B; 2022): pense em uma trinca sem defeitos. É isso que Fantastic Negrito conseguiu em seus três lançamentos mais recentes, Please Don't Be Dead, Have You Lost Your Mind Yet? e este recém lançado. Acompanhar a carreira do artista tem sido uma experiência de assistir a evolução de suas experimentações, a incorporação de novas influências e o desenvolver de suas habilidades de composição ao lado de seu senso melódico. E aqui ele parece ter conseguido encontrar um equilíbrio entre tudo isso, em um álbum que soa acessível, receptivo, mas que não deixa de lado a "estranheza" de seu som, elemento que o destacou e que aqui retorna com suas abordagens menos convencionais dos estilos que incorpora a suas músicas. E ainda que sempre fosse algo presente nos registros anteriores, a abordagem da questão racial se intensificou no antecessor direto e retorna aqui, em uma abordagem conceitual sobre a há pouco descoberta história dos antepassados do vocalista e guitarrista. Não fosse pelo Closure/Continuation do Porcupine Tree, esse seria meu trabalho favorito do ano.

Destaco também:

- A-ha - True North (Pop Rock, New Wave, Rock, Pop; 2022) -- segue aquele padrão de excelência dos noruegueses, mas devo dizer que achei superior ao anterior, Cast in Steel, com músicas mais envolventes, empolgantes e que remetem aos melhores momentos do trio, então foi uma grata surpresa

- Joss Stone - Never Forget My Love (Pop, Soul, Blues, Jazz; 2022) -- mais melancólico e menos embalado que os antecessores, ainda é um bom registro da cantora 

- Taylor Swift - Midnights (Pop, Synth Pop; 2022) -- nunca imaginei que diria isso, mas esse é com certeza um dos melhores de 2022. Envolvente, comercial, pop, intimista, tudo na medida certa

- King Princess - Hold On, Baby (Pop Rock, Indie Pop, Jazz Fusion, Pop Alternativo; 2022) -- o mesmo sobre o acima pode ser dito aqui, no mais novo trabalho dessa vocalista de recém completos 24 anos, dona de uma voz diferenciada. Uma grata surpresa e uma descoberta que aconteceu por acaso de minha parte

- Skid Row - The Gang's All Here (Hard Rock, Metal; 2022) -- dá umas derrapadas características, mas é boa a estreia do vocalista Erik Grönwall com o grupo

- Avantasia - A Paranormal Evening with the Moonflower Society (Metal Sinfônico, Power Metal, Hard Rock; 2022) -- como de costume, são as parcerias que dão o tom nesse novo álbum do projeto de Tobias Sammet, que novamente alcança um resultado bem elevado

- Hibria - Me7amorphosis (Metal, Hard Rock; 2022) -- o grupo brasileiro não fez feio em seu mais recente trabalho

- Therion - Leviathan II (Metal Sinfônico, Doom Metal; 2022) -- um belíssimo registro que consegue com sucesso transmitir todo o clima de terror almejada pelas ótimas faixas

- Bad Wolves - Dear Monsters (Metal, Groove Metal, Hard Rock; 2022) -- o grupo retorna com um novo vocalista, mas mantêm a qualidade vista nos dois anteriores

- Candlemass - Sweet Evil Sun (Doom Metal; 2022) -- os maiores expoentes do subgênero retornam em um trabalho digno que também demonstra uma inesperada versatilidade

- Architects - the classic symptons of a broken spirit (Metal, Metalcore, Thrash Metal; 2022) -- acertando a dosagem entre peso e melodia, é um álbum tão bom que até me fez revisitar For Those That Wish To Exist, o antecessor lançado no ano passado. Outro que considero dos melhores do ano

- Lamb of God - Omens (Thrash Metal, Groove Metal, Death Metal; 2022) -- o autointitulado, de 2020, segue sendo o melhor do grupo até o momento, mas o novo registro não deixa muito a desejar e até arrisca com composições menos características

- Dead Cross - II (Thrash Metal, Hardcore; 2022) -- um dos vários projetos envolvendo o vocalista Mike Patton, não faz feio e remete aos pontos altos de gigantes do estilo

- Disturbed - Divisive (Metal, Hard Rock; 2022) -- embora tenha bastante qualidade e até participações inusitadas, ainda assim fica devendo para os pontos mais altos da trajetória do grupo, como Ten Thousand Fists, Indestructible e Asylum, até hoje insuperável como o melhor deles

- The Cult - Under The Midnight Sun (Hard Rock, Rock; 2022) -- depois de bons anos de lançamentos questionáveis com abordagens que pareciam não se adequar ao grupo, o Cult aposta em uma sonoridade mais básica e direta, remetendo a seus três melhores álbuns dos anos 1980, e entrega seu melhor trabalho em anos

- Daft Punk - Random Access Memories (Eletrônica, Disco, Funk, Pop Rock; 2013) -- segue sendo espetacular quase 10 anos depois

- Living Colour - Vivid (Hard Rock, Funk Rock, Metal, Funk Metal; 1988) -- um dos melhores discos daquela que considero ser a banda mais subestimada que existe

- Roger Waters - The Pros and Cons of Hitchhiking (Rock Progressivo, Rock, Pop Rock, Pop Progressivo; 1984) -- eu podia jurar que já havia incluído ao menos uma faixa desse álbum em minhas postagens mas, depois de muito procurar, descobri que não. Felizmente há uma primeira vez para tudo

- Rainbow - Rising (Hard Rock; 1976) -- esse aqui, por outro lado, achava que tinha aparecido aqui mais vezes, ainda mais considerando ser um dos maiores clássicos do Hard Rock existentes

- Bruce Springsteen - The Wild, The Innocent & The E Street Shuffle (Rock, Heartland Rock, Blues Rock; 1973) -- o que "The Boss" já entregava desde seu seu segundo registro me faz levantar sérias dúvidas de como só foi emplacar com o seguinte, Born To Run

FAIXAS DO MÊS:


- New Order - World (Rock, Pop Rock; 1993): ok, sendo plenamente justo e honesto, essa música já estava grudada na minha cabeça desde outubro, quando reouvi Republic do New Order, mas já havia escolhido colocar Everyone Everywhere como representante nas minhas escolhas. Só que World acabou resistindo e se mantendo ao ponto de conseguir encaixá-la nesse novembro. E não que seja injustificado, pois passei por certas situações durante o período que sempre me evocavam o refrão "That's the price of love / Can you feel it? / If we could buy it now / How long would it last?", fora eu ter escutado o suficiente para colocá-la entre minhas músicas mais ouvidas do ano. E é uma ótima faixa, com um ritmo mais cadenciado, fortes toques de melancolia e um instrumental acertado. Realmente não poderia ser diferente essa escolha.

