Quando Warren Ellis comentou que havia se baseado em Game of Thrones para desenvolver o novo Universo Wildstorm, ele não estava de brincadeira: cada novo capítulo é um equilíbrio saudável entre acontecimentos desenfreados e desenvolvimento de trama, personagens e mundo, tal qual na consagrada série da HBO. Não é de se espantar, portanto, que o mais recente número de The Wild Storm tenha seguido essa mesma estrutura.
Esta edição se inicia exatamente no mesmo ponto em que a anterior se encerrou, com o frenético conflito entre IO e WildC.A.T.s. É interessante como Ellis e seus colaboradores tem o dom de representar a violência extrema de uma forma não apelativa e ao mesmo tempo divertida, sendo o inglês uma espécie de Tarantino dos quadrinhos. Davis-Hunt é peça chave para isso, claro, com um trabalho que consegue ser mais conquistador a cada novo mês.
Concluída a ação, a sequência é recheada de desenvolvimento de universo. Entre dos diálogos envolvendo os WildC.A.T.s, Michael Cray e Miles Craven, porém, temos um novo vislumbre da terceira parte desse conflito entre agências, pouco explorado até então: a SkyWatch. Dessa vez, temos algumas páginas exclusivamente reservadas para mostrar o envolvimento de Henry Bendix com seus subordinados, em especial com Lauren Pennington, a heroína Fahrenheit da StormWatch original. Bendix é retratado de forma horrível, com aparência decrépita, demonstrando-se também racista e sem respeito algum por seus funcionários, lidando com todos na base do medo. Ou seja, aqui não restam dúvidas que o Homem do Tempo é uma figura mal intencionada, ao contrário da HQ clássica. E finalizando essa passagem, somos apresentados à base de operações da equipe no espaço, mostrada de modo tão megalomaníaco e belo quanto o Olho do Céu original.
The Wild Storm segue sendo uma leitura interessante, uma das melhores do mercado, mas que vem se apresentando de modo mais lento que o esperado. A necessidade do roteirista de reapresentar tantos personagens e conceitos de forma repaginada para toda uma gama de novos leitores é a principal causa disso, mas tudo bem sendo feito com a qualidade que já é marca registrada de Warren Ellis. Assim que essa necessária etapa se encerrar, entretanto, e os outros 3 títulos da nova franquia forem lançados, tenha certeza: este será um dos gibis mais surpreendentes de se ler.
Confira abaixo as 4 páginas iniciais da edição #4 de The Wild Storm:
Concluída a ação, a sequência é recheada de desenvolvimento de universo. Entre dos diálogos envolvendo os WildC.A.T.s, Michael Cray e Miles Craven, porém, temos um novo vislumbre da terceira parte desse conflito entre agências, pouco explorado até então: a SkyWatch. Dessa vez, temos algumas páginas exclusivamente reservadas para mostrar o envolvimento de Henry Bendix com seus subordinados, em especial com Lauren Pennington, a heroína Fahrenheit da StormWatch original. Bendix é retratado de forma horrível, com aparência decrépita, demonstrando-se também racista e sem respeito algum por seus funcionários, lidando com todos na base do medo. Ou seja, aqui não restam dúvidas que o Homem do Tempo é uma figura mal intencionada, ao contrário da HQ clássica. E finalizando essa passagem, somos apresentados à base de operações da equipe no espaço, mostrada de modo tão megalomaníaco e belo quanto o Olho do Céu original.
The Wild Storm segue sendo uma leitura interessante, uma das melhores do mercado, mas que vem se apresentando de modo mais lento que o esperado. A necessidade do roteirista de reapresentar tantos personagens e conceitos de forma repaginada para toda uma gama de novos leitores é a principal causa disso, mas tudo bem sendo feito com a qualidade que já é marca registrada de Warren Ellis. Assim que essa necessária etapa se encerrar, entretanto, e os outros 3 títulos da nova franquia forem lançados, tenha certeza: este será um dos gibis mais surpreendentes de se ler.
Confira abaixo as 4 páginas iniciais da edição #4 de The Wild Storm: