Olá! Sou fã de Metal Gear Solid há muito tempo e, devido ao lançamento de "Metal Gear Solid V: The Phantom Pain" no próximo dia 01/09, resolvi fazer uma série de postagens especiais para celebrar tanto o novo game quanto o encerramento da épica criação de Hideo Kojima. Mas não contarei a trama da saga ou farei reviews de cada título, e sim falarei um pouco das minhas experiências com os jogos na ordem em que eu os descobri, coisa que, acredito eu, muitos irão se identificar.
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Eu joguei a série Metal Gear Solid numa ordem completamente errada.
Eu joguei a série Metal Gear Solid numa ordem completamente errada.
Antes de tudo, acho que vale situar as coisas: eu tinha por volta de 10 anos e costumava comprar a famigerada "Dicas e Truques para PlayStation". Sim, os tempos eram outros, a internet banda larga ainda dava seus primeiros passos no Brasil e o melhor jeito de ficar por dentro das novidades dos games, arranjar dicas e ver críticas ainda era através de revistas. Em suas edições, um jogo que vinha recebendo destaque era um tal de "Metal Gear Solid 3: Snake Eater", sendo sempre elogiado por todas as suas inovações, atmosfera envolvente e apresentação única, e consagrando-se, assim, o "melhor jogo de PlayStation 2" até aquele momento, segundo os redatores.
E eu, obviamente, fiquei curioso. Afinal, se esse game era tão bom e inovador, então certamente eu, uma criança que gostava muito de ficar horas jogando video-game, deveria tê-lo. E fui atrás. Mas eu nunca encontrava nas lojas da minha cidade (interior de São Paulo, as coisas realmente demoravam mais para chegar por lá, mas esse aparentemente não existia naquelas terras). Para a minha sorte, alguns amigos meus conseguiram suas cópias (comprando em outras cidades, importando, sei lá). Então, tudo o que tive que fazer foi pegar emprestado por uns dias, para testar e afins.
Vocês devem estar se perguntando: "que tipo de pessoa começa a jogar uma franquia pelo seu terceiro título? Quer dizer, tem outros dois antes, que você tá simplesmente ignorando, não deveria jogá-los primeiro?" Afinal, ninguém começa a ver Star Wars por "O Retorno de Jedi" ou "A Vingança dos Sith". Ninguém lê Harry Potter começando pelo "Prisioneiro de Azkaban". Ninguém assiste "De Volta Para o Futuro III" antes dos outros dois. Senhor dos Anéis não deve ser iniciado por "O Retorno do Rei". E, especialmente, você não deve ver "Exterminador do Futuro: A Rebelião das Máquinas", "Homem de Ferro 3" ou Homem-Aranha 3" antes dos demais. Aliás, você nem deve ver esses filmes, mas isso fica pra outra discussão.
Mas e se for Indiana Jones? Bom, você pode tranquilamente começar por "A Última Cruzada", pois cada longa clássico tem sua história fechada e redonda, sem grandes ligações diretas com a trama dos demais. E, felizmente, esse é o caso de "Metal Gear Solid 3" em relação ao seus antecessores. Mais do que isso, ele é o primeiro na ordem cronológica dos acontecimentos da saga, antes mesmo dos velhos jogos que deram início a tudo, "Metal Gear" e Metal Gear 2: Solid Snake", para MSX (que não devem ser confundidos, em hipótese alguma, com "Metal Gear Solid" e "Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty"). Então, não foi exatamente um erro ou um grande problema.
Ainda que fosse um problema, não seria um que eu me arrependeria de ter cometido. Porque o game mudou minha vida desde a primeira vez que o joguei. A começar por sua abertura:
Quanta perfeição. Eu já a vi dezenas, centenas de vezes, e nunca me cansei. Essa bela homenagem aos temas dos 007 clássicos entoada por Cynthia Harrell é uma música que sempre me encantou, e sempre me encantará. E todo o clima de anos 1960, Guerra Fria e espionagem só colaboram para melhorar tudo isso, dando o tom certeiro sobre o que o jogador pode esperar daí para frente. Para melhorar, essa introdução é interativa. Você pode mexer com a ondulação das letras, mudá-las para caracteres em japonês, transformadas em esqueletos de cobra, mudar as cores de fundo, mudar imagenzinhas, direcioná-las de forma diferente... Basicamente, você brinca com tudo aquilo ao seu bel-prazer, algo que se repete na tela de "Press Start". Simplesmente fantástico.
Quando entrei no game de fato, minha cabeça explodiu. Nunca tinha visto nada como aquilo, seja nos quesitos de gráficos, gameplay, sons ou ambientação. Eu realmente me sentia na pele de um espião estadunidense infiltrado nas selvas soviéticas em uma missão ultra-secreta. Tudo colaborava para isso: a (então) perfeição visual, os controles perfeitamente responsivos, os barulhos da natureza selvagem e a vida daquele local, com a fauna e a flora em perfeita sincronia. Aliado a esses detalhes, ainda havia a ação em stealth meticulosamente criada, uma ótima inteligência artificial dos inimigos, áreas diferentes a serem exploradas, um vasto arsenal a ser encontrado conforme se progredia, "boss battles" emocionantes (The End e The Boss, em especial), segredos e easter eggs. Recursos inovadores como a possibilidade de escolher um traje e pintura facial diferentes para se camuflar melhor em cada local do jogo, a necessidade de caçar animais ou encontrar alimentos para manter sua barra de stamina em bons níveis e a opção de realizar curativos ou usar medicamentos no caso de algum ferimento ou envenenamento só colaboravam ainda mais para transformar a experiência na melhor que já tive com video-games até hoje.
Mesmo tendo pego MGS3 emprestado, apenas para "testes", eu fiquei com o jogo por um bom tempo. Zerei várias e várias vezes, tentando conseguir todas as armas, camuflagens, pinturas e tudo mais que pudesse estar escondido, ao mesmo tempo que ia batendo meus recordes de tempo de término do jogo (acho que meu melhor tempo foi 2:53h na época), e usando apenas a arma de tranquilizantes para tudo. Quando devolvia, pegava emprestado com algum outro amigo que o tinha. E fiquei um belo tempo nesse esquema, até que finalmente pude comprar a minha própria cópia.
Só que o "Metal Gear Solid 3" que eu comprei era diferente daquele que meus amigos tinham. Enquanto a versão deles era a "Snake Eater", a minha era a "Subsistence", lançada um ano depois. E qual a diferença? Bom, meu jogo tinha algumas novidades. Novas camuflagens e pinturas foram inseridas, além de mais um nível de dificuldade, o "European Extreme" (que também esteve presente na versão "Substance" de MGS2). Fora isso, esse lançamento tinha um disco extra, que continha várias cutscenes engraçadalhas que parodiavam momentos do próprio game, o modo "Snake vs Monkey" (já presente na versão comum, mas agora com novas fases), os clássicos "Metal Gear" e "Metal Gear 2: Solid Snake", em toda sua glória, e o modo online, que eu infelizmente nunca pude jogar, pois internet no PS2 era luxo demais em uma época que eu tinha 512 kbps de banda larga. A grande e mais essencial inovação, porém, ficou por conta da inserção da câmera livre em todos os modos, ao contrário da câmera em ponto fixo vista até então. Isso melhorou a experiência em todos os aspectos, e acabou se tornando tendência para os títulos da saga que viriam a seguir (o próprio Kojima disse que testou o recurso nessa versão já pensando em MGS4).
A única coisa ruim de "Metal Gear Solid 3: Subsistence" é que ele não compartilhava o save com "Snake Eater". Ou seja, todo meu progresso e esforço feito com os jogos dos meus amigos foi por água abaixo. Mas tudo bem, pois tive a "sorte" de fazer tudo de novo. E foi ainda melhor dessa vez.
Mas e a história? Ah, a história... É engraçado ter tanto amor por uma trama que eu só fui entender por completo anos depois, quando rejoguei toda a franquia (agora na versão remasterizada em HD) por volta de 2012, justamente para conseguir compreender tudo (antes só havia lido em fóruns e afins, pois meu inglês ainda era bem básico). E valeu muito a pena, pois pude reviver momentos marcantes e aproveitar muito melhor outros que passaram completamente despercebidos. Um enredo complexo, abordando diversas questões políticas (num tempo tão delicado para o mundo), militares e de lealdade, apresentado majestosamente pela visão cinematográfica de Hideo Kojima e que, aliado ao visual de cair o queixo e uma gama de personagens carismáticos e memoráveis, se tornou algo único. Jamais esquecerei certos momentos, especialmente aqueles no final do game. MGS3 ainda possui uma das minhas citações favoritas, proferida por The Boss antes de seu confronto final com Snake:
"In 1960 I saw a vision of the ideal future from space. Three years earlier the Soviet Union had succeeded in launching Sputnik, the first manmade satellite in history, into orbit. This came as a huge shock to the United States. In response, America threw everything it had into its own manned space flight project, the Mercury project. Even as the Soviets seemed poised to send their first man into space America was still experimenting with chimpanzees in rockets. The government wanted human data. So they secretly decided to send a human being into space. I was the one they chose. At the time they didn't have the technology to block out cosmic rays and whoever they sent up would inevitably be exposed to heavy radiation. That's why they chose me. After all, I had already been irradiated once. Of course, you won't find any of this in the history books. I could see the planet as it appeared form space. That's when it finally hit me. Space exploration is nothing but another game in the power struggle between the US and USSR. Politics, economics, the arms race - they're all just arenas for meaningless competition. I'm sure you can see that. But the Earth itself has no boundaries. No East, No West, No Cold War. And the irony of it is, the United States and the Soviet Union are spending billions on their space programs and the missile race only to arrive at the same conclusion. In the 21st century everyone will be able to see that we are all just inhabitants of a little celestial body called Earth. A world without communism and capitalism... that is the world I wanted to see. But reality continued to betray me."
É, "Metal Gear Solid 3" foi um game que marcou bastante minha vida. Uma experiência inesquecível e única, que mudou minha maneira de encarar video-games para sempre. E eu sei que isso também aconteceu com muitos outros, pois vejo direto pessoas dizerem que este é seu título favorito da franquia e também foi seu primeiro. Saibam que sofremos juntos para enfrentar The End, criamos o "Time Paradox" ao atirar em Ocelot quando ele está nocauteado, caçamos os sapos Kerotan em cada novo cenário que explorávamos e nos emocionamos juntos com as cenas que fecham a história. Fico feliz em ter crescido jogando a saga, enquanto pude vê-la evoluir conforme crescia. E, do mesmo jeito que eu envelheci, MGS3 também envelheceu, e envelheceu muitíssimo bem. Mesmo mais de 10 anos depois, esse ainda é meu jogo favorito entre todos que já joguei, algo que talvez só venha a ser desbancado por "Metal Gear Solid V: The Phantom Pain".
"Mas espera, se tantos outros fizeram como você e começaram pelo terceiro jogo, porque você disse que jogou numa ordem completamente errada?"
Calma, esse é só o começo...
Vocês devem estar se perguntando: "que tipo de pessoa começa a jogar uma franquia pelo seu terceiro título? Quer dizer, tem outros dois antes, que você tá simplesmente ignorando, não deveria jogá-los primeiro?" Afinal, ninguém começa a ver Star Wars por "O Retorno de Jedi" ou "A Vingança dos Sith". Ninguém lê Harry Potter começando pelo "Prisioneiro de Azkaban". Ninguém assiste "De Volta Para o Futuro III" antes dos outros dois. Senhor dos Anéis não deve ser iniciado por "O Retorno do Rei". E, especialmente, você não deve ver "Exterminador do Futuro: A Rebelião das Máquinas", "Homem de Ferro 3" ou Homem-Aranha 3" antes dos demais. Aliás, você nem deve ver esses filmes, mas isso fica pra outra discussão.