Destaco também:

Lyn - The Whims of Fate (J-Rock, Funk Rock, Jazz; 2017) -- mais uma vez, uma música da trilha sonora de Persona 5 embalando e inspirando o título da playlist

- System of a Down - B.Y.O.B. (Metal, Groove Metal, Metal Experimental; 2005) -- minha homenagem ao início da Copa do Mundo Qatar 2022, dado o histórico do país, achei bem cabível

- Guns N' Roses - November Rain (Rock, Hard Rock; 1991) -- pra marcar um dia chuvoso de novembro, e não sei como não havia feito isso ainda (foi o destino me fazendo esperar par utilizar essa maravilhosa versão remixada desse ano)

- Depeche Mode - World In My Eyes (Pop Rock, Rock, Eletrônica; 1990) -- outra que a inclusão já estava pendente de outubro 

- Dead Kennedys - Nazi Punks Fuck Off  (Punk Rock, Hardcore; 1982) -- pra marcar o dia 02 de novembro e toda a palhaçada causada pelos "patriotários", que até o momento não desistiram

Confira, por fim, a playlist elaborada durante novembro de 2022:


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

BALANÇO MUSICAL - Outubro de 2022

(Persona 5 Royal, arte e personagens pertencentes à Atlus Co. Ltd., todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia [útil] do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).

Não costumo falar muito sobre o mês corrente em minhas postagens do Balanço Musical, afinal elas sempre tratam do anterior. Mas o último setembro foi uma exceção, em que acabei falando bem mais sobre outubro do que pretendia. Eu estava muito focado nesse período, tão decisivo na vida de todos nós, brasileiros, e simplesmente não conseguia focar em outra coisa. E felizmente as coisas seguiram o rumo que eu esperava. Mais sofrido do que se pretendia, realmente, mas deu certo. É claro que os problemas do Brasil não se resolvem com isso, longe disso, mas o primeiro passo foi dado, e uma longa sequência de batalhas nos aguarda daqui para frente. De qualquer forma, foi um peso que saiu das costas de milhões de brasileiros, sejam das minhas, da vasta maioria de pessoas que conheço e de muita gente que sofre com problemas muito maiores do que minha limitada realidade sequer me permitiria conceber. 

Fora essa questão, foi um mês que, apesar de alguns pontos baixos, foi bom. O feriado do dia 12 me permitiu finalmente começar a assistir parte das séries que se encontravam em atraso (e ainda estão, porque não consegui terminar nenhuma delas até agora e mais avançada é Andor junto a Mulher-Hulk, ambas em que parei no episódio 5 *rindo de nervoso*), além de me proporcionar um descanso muito bem vindo nesse ano tão desgastante para mim em tantos aspectos. Também iniciei um grupo de terapia quinzenal com duração determinada de 6 sessões quinzenais, que até agora tem me feito bem. E, claro, o grande ponto alto foi o lançamento de Persona 5 Royal para outras plataformas que não o PS4, expandindo os domínios da franquia e permitindo que mais pessoas conheçam o jogo. Nem preciso dizer que foi o suficiente para me fazer embarcar em uma quarta investida nele, a segunda nessa versão, e mais uma vez começando do zero. E é bom estar de volta.

E um mês tão importante e significativo também teria seu reflexo na música. Outubro não deixou em nada a desejar e se tornou aquele em mais ouvi música (pelo menos dos que tenho registro). Segundo meu last.fm, foram 4.268 reproduções durante esses 31 dias (média de 137/dia), que contaram com 699 artistas, 1.160 álbuns e 3.719 faixas diferentes. Superou maio deste ano com alguma folga no número absoluto (respondendo a pergunta que fiz na postagem), e se manteve equiparado nos demais. Não sei de onde saiu todo esse ímpeto que elevou tanto o sarrafo, mas foi definitivamente bem-vindo.

O que eu ouvi no meio disso tudo também foi extraordinário. Não exatamente diferente do Rock, Metal e Pop oitentista que costuma figurar por aqui, mas com algumas boas surpresas e nomes que nem mesmo eu imaginei citar em um post como esse em algum momento (e já é seguro dizer que vem mais por aí). Tudo isso fica bem claro conferindo os DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- Paul McCartney (Rock): ok, eu cacei em todos os posts desde que passei a apresentar destaques principais (confira a publicação sobre janeiro de 2020 para maiores detalhes), mas não achei uma sequer que tivesse Paul McCartney na posição (teve Wings, que é quase, mas não exatamente). E isso é um absurdo, seja se tratando do artista, que é uma divindade entre os homens, um dos maiores de todos os tempos, e o maior ainda vivo; e seja se tratando de mim, fã incomensurável desse senhor de 80 anos que realizou contribuições incontáveis para a música. Que essa falha esteja corrigida a partir de agora.

Destaco também:

- New Order (Pop Rock, Rock Eletrônico, Rock)

- Rush (Rock, Hard Rock, Rock Progressivo)

- Pearl Jam (Grunge, Hard Rock, Rock, Heartland Rock)

- Rage Against The Machine (Rap Rock, Rap Metal)

- Yes (Rock Progressivo, Rock)

- Europe (Hard Rock, Rock)

- Depeche Mode (Pop Rock, Rock Eletrônico, Rock)

- Smith/Kotzen (Hard Rock)

- Paramore (Pop Punk, Emo, Rock)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Red Hot Chili Peppers - Return of the Dream Canteen (Funk Rock, Rock Alternativo; 2022): imagine retomar sua formação clássica com o retorno de seu guitarrista e lançar um ótimo álbum que dá sequência à sonoridade que os consagrou. Imagine, agora, lançar outro álbum pouco mais de 6 meses depois, com uma pegada diferente, mais introspectiva e flertando com o psicodélico e experimentações. Foi o que o Red Hot Chili Peppers fez nesse ano. Pela capa, Return of the Dream Canteen parece ser uma sequência de The Uplift Mofo Party Plan, de 1987, mas sua sonoridade diverge para um lado muito mais maduro do que qualquer coisa que a banda poderia apresentar naquela época, sem deixar de lado sua essência. Consegue ser ainda melhor que Unlimited Love e deve figurar em muitas listas de melhores desse ano.

Destaco também:

- Pixies - Doggerel (Rock Alternativo; 2022) -- achei melhor que o anterior e mais próximo dos trabalhos que consagram a banda de Black Francis no passado, pelo menos à primeira impressão

- The Mars Volta - The Mars Volta (Rock Alternativo, Experimental, Pop Rock, Rock Progressivo; 2022) -- achei burocrático demais, normal demais, simples demais e até curto demais para uma banda que sempre prezou por experimentar e soar o mais estranho possível, o que acabou me decepcionando

- The Dead Daisies - Radiance (Hard Rock; 2022) -- o segundo trabalho do grupo com Glenn Hughes à frente soa ainda mais acertado que o anterior, e dessa vez investindo bastante no peso de sua sonoridade

- Slipknot - The End, So Far (Metal, Nu Metal, Thrash Metal; 2022) -- estranho pensar que a banda chegou em seu ápice musical em We Are Not Your Kind, de 2019, e preferiu retomar uma abordagem semelhante à do criticado All Hope Is Gone, de 2008, para seu novo lançamento. Não é ruim, longe disso, mas soa decepcionante graças à expectativa criada, algo parecido com o Iron Maiden ter lançado No Prayer For The Dying (1990) depois de Seventh Son of a Seventh Son

- Stratovarius - Survive (Power Metal, Speed Metal; 2022) -- não sou o maior conhecedor do grupo, mas gostei muito do resultado que apresentaram aqui

- Reckless Love - Turborider (Hard Rock; 2022) -- já havia tido contato com a banda antes, mas não foi nada que me marcou. Mas achei interessante o caminho que seguiram aqui, mesclando seu Hard Rock a elementos que marcam o som de bandas mais voltadas ao AOR, utilizando teclados que dão toda uma cara bem oitentista ao trabalho e remetem a Journey e similares. Vale a pena conferir

- Arctic Monkeys - The Car (Rock, Art Rock, Indie Rock, Lounge Pop; 2022) -- estou com sentimentos mistos quanto a esse álbum: se por um lado eu não queria outro álbum com a abordagem sonora de Tranquility Base Hotel & Casino (2018) e fui até com um pouco de má vontade conferir o novo registro, por outro é inegável que as faixas de The Car crescem a cada nova audição. Inegável que o quarteto se dedicou aqui e entregou um produto digno de sua proposta, e é direito de Alex Turner mudar de gostos e querer explorar novas sonoridades e influências. Mas o que eu não daria por um trabalho que tivesse um pouco mais de A.M. (2013, e que nem é meu favorito) ou até mesmo de Everything You've Come To Expect (2016, um dos que mais gostei desse ano), mais recente do The Last Shadow Puppets, grupo do vocalista ao lado de Miles Kane...

- Planet Hemp - Jardineiros (Rap Rock, Funk Rock, Hardcore, Rap; 2022) -- pouco foi meu contato com o o grupo na vida, muito por conta de preconceitos quando mais jovem, ou mesmo falta de tempo de ir atrás quando mais velho e politizado. Mas saber do lançamento desse trabalho e conferir o clipe de Distopia me fez querer muito ouvir o álbum completo, e hoje posso afirmar: um dos melhores do ano com facilidade

- John Mayer - Sob Rock (Blues Rock, Pop Rock; 2021) -- acabei deixando passar no ano passado, mas é gostosinho de ouvir e muito bem produzido

- Bring Me The Horizon - There Is A Hell Believe Me I've Seen It There Is A Heaven Let's Keep It A Secret (Metalcore, Screamo; 2010) -- eu ainda estou conhecendo o grupo, mas digo com segurança que eles nunca me decepcionaram até o momento, ótimo disco

- Moonspell - Night Eternal (Metal, Doom Metal, Melodic Death Metal; 2008) -- sempre bom ouvir os portugueses, que deixam muitas bandas de países mais tradicionais da cena do Metal no chinelo

- George Harrison - Extra Texture (Rock, Blues Rock; 1975)

FAIXAS DO MÊS:


- Muse - Will Of The People (Rock, Hard Rock; 2022): eu sei que a letra dessa música é toda trabalhada no sarcasmo, mas achei extremamente cabível para representar um dos dias mais importantes que a jovem democracia brasileira já viveu. E "perdeu, mané, não amola"! 

Destaco também:

- Lyn - Take Over (J-Rock; 2019) -- pra celebrar o lançamento de Persona 5 Royal nas plataformas atuais que não são o PS4

- Shihoko Hirata - Heartbeat, Heartbreak (J-Pop; 2008)

- Faith No More - Evidence (Rock Alternativo, Metal Alternativo, Funk Rock, Funk Metal; 1997)

- The Afghan Whigs - Debonair (Rock Alternativo, Britpop; 1993)

- James - Born of Frustration (Britpop; 1992)

- Siouxsie and the Banshees - Halloween (Rock Alternativo; 1981) -- autoexplicativo

- T-Rex - Children Of The Revolution (Hard Rock, Rock; 1973) -- para o Dia das Crianças

Confira, por fim, a playlist elaborada durante outubro de 2022:

terça-feira, 25 de outubro de 2022

BALANÇO MUSICAL - Setembro de 2022

(Arte por Bryan Lee O'Malley. Scott Pilgrim pertencente à Bryan Lee O'Malley, todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia [útil] do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).

Setembro aconteceu, sem dúvidas. Falando sério, foi um período bom, sim, em que tive minhas doses de estresse, como todos temos, mas as partes ruins foram superadas por tudo de bom que aconteceu. Sendo bem sincero, e pensando em retrospecto, esse foi um mês que, ainda que tenha tido acontecimentos históricos como a morte da Rainha britânica Elizabeth II, mais pareceu um prelúdio para o atual, de outubro, em que boa parte de quem conheço se encontrava movida por esperança e expectativa para algo que... bem, não se concretizou da forma como esperávamos, mas é aquela velha sabedoria popular futebolística: "o jogo só acaba quando termina". Ainda assim, embora eu não tenha conseguido assistir nenhuma das séries que pretendia lançadas durante essas semanas (estou atrasado em TUDO que comecei a assistir -- e eu culpo as próprias empresas por lançarem todas ao mesmo tempo), teve pontos altos no Rock In Rock 2022, realizado durante os primeiros dias (que eu não fui, mas sempre bom poder ver a transmissão na TV), além de encontros, reencontros e desencontros que ocorreram em seu decorrer.

E tudo isso, claro, foi embalado em doses colossais de música. Quer dizer, o próprio acontecimento do Rock In Rio já deixa implícito, mas os dias que seguiram o festival deram continuidade à tendência de dias de pura música. E falando em tendência, setembro acabou por seguir o visto em agosto e julho no tocante à quantidade. Segundo meu last.fm, foram 3.776 reproduções realizadas durante o mês (média de 123/dia), que ainda contou com 674 artistas, 1.149 artistas e 3.288 faixas diferentes. Pode ter apresentado algumas leves quedas, mas ainda com números bem próximos aos dos antecessores, o que no momento que escrevo esta publicação já posso afirmar com segurança, vai se repetir para outubro.

