Olá! Sou fã de Metal Gear Solid há muito tempo e, devido ao lançamento de "Metal Gear Solid V: The Phantom Pain" no próximo dia 01/09, resolvi fazer uma série de postagens especiais para celebrar tanto o novo game quanto o encerramento da épica criação de Hideo Kojima. Mas não contarei a trama da saga ou farei reviews de cada título, e sim falarei um pouco das minhas experiências com os jogos na ordem em que eu os descobri, coisa que, acredito eu, muitos irão se identificar.
Confira as postagens anteriores abaixo:
PARTE 1 - PARTE 2-
É, eu joguei Metal Gear Solid na ordem reversa: primeiro o 3, depois o 2 e, por fim, o 1. E acabou sendo uma experiência muito interessante.
Já havia um tempo que eu vinha tentando jogar "Metal Gear Solid", um dos maiores clássicos do PlayStation 1. Eu tinha os dois CDs em mãos e tinha um emulador que rodava o jogo muito bem. Mas, nas minhas primeiras tentativas, eu nem chegava até o elevador e via o título, ou seja, basicamente eu não jogava. E não sei por quê. Talvez o fato de já saber a história e, especialmente, ter lido a ótima HQ que conta a trama do jogo me afastava de prosseguir. O enredo de MGS sempre foi uma coisa importante para mim, mas uma vez que eu já sabia toda essa parte por completo, não via grandes motivos para me aventurar pela ilha de Shadow Moses.
Até que chegou 2012. Nesse fatídico ano, já citado por mim nos dois posts anteriores, passei por alguns momentos complicados na minha vida, fiquei bem pra baixo e procurei por coisas que pudessem me distrair. Aliado a isso, eu consegui a "Metal Gear Solid HD Collection" para Xbox 360 e, como eu não tinha nada muito mais importante para fazer (exceto a parte de estudar para o vestibular... Não repitam isso, crianças, foi muito irresponsável da minha parte), pensei "Quer saber? Vou jogar todos os jogos em sequência". Incluindo o MGS1.
E olha, se arrependimento matasse... Eu certamente não estaria escrevendo esse texto por conta desse jogo. Como eu pude deixá-lo passar por tanto tempo? Pensando agora, talvez eu não tenha aprendido direito a lição de que ler a história e vivenciar a experiência completa são coisas completamente distintas. E, se eu havia a aprendido, ela certamente foi reforçada, e nunca mais cometi esse terrível erro novamente. Nem mesmo com "Quarteto Fantástico".
O primeiro "Metal Gear Solid" fez milagres com o hardware que o PS1 tinha. Belos gráficos, especialmente por ter sido lançado em 1998, uma atmosfera extremamente envolvente, cenários bem criados, inteligência artificial de primeira, ambientes que passam a sensação da vida presente neles, uma fantástica e marcante trilha sonora (com um "Alert Theme" que até hoje me aterroriza), ação stealth minuciosamente criada e controles impecáveis, práticos e perfeitamente responsivos. Junto a tudo isso, temos a visão cinematográfica de Hideo Kojima que só enriquece a experiência e a faz tudo parecer um grande filme interativo.
Agora, onde eu já li tudo isso? Ah sim, eu mesmo falei essas coisas quando escrevi sobre MGS2 e MGS3! Essa foi a parte mais interessante de ter jogado esse clássico: ver que os melhores elementos da franquia estiveram presentes desde o começo, e Kojima só foi evoluindo-os e aperfeiçoando-os com o passar do tempo e as inovações da tecnologia. Mesmo os jogos que deram início a tudo, "Metal Gear" e "Metal Gear 2: Solid Snake", já possuíam um pouco disso, mas, quando o "Solid" passou a fazer do título, essas coisas foram elevadas a um novo patamar e se tornaram a marca registrada da saga.
E a trama é muito melhor sendo jogada do que lida numa HQ (óbvio, afinal ela foi pensada para funcionar em um formato e não para o outro). Além de ser fantástica, claro. Tantos momentos emocionantes, reviravoltas e diálogos marcantes, protagonizados por personagens que, para mim, são os mais empáticos de toda a série. Mesmo os vilões tem seu carisma, e são figuras-chave de algumas das melhores cutscenes de "Metal Gear Solid". Sério, como não sentir-se tocado ouvindo, principalmente, as histórias de vida de Psycho Mantis e Sniper Wolf, dois dos favoritos dos fãs? E ainda temos Liquid Snake, o antagonista principal e líder do grupo FoxHound, que é quem revela um dos maiores plot twists do game. Mas é em MGS1 que conhecemos Revolver Ocelot, personagem essencial para quase todos os eventos que envolvem este e os jogos que vieram em seguida. E desde sua primeira aparição podemos ver o quão diferenciado o lendário pistoleiro é.
O que eu mais gostei, porém, foram as boss battles. São as melhores e mais criativas de toda a franquia. Todas excelentes e desafiadoras, e cada uma com sua peculiaridade, o que as torna ainda mais incríveis. Quem não sofreu para derrotar o Hind D ou o Metal Gear REX? Quem não travou um duelo épico de snipers contra Sniper Wolf? Quem não se sentiu acuado ao enfrentar o brutal Vulcan Raven? E, principalmente, quem não socou o Liquid com gosto durante o confronto final? E isso que nem mencionei as batalhas emocionantes contra Ocelot e Cyborg Ninja. A minha preferida, porém, é contra Psycho Mantis. Porque, além de não ser lá uma tarefa simples, ela quebra a quarta parede dos mais fantásticos modos possíveis: o oponente lê "sua mente" (no caso, seu Memory Card) e pode realizar comentários caso ache algum save de títulos da Konami, te obriga a trocar o controle para a porta 2 (caso contrário ele detectará todos os seus movimentos) e pode fazer objetos se moverem na vida real, pedindo para você colocar seu controle sobre uma superfície plana e movendo-o para o lado (caso ele tenha a função Rumble, que o faz tremer). Um verdadeiro toque de gênio, que só poderia ter saído da da brilhante mente de Hideo Kojima. Caso esteja afim, relembre um pouco deste épico confronto:
Como eu já disse, me arrependo muito por não ter jogado "Metal Gear Solid" antes. Eu amei o jogo em todos os seus aspectos, mesmo só tendo terminado-o 14 anos após seu lançamento. Por incrível que pareça, esse game também envelheceu muito bem pois, mesmo com seus gráficos claramente ultrapassados (ainda que sejam da melhor qualidade possível para o PS1), o gameplay e a apresentação parecem mais atuais que nunca, o som ainda é ótimo e a história lida com temas atemporais. Ou seja, ele estava muito a frente de seu tempo. E até hoje tenho dúvidas se meu favorito da saga é o MGS1 ou o MGS3, mesmo eu amando este último de uma forma especial. Mas a única conclusão que posso chegar é que ambos tem o direito a ocupar tal posto, cada qual por suas qualidades e a marca que deixou em minhas memórias.
E sim, também tenho um carinho único por MGS1, porque ele foi essencial para eu sair daquele estado de tristeza em que me encontrava. Especialmente pela cena final, e toda a reflexão feita nela por Solid Snake e Meryl. Jamais me esquecerei daquelas palavras.
Ah é, dá pra obter dois finais, um bom/definitivo e um ruim/alternativo! Cara, esse jogo é mesmo demais!
OK. Trilogia encerrada. E agora?
Próxima parada: NICARÁGUA.
E olha, se arrependimento matasse... Eu certamente não estaria escrevendo esse texto por conta desse jogo. Como eu pude deixá-lo passar por tanto tempo? Pensando agora, talvez eu não tenha aprendido direito a lição de que ler a história e vivenciar a experiência completa são coisas completamente distintas. E, se eu havia a aprendido, ela certamente foi reforçada, e nunca mais cometi esse terrível erro novamente. Nem mesmo com "Quarteto Fantástico".
O primeiro "Metal Gear Solid" fez milagres com o hardware que o PS1 tinha. Belos gráficos, especialmente por ter sido lançado em 1998, uma atmosfera extremamente envolvente, cenários bem criados, inteligência artificial de primeira, ambientes que passam a sensação da vida presente neles, uma fantástica e marcante trilha sonora (com um "Alert Theme" que até hoje me aterroriza), ação stealth minuciosamente criada e controles impecáveis, práticos e perfeitamente responsivos. Junto a tudo isso, temos a visão cinematográfica de Hideo Kojima que só enriquece a experiência e a faz tudo parecer um grande filme interativo.