Mas e se for Indiana Jones? Bom, você pode tranquilamente começar por "A Última Cruzada", pois cada longa clássico tem sua história fechada e redonda, sem grandes ligações diretas com a trama dos demais. E, felizmente, esse é o caso de "Metal Gear Solid 3" em relação ao seus antecessores. Mais do que isso, ele é o primeiro na ordem cronológica dos acontecimentos da saga, antes mesmo dos velhos jogos que deram início a tudo, "Metal Gear" e Metal Gear 2: Solid Snake", para MSX (que não devem ser confundidos, em hipótese alguma, com "Metal Gear Solid" e "Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty"). Então, não foi exatamente um erro ou um grande problema.
Ainda que fosse um problema, não seria um que eu me arrependeria de ter cometido. Porque o game mudou minha vida desde a primeira vez que o joguei. A começar por sua abertura:
Quanta perfeição. Eu já a vi dezenas, centenas de vezes, e nunca me cansei. Essa bela homenagem aos temas dos 007 clássicos entoada por Cynthia Harrell é uma música que sempre me encantou, e sempre me encantará. E todo o clima de anos 1960, Guerra Fria e espionagem só colaboram para melhorar tudo isso, dando o tom certeiro sobre o que o jogador pode esperar daí para frente. Para melhorar, essa introdução é interativa. Você pode mexer com a ondulação das letras, mudá-las para caracteres em japonês, transformadas em esqueletos de cobra, mudar as cores de fundo, mudar imagenzinhas, direcioná-las de forma diferente... Basicamente, você brinca com tudo aquilo ao seu bel-prazer, algo que se repete na tela de "Press Start". Simplesmente fantástico.
Quando entrei no game de fato, minha cabeça explodiu. Nunca tinha visto nada como aquilo, seja nos quesitos de gráficos, gameplay, sons ou ambientação. Eu realmente me sentia na pele de um espião estadunidense infiltrado nas selvas soviéticas em uma missão ultra-secreta. Tudo colaborava para isso: a (então) perfeição visual, os controles perfeitamente responsivos, os barulhos da natureza selvagem e a vida daquele local, com a fauna e a flora em perfeita sincronia. Aliado a esses detalhes, ainda havia a ação em stealth meticulosamente criada, uma ótima inteligência artificial dos inimigos, áreas diferentes a serem exploradas, um vasto arsenal a ser encontrado conforme se progredia, "boss battles" emocionantes (The End e The Boss, em especial), segredos e easter eggs. Recursos inovadores como a possibilidade de escolher um traje e pintura facial diferentes para se camuflar melhor em cada local do jogo, a necessidade de caçar animais ou encontrar alimentos para manter sua barra de stamina em bons níveis e a opção de realizar curativos ou usar medicamentos no caso de algum ferimento ou envenenamento só colaboravam ainda mais para transformar a experiência na melhor que já tive com video-games até hoje.
Mesmo tendo pego MGS3 emprestado, apenas para "testes", eu fiquei com o jogo por um bom tempo. Zerei várias e várias vezes, tentando conseguir todas as armas, camuflagens, pinturas e tudo mais que pudesse estar escondido, ao mesmo tempo que ia batendo meus recordes de tempo de término do jogo (acho que meu melhor tempo foi 2:53h na época), e usando apenas a arma de tranquilizantes para tudo. Quando devolvia, pegava emprestado com algum outro amigo que o tinha. E fiquei um belo tempo nesse esquema, até que finalmente pude comprar a minha própria cópia.
Só que o "Metal Gear Solid 3" que eu comprei era diferente daquele que meus amigos tinham. Enquanto a versão deles era a "Snake Eater", a minha era a "Subsistence", lançada um ano depois. E qual a diferença? Bom, meu jogo tinha algumas novidades. Novas camuflagens e pinturas foram inseridas, além de mais um nível de dificuldade, o "European Extreme" (que também esteve presente na versão "Substance" de MGS2). Fora isso, esse lançamento tinha um disco extra, que continha várias cutscenes engraçadalhas que parodiavam momentos do próprio game, o modo "Snake vs Monkey" (já presente na versão comum, mas agora com novas fases), os clássicos "Metal Gear" e "Metal Gear 2: Solid Snake", em toda sua glória, e o modo online, que eu infelizmente nunca pude jogar, pois internet no PS2 era luxo demais em uma época que eu tinha 512 kbps de banda larga. A grande e mais essencial inovação, porém, ficou por conta da inserção da câmera livre em todos os modos, ao contrário da câmera em ponto fixo vista até então. Isso melhorou a experiência em todos os aspectos, e acabou se tornando tendência para os títulos da saga que viriam a seguir (o próprio Kojima disse que testou o recurso nessa versão já pensando em MGS4).