Nesse cenário todo, muitos sons de qualidade passaram por meus ouvidos, muito no embalo do Rock In Rio, que me fez revisitar artistas que amo e conhecer outros, mas também devido aos diversos lançamentos que ocorreram durante setembro, que também me fizeram tirar parte do atraso de conferir outros que saíram nos meses anteriores. Então acabou ficando aquele velho misto de Rock, Metal e Pop oitentista, mas com muitas novidades, alguns artistas menos conhecidos e algumas surpresas muito bem vindas. E tudo isso é possível conferir nos meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- Iron Maiden (Metal): setembro é um mês grande para o Iron Maiden no calendário, com diversos de seus álbuns tendo sido lançados durante o mês. Some a isso a vinda do atual sexteto ao Brasil como parte de sua atual turnê, inclusive com show no Rock In Rio, e o fato de serem uma das minhas bandas favoritas da vida e está formada a tempestade perfeita para colocá-los mais uma vez como destaque por aqui. Não que fosse necessário tudo isso.

Destaco também:

- Guns N' Roses (Hard Rock, Blues Rock)

- Dua Lipa (Pop, Synthpop) -- show excelente no Rock In Rio que me deixou viciado nas músicas

- Porcupine Tree (Rock Progressivo, Metal Progressivo)

- Coldplay (Pop Rock, Pop, Rock)

- Sepultura (Thrash Metal, Groove Metal)

- Robert Plant (Rock, Hard Rock)

- Dream Theater (Metal Progressivo)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Blind Guardian - The God Machine (Power Metal, Metal Melódico; 2022): depois de praticamente duas décadas se aventurando por sonoridades mais progressivas, o Blind Guardian parece ter se cansado de composições mais longas e complexas e apostado em um "retorno às origens" com faixas mais breves e diretas, apostando em agressividade e boas doses de velocidade, aliadas à temática fantástica que sempre permeou os trabalhos do grupo. E por mais que eu goste bastante de seus trabalhos desde A Night at the Opera -- em especial de Beyond the Red Mirror e do orquestrado Legacy of the Dark Lands--, o fato é um só: The God Machine é o melhor álbum da banda desde o clássico Nightfall at Middle-Earth.

Destaco também:

- Megadeth - The Sick, The Dying... And The Dead! (Thrash Metal; 2022) -- primeira impressão foi boa, a faixa com o Ice-T é ótima, mas preciso ouvir mais vezes para formular uma opinião mais concreta

- Thundermother - Black and Gold (Hard Rock, Blues Rock; 2022) -- as donas de um dos melhores álbuns de 2020 voltaram dando sequência na alta performance que marcou o trabalho anterior

- Ozzy Osbourne - Patient Number 9 (Metal, Hard Rock; 2022) -- parece que o dono da bola está mais à vontade aqui que no melancólico Ordinary Man. As participações especiais do mais alto calibre também em muito colaboram na alta qualidade das faixas

- Gwar - The New Dark Ages (Thrash Metal; 2022) -- por algum motivo, eu achei que o som do grupo fosse algo mais leve, voltado ao Hard Rock. Engano meu (e dos bons)

- The Halo Effect - Days Of The Lost (Death Metal Melódico, Thrash Metal; 2022) -- grupo formado só por ex-integrantes do In Flames que não fica devendo em nada para a banda original

- Soilwork - Övergivenheten (Death Metal Melódico, Thrash Metal; 2022) -- esse nome já clássico do Death Metal parece ter se reinventado em seu mais novo trabalho, com composições certeiras e petardos em sequência

- Grave Digger - Symbol of Eternity (Metal, Power Metal; 2022) -- esses veteranos do Metal colocaram na praça um disco bem consistente e divertido de se ouvir

- Five Finger Death Punch - AfterLife (Metal, Groove Metal; 2022) -- uma banda que nunca me convenceu, e não foi dessa vez, pra mim soa igual a todos os outros álbuns deles

- Spirit Adrift - 20 Centuries Gone (Metal; 2022) -- envolvendo covers e músicas autorais, o último lançamento de uma das mais promissoras bandas da cena traz bons prospectos que só animam o ouvinte para seu próximo registro completo de inéditas

- Envy of None - Envy of None (Rock, Hard Rock; 2022) -- olha, por envolver o sempre incrível Alex Lifeson, do Rush, ouvi esse trabalho com elevadas expectativas, mas infelizmente não foram correspondidas. Quem sabe em uma nova audição...

- Demi Lovato - Holy Fvck (Hard Rock, Pop-Punk, Emo; 2022) -- quem diria que uma cantora com carreira sólida no Pop daria um 180º e iria parar no Rock? E mais que isso, com muita qualidade? Dona Demetria está de parabéns

Gojira - Fortitude (Death Metal, Thrash Metal; 2021) -- um dos melhores do último ano, se não o melhor, segue envelhecendo como vinho

- Iggy Pop - Post Pop Depression (Rock, Art Rock, Punk Rock; 2016) -- Depois de clássicos como The Idiot, Lust For Life e Brick By Brick, é o meu favorito de Iggy solo

- Stone Sour - The House of Gold & Bones, Pt. 2 (Hard Rock, Metal; 2013)

- Kings of Leon - Because Of The Times (Rock, Garage Rock, Rock Alternativo; 2007) -- é realmente o melhor deles

- Daft Punk - Discovery (Eletrônico, Pop, Pop Rock; 2001)

- Savatage - Handful of Rain (Metal, Hard Rock; 1994)

- Winger - In The Heart Of The Young (Hard Rock; 1990)

- Frank Zappa & The Mothers - Over-Nite Sensation (Rock Psicodélico, Rock; 1973)

FAIXAS DO MÊS:


- Green Day - Whatsername (Punk Rock, Pop-Punk, Rock, Emo; 2004): quer dizer, é a faixa que deu origem ao título da playlist do mês. Mais do que isso, porém, é relacionada a alguns momentos dessas últimas semanas, e também é a faixa que estava na setlist do show deles no Rock In Rio e que ACABOU FICANDO DE FORA. Mas aqui, mais que lembrar de uma das melhores faixas de American Idiot (o que, vejam bem, não é pouca coisa), ainda a coloquei para fechar os trabalhos, como deveria ser.