Agora, onde eu já li tudo isso? Ah sim, eu mesmo falei essas coisas quando escrevi sobre MGS2 e MGS3! Essa foi a parte mais interessante de ter jogado esse clássico: ver que os melhores elementos da franquia estiveram presentes desde o começo, e Kojima só foi evoluindo-os e aperfeiçoando-os com o passar do tempo e as inovações da tecnologia. Mesmo os jogos que deram início a tudo, "Metal Gear" e "Metal Gear 2: Solid Snake", já possuíam um pouco disso, mas, quando o "Solid" passou a fazer do título, essas coisas foram elevadas a um novo patamar e se tornaram a marca registrada da saga.
E a trama é muito melhor sendo jogada do que lida numa HQ (óbvio, afinal ela foi pensada para funcionar em um formato e não para o outro). Além de ser fantástica, claro. Tantos momentos emocionantes, reviravoltas e diálogos marcantes, protagonizados por personagens que, para mim, são os mais empáticos de toda a série. Mesmo os vilões tem seu carisma, e são figuras-chave de algumas das melhores cutscenes de "Metal Gear Solid". Sério, como não sentir-se tocado ouvindo, principalmente, as histórias de vida de Psycho Mantis e Sniper Wolf, dois dos favoritos dos fãs? E ainda temos Liquid Snake, o antagonista principal e líder do grupo FoxHound, que é quem revela um dos maiores plot twists do game. Mas é em MGS1 que conhecemos Revolver Ocelot, personagem essencial para quase todos os eventos que envolvem este e os jogos que vieram em seguida. E desde sua primeira aparição podemos ver o quão diferenciado o lendário pistoleiro é.
O que eu mais gostei, porém, foram as boss battles. São as melhores e mais criativas de toda a franquia. Todas excelentes e desafiadoras, e cada uma com sua peculiaridade, o que as torna ainda mais incríveis. Quem não sofreu para derrotar o Hind D ou o Metal Gear REX? Quem não travou um duelo épico de snipers contra Sniper Wolf? Quem não se sentiu acuado ao enfrentar o brutal Vulcan Raven? E, principalmente, quem não socou o Liquid com gosto durante o confronto final? E isso que nem mencionei as batalhas emocionantes contra Ocelot e Cyborg Ninja. A minha preferida, porém, é contra Psycho Mantis. Porque, além de não ser lá uma tarefa simples, ela quebra a quarta parede dos mais fantásticos modos possíveis: o oponente lê "sua mente" (no caso, seu Memory Card) e pode realizar comentários caso ache algum save de títulos da Konami, te obriga a trocar o controle para a porta 2 (caso contrário ele detectará todos os seus movimentos) e pode fazer objetos se moverem na vida real, pedindo para você colocar seu controle sobre uma superfície plana e movendo-o para o lado (caso ele tenha a função Rumble, que o faz tremer). Um verdadeiro toque de gênio, que só poderia ter saído da da brilhante mente de Hideo Kojima. Caso esteja afim, relembre um pouco deste épico confronto:
Como eu já disse, me arrependo muito por não ter jogado "Metal Gear Solid" antes. Eu amei o jogo em todos os seus aspectos, mesmo só tendo terminado-o 14 anos após seu lançamento. Por incrível que pareça, esse game também envelheceu muito bem pois, mesmo com seus gráficos claramente ultrapassados (ainda que sejam da melhor qualidade possível para o PS1), o gameplay e a apresentação parecem mais atuais que nunca, o som ainda é ótimo e a história lida com temas atemporais. Ou seja, ele estava muito a frente de seu tempo. E até hoje tenho dúvidas se meu favorito da saga é o MGS1 ou o MGS3, mesmo eu amando este último de uma forma especial. Mas a única conclusão que posso chegar é que ambos tem o direito a ocupar tal posto, cada qual por suas qualidades e a marca que deixou em minhas memórias.
E sim, também tenho um carinho único por MGS1, porque ele foi essencial para eu sair daquele estado de tristeza em que me encontrava. Especialmente pela cena final, e toda a reflexão feita nela por Solid Snake e Meryl. Jamais me esquecerei daquelas palavras.
Ah é, dá pra obter dois finais, um bom/definitivo e um ruim/alternativo! Cara, esse jogo é mesmo demais!
OK. Trilogia encerrada. E agora?
Próxima parada: NICARÁGUA.