A única coisa ruim de "Metal Gear Solid 3: Subsistence" é que ele não compartilhava o save com "Snake Eater". Ou seja, todo meu progresso e esforço feito com os jogos dos meus amigos foi por água abaixo. Mas tudo bem, pois tive a "sorte" de fazer tudo de novo. E foi ainda melhor dessa vez.
Mas e a história? Ah, a história... É engraçado ter tanto amor por uma trama que eu só fui entender por completo anos depois, quando rejoguei toda a franquia (agora na versão remasterizada em HD) por volta de 2012, justamente para conseguir compreender tudo (antes só havia lido em fóruns e afins, pois meu inglês ainda era bem básico). E valeu muito a pena, pois pude reviver momentos marcantes e aproveitar muito melhor outros que passaram completamente despercebidos. Um enredo complexo, abordando diversas questões políticas (num tempo tão delicado para o mundo), militares e de lealdade, apresentado majestosamente pela visão cinematográfica de Hideo Kojima e que, aliado ao visual de cair o queixo e uma gama de personagens carismáticos e memoráveis, se tornou algo único. Jamais esquecerei certos momentos, especialmente aqueles no final do game. MGS3 ainda possui uma das minhas citações favoritas, proferida por The Boss antes de seu confronto final com Snake:
"In 1960 I saw a vision of the ideal future from space. Three years earlier the Soviet Union had succeeded in launching Sputnik, the first manmade satellite in history, into orbit. This came as a huge shock to the United States. In response, America threw everything it had into its own manned space flight project, the Mercury project. Even as the Soviets seemed poised to send their first man into space America was still experimenting with chimpanzees in rockets. The government wanted human data. So they secretly decided to send a human being into space. I was the one they chose. At the time they didn't have the technology to block out cosmic rays and whoever they sent up would inevitably be exposed to heavy radiation. That's why they chose me. After all, I had already been irradiated once. Of course, you won't find any of this in the history books. I could see the planet as it appeared form space. That's when it finally hit me. Space exploration is nothing but another game in the power struggle between the US and USSR. Politics, economics, the arms race - they're all just arenas for meaningless competition. I'm sure you can see that. But the Earth itself has no boundaries. No East, No West, No Cold War. And the irony of it is, the United States and the Soviet Union are spending billions on their space programs and the missile race only to arrive at the same conclusion. In the 21st century everyone will be able to see that we are all just inhabitants of a little celestial body called Earth. A world without communism and capitalism... that is the world I wanted to see. But reality continued to betray me."
É, "Metal Gear Solid 3" foi um game que marcou bastante minha vida. Uma experiência inesquecível e única, que mudou minha maneira de encarar video-games para sempre. E eu sei que isso também aconteceu com muitos outros, pois vejo direto pessoas dizerem que este é seu título favorito da franquia e também foi seu primeiro. Saibam que sofremos juntos para enfrentar The End, criamos o "Time Paradox" ao atirar em Ocelot quando ele está nocauteado, caçamos os sapos Kerotan em cada novo cenário que explorávamos e nos emocionamos juntos com as cenas que fecham a história. Fico feliz em ter crescido jogando a saga, enquanto pude vê-la evoluir conforme crescia. E, do mesmo jeito que eu envelheci, MGS3 também envelheceu, e envelheceu muitíssimo bem. Mesmo mais de 10 anos depois, esse ainda é meu jogo favorito entre todos que já joguei, algo que talvez só venha a ser desbancado por "Metal Gear Solid V: The Phantom Pain".
"Mas espera, se tantos outros fizeram como você e começaram pelo terceiro jogo, porque você disse que jogou numa ordem completamente errada?"
Calma, esse é só o começo...