Destaco também:

- The Smiths - The Queen Is Dead (Rock, Pop Rock; 1986) -- autoexplicativa

Confira, por fim, a playlist elaborada durante o mês de setembro de 2022:

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

BALANÇO MUSICAL - Agosto de 2022

(Arte por J. H. Williams III. Sandman pertencente à DC Comics, uma empresa do grupo Warner Bros. Discovery, todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia [útil] do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).

Agosto foi... peculiar, na falta de palavra melhor. Veio na esteira de coisas boas, nos espólios do que foi julho, mas reveses foram aparecendo logo na sequência, até culminar no ponto em que eu e minha família ficamos com uma intoxicação alimentar ao longo de praticamente uma semana inteira. Teve seus pontos altos, claro, como o lançamento de The Sandman na Netflix (a melhor série que vi nesse ano), o final da espetacular quarta temporada de Westworld (que ouso colocar lado a lado com a primeira como as melhores), além da estreia de Mulher-Hulk (que, CGI porco à parte, é muito bacana), o início das vendas do Álbum da Copa do Mundo de 2022, o início e fim do último evento de Overwatch antes de se tornar Overwatch 2 e outros lançamentos que ainda não tive a oportunidade de conferir (como é o caso de Soul Hackers 2 ou House of the Dragon). Ainda assim, as partes ruins foram muito marcantes -- e ainda são muito recentes --, me levando a um sentimento agridoce sobre essas semanas.

Mas, olha, preciso fazer uma correção aqui. Em meu último Balanço Musical, havia dito que agosto não chegaria no mesmo patamar de julho quanto à quantidade de música ouvida. Eu não poderia estar mais enganado, e foi por pouco que não chegou mais perto ou até superou -- não tivesse ficado doente durante aqueles dias certamente teria ultrapassado. Segundo meu last.fm, foram 3.886 reproduções no último mês (média de 125/dia), que contaram com 711 artistas, 1.163 artistas e 3.550 faixas diferentes. Eu sinceramente nem sei como cheguei nesses números, acho que a última semana acabou empurrando para cima. E nem vou afirmar nada sobre esse setembro, a chance de eu errar novamente é alta.

E acho que nem preciso dizer que o sarrafo de qualidade do que ouvi foi alto, dessa vez estritamente focado em Rock e Metal, com um espaço minúsculo para sonoridades mais Pop, mas que apresentou muita coesão quanto a estilos e clima geral do mês (ao menos em meu entendimento). Isso fica mais claro ao conferir meus DESTAQUES DO MÊS logo à seguir.

ARTISTAS DO MÊS:


- U2 (Rock, Post-Punk, Pop Rock): depois do Queen no último mês, eis outra banda clássica que não me recordo de já ter figurado aqui como principal destaque. E é até engraçado eles parecerem nessa posição, especialmente em comparação com o quarteto inglês: ao contrário deles, ninguém em casa era muito chegado nos irlandeses enquanto eu crescia (minha mãe até hoje detesta e só se rende a Sunday Bloody Sunday). Acabou se tornando uma "descoberta" minha durante a adolescência e aprofundamento durante a vida adulta. Sou mais apegado aos primeiros discos até The Joshua Tree e Rattle and Hum, que, além de toda sua qualidade, são o principal motivo de o grupo estar aqui mencionado. 

Destaco também:

- Sepultura (Thrash Metal, Death Metal)

- David Bowie (Rock, Art Rock)

- The Yardbirds (Rock, Rock Psicodélico)

- Motörhead (Metal, Hard Rock, Thrash Metal)

- Savatage (Metal, Hard Rock)

- Angra (Metal Melódico, Power Metal, Metal Sinfônico)

- LaiD Back Devil (Metal, Hard Rock) -- que nada mais é que o Atlus Sound Team com nome de apresentação

- Deep Purple (Rock, Hard Rock, Blues Rock)

- Blind Guardian (Power Metal, Metal Melódico, Metal Progressivo)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Muse - Will Of The People (Rock, Hard Rock, Art Rock; 2022): Muse é uma banda complicada para mim porque, embora eu goste bastante deles há muito tempo, quase nenhum trabalho deles me agrada de primeira, mas vão crescendo em minha avaliação com o tempo e novas chances dadas. Imagine minha surpresa, então ao conferir Will Of The People e já gostar logo após a primeira audição, algo que só havia acontecido com Drones de 2015. Mas o novo trabalho do trio traz um resgate da banda a um som mais pesado -- e muito competente --, com riffs inspirados e passagens de causar inveja em bandas que são nativamente do gênero. Ao mesmo tempo, não abre mão de passagens mais melódicas e, por que não, pops. O resultado é (mais um) atestado da competência do grupo, que parece não cansar de experimentar e mostrar toda sua megalomania ao mundo.


- Soulfly - Totem (Thrash Metal, Death Metal; 2022): o grupo encabeçado por Max Cavalera já é mais que estabelecido na cena do Metal como um dos grandes nomes do gênero e, polêmicas recentes à parte, vem numa sequência de registros arrebatadora desde a última década. Em Totem, a aposta foi por uma abordagem mais direta (tanto é que possui 40 minutos de duração), entregando pedrada atrás de pedrada com muito estilo e competência, ao mesmo tempo que não tem medo de experimentar. Mais uma ótima adição ao grande catálogo do grupo.

Destaco também:

- Thunder - Dopamine (Hard Rock, AOR; 2022) -- bom disco, embora pudesse ter algumas faixas a menos

- Derek Sherinian - Vortex (Hard Rock, Metal, Metal Progressivo; 2022) -- um desfile de convidados faz desse um trabalho muito bom de se escutar

- H.E.A.T. - Force Majeure (Hard Rock; 2022) -- acredito que seja um dos mais pesados do grupo até o momento, parece que o retorno do vocalista original, Kenny Leckremo, deu uma nova injeção de ânimo a eles

- Journey - Freedom (Hard Rock, AOR; 2022) -- outro muito bom, como toda essa fase do grupo junto do vocalista Arnel Pineda, mas que talvez fosse ainda melhor com algumas faixas a menos

- Alan Parsons - From the New World (Rock, Rock Progressivo; 2022) -- o mesmo que eu disse para o álbum do Derek Sherinian se aplica aqui

- Bullet For My Valentine - Bullet For My Valentine (Metalcore, Metal, Thrash Metal; 2022) -- não sou o maior conhecedor do grupo, mas achei bem semelhante aos seus primeiros trabalhos, adicionando toda a experiência que adquiriram com o passar dos anos

- Amon Amarth - The Great Heathen Army (Death Metal, Viking Metal; 2022) -- o grupo entregou um trabalho brutal com algumas reparações muito bem vindas, além da participação de Biff Byford do Saxon na faixa Saxons and Vikings (que obviamente só poderia ter esse nome)

- Arch Enemy - Deceivers (Death Metal; 2022) -- a banda parece tirar o melhor da vocalista Alissa White-Gluz aqui, com direito até a uma ou outra passagem limpa de sua voz, além de soar técnica e competente em todos os sentidos

- Krisiun - Mortem Solis (Death Metal; 2022) -- mais uma pedrada absoluta para o catálogo dos brasileiros, que parecem estar em sua melhor forma com uma sequência de lançamentos iniciada na última década

- Machine Head - Of Kingdom and Crown (Thrash Metal; 2022) -- o grupo liderado por Robb Flynn, totalmente repaginado nos últimos anos, soa melhor do que em Catharsis, seu lançamento anterior ainda com a antiga formação, mas parece que ainda falta alguma coisa, um fator determinante para soar extraordinário como nos melhores momentos da banda. Talvez o entrosamento crescente entre os novos integrantes venha fazê-los entregar algo semelhante no futuro

- Panic! At The Disco - Viva Las Vengeance (Rock, Pop Rock, Art Rock, Emo; 2022) -- um trabalho que se assemelha ao Queen em diversos momentos e que é qualidade do início ao fim

- Within Temptation - The Unforgiving (Metal Sinfônico, Metal, Hard Rock; 2011) -- meu favorito do grupo

- Kate Bush - The Dreaming (Pop, Art Pop, Pop Rock; 1982) -- mais um passo em minha jornada pela discografia de Kate Bush com esse trabalho mais onírico que seu antecessor

- Styx - The Grand Illusion (Rock Progressivo, Rock, Art Rock, Pop Rock, AOR; 1977)

- Grand Funk Railroad - We're An American Band (Rock, Hard Rock; 1973)

Jethro Tull - Aqualung (Rock Progressivo, Hard Rock; 1971)

FAIXAS DO MÊS:


- Metric - Youth Without Youth (Indie Rock; 2012): com o lançamento de Formentera em julho e uma nova audição em agosto, acabei mergulhando nos clipes do Metric e me deparei com essa pérola do álbum Synthetica, de 2012, um faixa cheia de energia e que segue soando moderna mesmo após 10 anos de seu lançamento, o que me fez ficar obcecado por ela.

Destaco também:

- Queens of the Stone Age - Sick, Sick, Sick (Rock Alternativo, Hard Rock; 2007) -- adivinhem

- The White Stripes - The Hardest Button to Button (Rock, Rock Alternativo, Blues Rock; 2003)

Confira, por fim, a playlist elaborada durante agosto de 2022:


quarta-feira, 24 de agosto de 2022

BALANÇO MUSICAL - Julho de 2022

(Arte por Russell Dauterman e Matt Wilson. Thor, Poderosa Thor e Odin pertencentes à Marvel Entertainment, LLC e The Walt Disney Company, todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia [útil] do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).

Julho foi bom. Verdadeiramente bom. Quer dizer, teve um susto logo nos primeiros dias. Felizmente, foi algo ofuscado pelos bons momentos ocorridos antes e os que vieram logo depois. Entre encontros, reencontros (em momentos inesperados) e despedidas, surpresas e confusões, alegrias e doses seguras de angústia, foi certamente um dos mais interessantes meses de 2022, um em que me senti vivo como há muito não fazia, e que ainda trouxe a (brilhante) finalização da quarta temporada de Stranger Things logo em seu primeiro dia, a estreia do (controverso -- e que eu amei) Thor: Amor e Trovão, os episódios finais de Ms. Marvel (que gostei com ressalvas) e de The Boys (que gostei mas achei aquém do final da temporada anterior), mais episódios de Westworld (que só foi acabar agora em agosto), além de finalmente ter parado para assistir ao filme do ano, Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo.

Mais uma vez, esses bons tempos se refletiram no que tange meu lado musical. Não vou poupar palavras: esse último mês foi absurdo. Obsceno até, devo dizer. Segundo meu last.fm, foram 3.918 reproduções nos últimos 31 dias (uma média de 126/dia), que ainda incluíram 668 artistas, 1.165 álbuns e 3.535 faixas diferentes. Não apenas manteve a tendência de meses recheados de música, como também conquistou um merecidíssimo segundo lugar entre os maiores, perdendo apenas para maio de 2022. Já posso adiantar que agosto não chegará nesse mesmo patamar, mas acredito que deva ficar próximo do que foi junho último (o que já é enorme por si só).

E foi absurdo (e até obsceno) também pela qualidade do que passou pelos meus ouvidos. Não que tenha muitas surpresas. Acho que nenhuma, na verdade. Mas também não significa que eu não tenha ouvido apenas uma seleção do mais alto calibre durante as últimas semanas, em uma mistura quase perfeita de Rock, Metal, Pop Rock, Pop oitentista e outros subgêneros que poucos conseguem identificar e apontar. E esse grupo tão restrito pode ser conferido em meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- Queen (Rock, Hard Rock, Pop Rock, Art Rock): eu acho que o Queen, a primeira banda cujo som me conquistou há quase duas décadas, quando tinha por volta dos 8 anos, nunca chegou a figurar como principal destaque. Claro, posso estar terrivelmente errado, mas pelo menos desde que passei a usar imagens nas postagens do Balanço Musical isso não chegou a acontecer. Engraçado pensar na dimensão do quarteto em minha vida e toda a influência que exerceram em meus gostos e preferências musicais, e que só estão aqui porque tive muita vontade de ouvir alguns álbuns em sequência durante "a semana do Rock", em que me dediquei apenas a ouvir clássicos. E não me arrependo de nada.

Destaco também:

- Dio (Metal, Hard Rock)

- Kiss (Hard Rock, Metal, Rock)

- Pink Floyd (Rock Progressivo)

- The Beatles (Rock)

- Deep Purple (Hard Rock, Rock, Blues Rock)

- Sepultura (Groove Metal, Thrash Metal, Death Metal)

- Rush (Rock Progressivo, Hard Rock)

- The Rolling Stones (Rock)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Metric - Formentera (Indie Rock, Synth Pop, Art Rock; 2022): com base quase exclusivamente no anterior, Art of Doubt de 2018, minhas expectativas para um novo álbum do Metric eram altíssimas. O impacto com Doomscroller, primeiro single lançado em divulgação, não foi dos maiores em mim, e precisei ouvir umas três vezes para entender aqueles 10 minutos de música e passar a apreciá-los. A experiência com Formentera foi basicamente a mesma, com o trabalho não capturando tanto minha atenção em sua primeira audição, mas com minha compreensão daquelas nove faixas aumentando a cada nova escutada. E isso é curioso, pois não possui uma sonoridade complexa ou rebuscada; pelo contrário, as canções são até simples, dançantes e grudentas, bem calcadas no lado mais Pop do quarteto. No fim, provavelmente eu quem não estava em sintonia com o clima do disco.


- Jack White - Entering Heaven Alive (Rock, Folk Rock, Blues Rock; 2022): a notícia de que Jack White lançaria dois trabalhos em um mesmo ano me deixou muito entusiasmado quando chegou até mim. Se em Fear of the Dawn o artista apostou no peso e sons mais ágeis, chegando a flertar com o Hard Rock, aqui ele pega o caminho reverso e se utiliza de melodias acústicas, ainda que as guitarras não estejam desplugadas. E o resultado me recorda de seu primeiro álbum solo, Blunderbuss, com belas canções mais voltadas ao Folk Rock, mas sem deixar de lado a pegada que o consagrou. Não tem como negar, tanto Entering Heaven Alive quanto seu antecessor são fortes na disputa pelo posto de melhor do ano. 

Destaco também:

- Def Leppard - Diamond Star Halos (Hard Rock, Pop Rock; 2022) -- um direcionamento interessante no novo lançamento do Leopardo Surdo, flertando com diversos seguimentos e cadências, mas acertando mesmo quando retorna para o que os consagrou no passado

- Bastardane - Is This Rage? (Thrash Metal, Groove Metal; 2022) -- uma ótima estreia para o grupo do filho de James Hetfield, que claramente tem influências do Metallica, mas também possui personalidade própria

- Dream Widow - Dream Widow (Death Metal, Black Metal, Thrash Metal; 2022) -- pode ser só o Foo Fighters (ainda pré-falecimento do saudoso Taylor Hawkins) com um pseudônimo exclusivamente para produzir a trilha sonora do filme Studio 666, mas inegável que os caras soaram muito bem ao apostar no peso e vocais mais "sujos" e rasgados

- Joe Bonamassa - Driving Towards The Daylight (Rock, Blues Rock, Hard Rock; 2012)

- Porcupine Tree - Lightbulb Sun (Rock Progressivo, Rock Alternativo, Metal Progressivo; 2000) -- achou que eles não estariam? Achou errado

- Angra - Holy Land (Metal Melódico, Power Metal, Metal Sinfônico, Metal Experimental; 1996) -- segue sendo um dos melhores álbuns do Metal brasileiro

- Talisman - Genesis (Hard Rock; 1993) -- coisa linda, como todos do grupo

- Asia - Aqua (Rock, Rock Progressivo, Pop Rock; 1992)

- Simple Minds - New Gold Dream (81/82/83/84) (Pop Rock, New Wave; 1982) -- a alegria de ter conseguido encontrar esse em vinil

- Manowar - Battle Hymns (Metal; 1982)

- Peter Gabriel - Peter Gabriel 2: Scratch (Rock, Pop Rock, Rock Progressivo; 1978)

- AC/DC - Let There Be Rock (Hard Rock, Blues Rock; 1977) -- esse sempre terá um lugar especial no meu coração

- Led Zeppelin - Physical Graffiti (Hard Rock, Blues Rock, Art Rock; 1975) -- o melhor do Led Zeppelin e não se fala mais sobre isso

- Rory Gallagher - Rory Gallagher (Rock, Blues Rock; 1971)

FAIXAS DO MÊS:


- Kate Bush - Babooshka (Pop Rock, Art Pop, Art Rock; 1982): na esteira de Running Up That Hill em Stranger Things, fui eu atrás de mais Kate Bush e me deparei com essa música de instrumental perfeito, letra narrando as desventuras de uma mulher testando seu marido e um clipe que ilustra tudo isso muito bem. Todo o álbum Never for Ever é excelente, tido por muitos como o melhor da artista, e provavelmente até traga músicas melhores, mas Babooshka grudou no meu cérebro e está lá até agora. Eis o poder da faixa.

Destaco também:

- Ozzy Osbourne feat. Tony Iommi - Degradation Rules (Metal; 2022) -- o segundo single do vindouro álbum de Ozzy traz uma mini-reunião do Black Sabbath, e o resultado honra os nomes envolvidos, especialmente pelo riff típico de Iommi marcando todo seu peso característico

- The Bangles - Hazy Shade of Winter (Rock; 1987)

- Siouxsie and the Banshees - Spellbound (Rock; 1981) -- outra diretamente de Stranger Things, dessa vez dos créditos do último episódio da quarta temporada, além de ser uma das minhas favoritas do grupo

- The Eagles - Journey of the Sorcerer (Rock; 1975) -- porque eu demorei mais do que deveria para achar essa ótima faixa

Confira, por fim, a playlist elaborada por mim durante julho de 2022:

segunda-feira, 11 de julho de 2022

BALANÇO MUSICAL - Junho de 2022

(Arte por koalanov. Max Mayfield e Stranger Things pertencentes à Netflix, Inc. e The Duffer Brothers, todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia [útil] do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).

Junho foi um bom mês. Quer dizer, com percalços, mas ainda assim bom. Algumas saídas, aniversários, novos contatos, possibilidades que se abriram e bons momentos ao lado das pessoas que amo. Ao mesmo tempo, um surto de SARS-CoV-19 (ou Covid-19, ou conoravírus) em meu local de trabalho, que me deixou nervoso e temeroso por dias. O lado bom é que ela acabou deixando todos num trabalho remoto temporário, que eu soube aproveitar cada segundo de sua duração. Não fosse por ele, duvido que teria me dedicado a sequer assistir à primeira parte da quarta temporada de Stranger Things (e ainda bem que o fiz) Também foi bom por me permitir assistir aos episódios de The Boys, Obi-Wan KenobiMs. Marvel e Westworld lançados durante o período sem maiores problemas.

Por conta dessas circunstâncias, fácil imaginar que também escutei muita música durante junho. Não igual a maio último, claro, mas ainda assim... Segundo meu last.fm, foram 3.568 reproduções realizadas durante os 30 dias passados (média de 118/dia), que incluíram 616 artistas, 1.102 álbuns e 3.268 faixas diferentes. Ótimos números que fizeram desse meu quarto melhor mês em quantidade no retrospecto geral. E veremos por qual direção este julho irá, por ora não é possível afirmar nada.

E se em quantidade impressionou, em qualidade não deixou nada a dever. Não que tenha tido muitas mudanças no que costumo ouvir habitualmente, mas minha seleção de Rock, Metal, Pop oitentista e afins segue firme e forte por mais um mês, tendo lançamentos, novidades, resgates e clássicos lado a lado, com influências de onde estive ou do que assisti. E você pode conferir tudo isso abaixo em meus DESTAQUES DO MÊS.

ARTISTAS DO MÊS:


- Porcupine Tree (Rock Progressivo, Metal Progressivo, Rock Alternativo): acho que não poderia ser outro o destaque aqui. Não apenas por conta do álbum novo: eu realmente escutei bastante Porcupine Tree durante junho, talvez como uma preparação para o mais recente lançamento, talvez apenas porque veio a calhar. A verdade é que escutá-los nunca é demais, e quanto mais ouço, mais percebo o quanto suas composições ressoam comigo, e mais eles se tornam uma de minhas bandas favoritas

Destaco também:

- Roxette (Rock, Pop Rock, Pop)

- The Rolling Stones (Rock)

- Deep Purple (Hard Rock, Rock, Blues Rock)

- Duran Duran (Pop Rock, Rock, Pop)

- Garbage (Rock Alternativo)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Porcupine Tree - Closure/Continuation (Rock Progressivo, Metal Progressivo; 2022): definitivamente não poderia ser outra a escolha aqui. Eu não costumo (e nem gosto) de colocar artistas duas vezes em meus destaques, mas não tive muita alternativa, pois Porcupine Tree teve um impacto muito grande em meu junho, muito graças ao lançamento de Closure/Continuation, novo trabalho do grupo (agora um trio) após seu retorno e, como o próprio nome indica, é tanto um ponto final de certos aspectos do passado como uma continuação de seus pontos mais fortes. Melodias, letras, instrumental, a produção sonora impecável, tudo está aqui, em um esforço muita mais coletivo do que concentrado em Wilson, como costumava ser. É o provável melhor álbum do ano, difícil ser superado.

Destaco também:

- Liam Gallagher - C'mon You Know (Rock, Britpop; 2022) -- Liam sendo ao menos o coautor de todas as faixas do sucessor de Why Me? Why Not., de 2019, e entregando aquele que provavelmente é seu melhor trabalho solo até o momento

- Florence + The Machine - Dance Fever (Pop Rock, Dance Rock, Indie Rock; 2022) -- que obra-prima Florence Welch nos forneceu ao lado de seu grupo nesse ano

- Kreator - Hate Uber Alles (Thrash Metal; 2022) -- verdadeira pedrada dos alemães, um álbum que teremos como um clássico moderno nos próximos anos

- Abbath - Dead Reaver (Black Metal, Thrash Metal, Death Metal; 2022) -- depois de dois discos sólidos e bem sucedidos, Abbath apresenta um pouco de sua versatilidade aqui se aventurando em outras vertentes do Metal no seu melhor registro até aqui

- Dorothy - Gifts From The Holy Ghost (Hard Rock; 2022) -- o trabalho mais consistente do grupo até o momento, e que siga assim em lançamentos futuros

- Avril Lavigne - Love Sux (Pop Punk; 2022) -- a rainha do Pop Punk está de volta em grande estilo. Para fazer os fãs irem a delírio mesmo

- Daryl Hall & John Oates - Marigold Sky (Pop Rock, Pop, New Wave; 2022) -- uma aula de como atualizar sua sonoridade sem abrir mão de elementos clássicos

- Marina - Ancient Dreams In A Modern Land (Pop Rock, Indie Rock; 2021) -- só queria dizer que eu amo a voz dessa mulher perfeita mesmo

- Epica - The Quantum Enigma (Metal Sinfônico, Power Metal; 2014)

- Black Label Society - Catacombs of the Black Vatican (Metal; 2014)

- The Stooges - Ready To Die (Punk Rock, Art Rock, Hard Rock; 2013) -- aquele que viria a se tornar o álbum de despedida dos Stooges inconscientemente soa como um álbum de despedida, mas um ainda melhor que o anterior, The Weirdness

- Gnarls Barkley - St. Elsewhere (Funk, Pop, R&B; 2006)

- The Black Crowes - Lions (Hard Rock, Blues Rock, Southern Rock; 2001)

- Midnight Oil - Blue Sky Mining (Rock, Hard Rock, Rock Alternativo; 1990)

- Iggy Pop - Brick By Brick (Hard Rock, Punk Rock, Art Rock; 1990)

- Tom Petty - Full Moon Fever (Rock, Heartland Rock; 1989)

- Faith No More - Introduce Yourself (Hard Rock, Rock Alternativo; 1987)

- Siouxsie and the Banshees - Through the Looking Glass (Rock Gótico, Rock, Rock Alternativo; 1987)

- Joe Cocker - Cocker (Pop Rock, Rock; 1986)

- Peter Gabriel - Peter Gabriel 3: Melt (Rock, Rock Progressivo, Pop Rock; 1980)

- Wishbone Ash - Argus (Rock, Hard Rock; 1972)

FAIXAS DO MÊS:


- Kate Bush - Running Up That Hill (A Deal With God) (Pop, Art Pop; 1985): diretamente da quarta temporada de Stranger Things, esse sucesso de outrora trouxe Kate Bush de volta às paradas depois de muito, muito tempo. Não é pra menos: a faixa apresenta uma produção perfeita, som cristalino e uma performance arrebatadora da cantora. E, como toda boa música pop, é grudenta DEMAIS, o que, aliado à repetição da canção que a série nos expõe, deixa na cabeça por dias a fio.

Destaco também:

- Porcupine Tree - Love In The Past Tense (Rock Progressivo; 2022) -- quer dizer, eles já estão nos destaques de artistas e álbuns, por que não nos de faixas também? O fato é que essa música é apaixonante, viciante, tem uma letra maravilhosa e um instrumental diferente de tudo que me lembre de a banda já ter feito. Um ponto fora da curva maravilhoso em uma discografia riquíssima e cheia desses

- Lyn - Last Surprise (J-Pop, J-Rock; 2016) -- essa é dedicada ao dia da divulgação do lançamento dos Persona para Switch. Nintendistas, saiba que acompanhei e vibrei junto a vocês

- Paul McCartney, Dave Grohl, Krist Novoselic, Pat Smear - Cut Me Some Slack (Grunge, Hard Rock; 2013) -- dedicada ao aniversário de 80 anos do maior músico vivo. Longe de ser a mais adequada, mas demonstra muito bem toda sua versatilidade ao longo de 60 anos de carreira

Confira, por fim, a playlist elaborada durante junho de 2022: