FINALMENTE! Depois de soltar na semana passada uma lista com 10 discos lançados nesse ano que você precisa conferir, é com muita alegria que venho divulgar o meu Top 10 de álbuns que saíram em 2014. Assim como fiz em 2013, separei 10 CDs de inéditas que chegaram às lojas e serviços de streaming nos últimos 12 meses dentre os que eu ouvi e mais gostei, classificando-os, em ordem decrescente, entre o décimo e primeiro lugar, e sempre dando um breve parecer sobre cada uma das escolhas.
Como eu gosto de ressaltar, essa é uma lista pessoal, baseada no meu gosto musical e no que eu pude conferir dos lançamentos do ano. Portanto, não fique chateado se seu álbum preferido não está aqui ou nas recomendações da última semana, ou se algo que não te agradou apareceu em minhas escolhas. Afinal, isso tudo é algo muito subjetivo, e o que é bom para alguns nem sempre é para outros, e vice-versa. Não existe verdade absoluta quando se trata de opinião, e é para isso que o diálogo e o debate existem.
Dessa vez, porém, há mais chances de ver suas escolhas por aqui. Como eu disse no prelúdio, o Top 10 está longo o suficiente, porque, além da própria lista, criei mais 3 categorias! Uma evolução em relação ao ano passado, agora irei tratar de 17 lançamentos que mereceram algum tipo de destaque. Vocês entenderão logo mais.
Chega de enrolação. Vamos à lista!
TOP 10:
#10: Rival Sons - Great Western Valkyrie
Um dos nomes que estarão presentes no recém-confirmado Monsters of Rock 2015, esse quarteto californiano tomou o mundo de assalto nos últimos anos com 3 álbuns e 1 EP, que nos apresentaram um hard rock setentista, mas ao mesmo tempo moderno, da mais alta qualidade imaginável, o que fez com que os veículos especializados indicassem o grupo como o "novo Led Zeppelin" (algo totalmente desnecessário, ao meu ver). O quarto trabalho dos caras, "Great Western Valkyrie", é uma continuação natural do que foi visto anteriormente, com uma sonoridade sólida, muito agradável e que não se arrisca muito. Pode não ser o melhor trabalho do Rival Sons, mas tem qualidade de sobra para ocupar a décima colocação.
#9: Pharrell Williams - G I R L
O "cara da Happy" me surpreendeu muito nesse ano. Com um som que flerta muito com o Funk e o Soul, mas que não deixa de ser atual, Pharrell mostra seu talento com um trabalho que nada mais é do que uma progressão do que pudemos conferir em suas colaborações com o Daft Punk no excelente "Random Access Memories" de 2013. Ótimo e contagiante do início ao fim, "G I R L" ainda conta com as brilhantes participações de Justin Timberlake, Alicia Keys e da própria dupla francesa. Nada mal para alguém que dizem só ter uma música, huh? Tem potencial para surpreender no Lollapalooza 2015.
#8: AC/DC - Rock or Bust
2014 foi um ano difícil para o AC/DC e seus fãs, por conta do anúncio do afastamento de Malcolm Young devido a demência e outros problemas de saúde, e das prisões e acusações de panejamento de homicídio pelo baterista Phil Rudd, cujo futuro com o grupo ainda segue indefinido. Mesmo assim, os integrantes remanescentes uniram forças, chamaram o sobrinho dos irmãos Young, Stevie, para ser o novo guitarrista-base e gravaram um novo álbum. "Rock or Bust" conta com o padrão de qualidade da lendária banda, com músicas que seguem a fórmula Hard e Blues de sempre, mas que continua contagiando e cativando. Destaque para a performance mais confortável de Brian Johnson, graças a afinação meio tom abaixo adotada pela banda, e para as canções que lembram muito as dos trabalhos da década de 1970, sendo que facilmente poderiam se encaixar neles caso fossem um pouco mais aceleradas. Só faltou um clássico instantâneo como "Rock N' Roll Train" para ser o carro-chefe da divulgação.
#7: Within Temptation - Hydra
Se tem uma uma palavra para definir esse CD, sem dúvidas seria "poderoso". Os holandeses cansaram de fazer Symphonic Metal e resolveram se focar em fazer algo mais direto e explorar novas sonoridades. E este é o grande trunfo de "Hydra", que, além de contar com participações concebíveis (como a da vocalista Tarja Turunen) e inusitadas (como a do rapper Xzibit), nos surpreende com músicas simples, mas que tem uma força inacreditável. Totalmente impactante, e muito disso se deve à voz fantástica dessa deusa que é Sharon Den Adel. A versão Deluxe do álbum apresenta ótimas versões de uma escolha curiosa de músicas, como "Summertime Sadness" da Lana Del Rey e "Radioactive" do Imagine Dragons. Este lançamento confirma o Within Temptation entre os grandes nomes do gênero na atualidade e merece total atenção e destaque.
#6: Slipknot - .5: The Gray Chapter
Os anos que seguiram o lançamento do controverso "All Hope Is Gone" foram conturbados para os integrantes do Slipknot. A morte do baixista Paul Gray em 2010 e a saída do baterista Joey Jordison mais recentemente abalaram os alicerces do grupo, que ficou 6 anos sem lançar nada e apenas fazendo alguns shows esporádicos. Após encontrarem novos integrantes, os caras de Iowa resolveram canalizar tudo o que sentiram neste registro, que, como fica claro no próprio título, é uma clara homenagem ao falecido instrumentista. Músicas pesadas, agressivas e carregadas de dor e raiva mostram um retorno da banda a algo mais próximo de suas origens. Ainda assim, é possível notar em alguns momentos certa influência do som do Stone Sour, o outro projeto do vocalista Corey Taylor, o que não é exatamente ruim, mas seria melhor se conseguissem separar as coisas. De qualquer forma, é muito bom ouvir as pedradas viscerais e até mesmo experimentais que ".5: The Gray Chapter" tem a oferecer.
#5: Mr. Big - ...The Stories We Could Tell
Não estava nos planos da banda se reunir em 2014, os membros estavam todos ocupados com seus projetos paralelos. Mas tudo mudou quando o baterista Pat Torpey foi diagnosticado com Mal de Parkinson em estágio inicial. Assim, os músicos foram rapidamente para estúdio gravar essa que talvez seja uma prematura despedida. "...The Stories We Could Tell" é um dos melhores registros do quarteto, superando "What If...", seu disco de retorno. Músicas fantásticas, que combinam o Hard Rock ao estilo único que difere o Mr. Big dos demais, e que agradam aos fãs ao mesmo tempo em que conquistam novos ouvintes. Se esse é um adeus, certamente foi uma honra poder apreciar este que é um dos melhores e mais singulares grupos do gênero.
#4: Opeth - Pale Communion
O Opeth se consagrou fazendo Death Metal e sempre inovando com seus ótimos álbuns. Mas Mikael Akerfeldt, o cérebro da banda, cansou-se do estilo e resolveu voltar-se para um som mais próximo do Rock Progressivo e dos primórdios do Metal, o que ficou claro com o lançamento do polêmico "Heritage". Os suecos decidiram continuar nesse caminho e lançaram "Pale Communion", que é um passo a frente em relação ao registro anterior. Muito mais refinado, o álbum soa tão bem que chega a hipnotizar na maior parte do tempo. As músicas são tão fantásticas que ouvir apenas uma vez não basta, você sempre fica querendo mais, mais e mais. Um feito incrível que mostra para todos os artistas estagnados que sempre é possível se reinventar, mesmo que isso signifique incorporar elementos antigos à sua sonoridade.
#3: Mastodon - Once More 'Round The Sun
Um dos nomes de maior peso na cena atual, o quarteto estadunidense conquistou o mundo do Metal com suas músicas sujas, singulares e dotadas de agressividade. Após discos fenomenais como "Crack The Sky" e "The Hunter", os caras repetem a dose de genialidade com "Once More 'Round The Sun". Com composições mais acessíveis e o vocal mais limpo do baterista Brann Dailor extremamente presente, o Mastodon te mantem ligado do início ao fim, através da excelente produção, que mantém a sonoridade suja, mas que deixa o áudio bem limpo e audível ao mesmo tempo, e um tracklist basicamente impecável, que segue inovando o cenário. São tantos pontos positivos que nem sei direito o que destacar, portanto digo: ouça e entenda o que estou dizendo. Meu álbum favorito da banda, facilmente.
Dave Grohl e sua trupe nunca me decepcionam. Depois do lançamento de "Wasting Light", seu melhor álbum e maior êxito, o Foo Fighters quis inovar e, para isso, resolveram que gravariam músicas em oito cidades diferentes, enquanto registrariam um documentário para a TV em oito episódios falando sobre a história da música nos Estados Unidos e ressaltando a importância de cada uma delas. Apesar de não ter assistido à série ainda, posso dizer que o resultado sonoro ficou fantástico, com cada uma das oito composições sabendo capturar bem a essência do local em que foi gravada, ao mesmo tempo que soam únicas e tem a assinatura característica do quinteto. Um trabalho que, particularmente, coloco no mesmo patamar de seu antecessor e que é uma verdadeira lição. Canções como "Outside", "Congregation" e "I Am a River" certamente entram para o rol de melhores do grupo.
Fantástico. Magnifico. Brilhante. Não sei se há adjetivos o suficiente para classificar essa obra-prima do Metal concebida pelo grupo liderado por Robb Flynn. Um álbum versátil, pesado, agressivo, visceral e que, ao mesmo tempo, sabe equilibrar tudo isso com a melodia e é maravilhoso de se ouvir. Há muito groove presente em "Bloodstone & Diamonds", devido ao poderoso baixo de Jared MacEachern, mas ao mesmo tempo há velocidade e peso, além das mais diversas influências somadas a aquele som que só a banda sabe fazer. Simplesmente não há como dar atenção a apenas algumas músicas, porque todas elas merecem, seja "Now We Die" por ser um clássico instantâneo, "Killers & Kings" por ser de fácil assimilação, "Ghost Will Haunt My Bones" por todo o groove e distintividade, "Night of the Long Knives" por ser uma pedrada e facilmente uma das melhores músicas dos caras, "Sail Into The Black" por toda a atmosfera e a obra de arte que é, "Eyes of the Dead" por ser ser Thrash em sua melhor definição, "Beneath The Silt" por beber diretamente da fonte do Black Sabbath e nos oferecer um riff fantástico, "In Comes The Flood" e toda sua crítica à sociedade cada vez mais consumista e vazia, "Game Over" com o desabafo sensacional para o ex-baixista Adam Duce e "Take Me Through The Fire" por ser este encerramento mais do que digno, além das outras duas composições que servem como introduções para as que sucedem. Um registro que mostra toda a beleza da violência, como poucos outros conseguiram. Também é meu favorito da discografia do Machine Head, que posso afirmar ser, sem um pingo de dúvida sequer, a melhor banda de Metal existente na atualidade.
MELHOR TRILHA SONORA:
Juro que minha vontade era colocar isso aqui no meu Top 10, mas não faria sentido algum. Qual foi minha solução? Criar uma nova categoria, SÓ PRA FALAR DESSE CD. Mas não tinha como deixar a trilha sonora de Guardiões da Galáxia de fora, pela incrível escolha de músicas que foi feita para dar ritmo ao mais recente filme da Marvel. Um compilado de sucessos da década de 1970, "Awesome Mix Vol. 1" é a coisa mais divertida que ouvi nesse ano todo, graças a "Escape (The Piña Colada Song)", "Come and Get Your Love", "Hooked on a Feeling" e "Fool Around and Fell in Love", só para citar algumas. Uma das trilhas sonoras mais legais da história do cinema, certamente.
CONHECI MUITO RECENTEMENTE PARA INCLUIR NAS LISTAS:
Essa categoria merece uma breve explicação: quando eu fechei meu Top 10, ainda era começo de dezembro, e só depois as listas de melhores do ano começaram a sair. Aí eu entrei em contato com diversos artistas que nem sabia da existência ou não lembrava que tinham lançado algo. Alguns desses trabalhos me cativaram nesses poucos dias, então nada mais justo do que dar destaque para eles. Garanto que alguns certamente roubariam algumas posições nas minhas postagens, então vale a conferida.
Muito vinha se falando do Blues Pills na imprensa especializada internacional. Eu, por outro lado, estava completamente por fora, mas vi o disco dos caras entre os escolhidos de vários "melhores de 2014". Depois de ler um pouco sobre, resolvi dar uma chance. E valeu a pena, pois a banda me surpreendeu com seu forte Hard Rock fortemente influenciado pelo Blues que, ao mesmo tempo que agrada fãs dos clássicos, soa autêntico e atual, e consegue conquistar ouvintes mais jovens. Destaque para a ótima voz de Elin Larsson.
Pop Rock bonito. Pop Rock bem feito. Pop Rock formoso. Esse foi um dos últimos álbuns que eu ouvi nesse ano, mas também foi um dos que me conquistou com maior facilidade. Esse som simples e despretensioso, mas ao mesmo tempo rico e repleto de arte, é extremamente cativante e viciante. Um dos melhores do ano e me arrependo de não ter nem ideia de quem era Jenny Lewis até alguns dias atrás.
Enquanto o Guns N' Roses está cada vez mais bizarro e decadente, Slash está aí, em um ponto alto de sua carreira, sempre com lançamentos de qualidade. O guitarrista evoluiu muito desde que saiu da lendária banda, aprimorou sua técnica e soube corrigir seus erros. Tudo isso fica bem claro em "World On Fire", que comprova que essa parceria com o vocalista Myles Kennedy e sua banda de apoio deu mais do que certo. O play pode parecer longo, mas, quando se trata de um Rock versátil e de ótimo gosto, nem dá pra perceber o tempo passar.
Confesso que também não fazia ideia da existência desse grupo até uns dias atrás. Mas, nossa, como eu me arrependo. Que grande álbum é esse "Lost In The Dream". Um som oitentista, que chega a lembrar o The Cure pela melancolia aliada a algo leve e gostoso de se ouvir. Foi um dos que mais vi presente nas listas de melhores do ano, e essa aclamação é totalmente justificada. Fiquem atentos ao The War On Drugs nos próximos anos, porque os caras podem vir a surpreender ainda mais.
Uma verdadeira aula de Rock N' Roll num CD curto, rápido, simples e direto, mas que soa fantástico e já te conquista desde a primeira ouvida. Essa deveria ser a gravação de despedida de Wilko Johnson, atualmente conhecido por ter feito o Ilyn Payne de Game of Thrones, e que no começo do ano estava com um câncer terminal, restando-lhe poucos meses de vida. Assim, ele chamou Roger Daltrey, lendário vocalista do The Who, e juntos registraram esse petardo que é "Going Back Home". Hoje, após uma cirurgia e um tratamento experimental, Johnson está bem e se livrou dessa doença horrível. Bom não apenas para ele, mas para todos nós.
DECEPÇÃO DO ANO:
Comecei a lista falando de uma das atrações do Monsters of Rock 2015 e terminarei falando de outra. Mas, dessa vez, não será para elogiar. Longe disso.
Eu achei que o Judas Priest fosse se aposentar, tanto é que fiz um esforço para ir no show da turnê de "despedida" deles em 2011. Mas aí os caras anunciaram que fariam mais um álbum, o qual só fiquei sabendo da existência dias antes do lançamento. Fui conferir quando saiu e... Que disco ruim. Fraco, sem vontade e repetitivo. Parece mais um cover de si mesmo na época do Painkiller (quando as próprias músicas não soam como cópias umas das outras), e isso que a intenção dos caras era resgatar o som clássico. O mais curioso é que a única canção que conseguiu chegar perto disso, "Snakebite", ficou pro CD bônus da edição Deluxe. Bizarro, e pouquíssimos são os momentos que se salvam. Eu não sei como "Redeemer of Souls" foi tão bem avaliado pela crítica sendo essa piada que é, mas faça um favor a si mesmo: não se dê o trabalho de ouvir. E Priest, por favor, pare de destruir seu legado, façanha que vocês vem conseguindo desde "Nostradamus" (sem citar os álbuns com Tim "Ripper" Owens no vocal),
#2: Foo Fighters - Sonic Highways
Dave Grohl e sua trupe nunca me decepcionam. Depois do lançamento de "Wasting Light", seu melhor álbum e maior êxito, o Foo Fighters quis inovar e, para isso, resolveram que gravariam músicas em oito cidades diferentes, enquanto registrariam um documentário para a TV em oito episódios falando sobre a história da música nos Estados Unidos e ressaltando a importância de cada uma delas. Apesar de não ter assistido à série ainda, posso dizer que o resultado sonoro ficou fantástico, com cada uma das oito composições sabendo capturar bem a essência do local em que foi gravada, ao mesmo tempo que soam únicas e tem a assinatura característica do quinteto. Um trabalho que, particularmente, coloco no mesmo patamar de seu antecessor e que é uma verdadeira lição. Canções como "Outside", "Congregation" e "I Am a River" certamente entram para o rol de melhores do grupo.
#1: Machine Head - Bloodstone & Diamonds
Fantástico. Magnifico. Brilhante. Não sei se há adjetivos o suficiente para classificar essa obra-prima do Metal concebida pelo grupo liderado por Robb Flynn. Um álbum versátil, pesado, agressivo, visceral e que, ao mesmo tempo, sabe equilibrar tudo isso com a melodia e é maravilhoso de se ouvir. Há muito groove presente em "Bloodstone & Diamonds", devido ao poderoso baixo de Jared MacEachern, mas ao mesmo tempo há velocidade e peso, além das mais diversas influências somadas a aquele som que só a banda sabe fazer. Simplesmente não há como dar atenção a apenas algumas músicas, porque todas elas merecem, seja "Now We Die" por ser um clássico instantâneo, "Killers & Kings" por ser de fácil assimilação, "Ghost Will Haunt My Bones" por todo o groove e distintividade, "Night of the Long Knives" por ser uma pedrada e facilmente uma das melhores músicas dos caras, "Sail Into The Black" por toda a atmosfera e a obra de arte que é, "Eyes of the Dead" por ser ser Thrash em sua melhor definição, "Beneath The Silt" por beber diretamente da fonte do Black Sabbath e nos oferecer um riff fantástico, "In Comes The Flood" e toda sua crítica à sociedade cada vez mais consumista e vazia, "Game Over" com o desabafo sensacional para o ex-baixista Adam Duce e "Take Me Through The Fire" por ser este encerramento mais do que digno, além das outras duas composições que servem como introduções para as que sucedem. Um registro que mostra toda a beleza da violência, como poucos outros conseguiram. Também é meu favorito da discografia do Machine Head, que posso afirmar ser, sem um pingo de dúvida sequer, a melhor banda de Metal existente na atualidade.
MELHOR TRILHA SONORA:
Awesome Mix Vol. 1 (Guardiões da Galáxia)
Juro que minha vontade era colocar isso aqui no meu Top 10, mas não faria sentido algum. Qual foi minha solução? Criar uma nova categoria, SÓ PRA FALAR DESSE CD. Mas não tinha como deixar a trilha sonora de Guardiões da Galáxia de fora, pela incrível escolha de músicas que foi feita para dar ritmo ao mais recente filme da Marvel. Um compilado de sucessos da década de 1970, "Awesome Mix Vol. 1" é a coisa mais divertida que ouvi nesse ano todo, graças a "Escape (The Piña Colada Song)", "Come and Get Your Love", "Hooked on a Feeling" e "Fool Around and Fell in Love", só para citar algumas. Uma das trilhas sonoras mais legais da história do cinema, certamente.
CONHECI MUITO RECENTEMENTE PARA INCLUIR NAS LISTAS:
Essa categoria merece uma breve explicação: quando eu fechei meu Top 10, ainda era começo de dezembro, e só depois as listas de melhores do ano começaram a sair. Aí eu entrei em contato com diversos artistas que nem sabia da existência ou não lembrava que tinham lançado algo. Alguns desses trabalhos me cativaram nesses poucos dias, então nada mais justo do que dar destaque para eles. Garanto que alguns certamente roubariam algumas posições nas minhas postagens, então vale a conferida.
Blues Pills - Blues Pills
Muito vinha se falando do Blues Pills na imprensa especializada internacional. Eu, por outro lado, estava completamente por fora, mas vi o disco dos caras entre os escolhidos de vários "melhores de 2014". Depois de ler um pouco sobre, resolvi dar uma chance. E valeu a pena, pois a banda me surpreendeu com seu forte Hard Rock fortemente influenciado pelo Blues que, ao mesmo tempo que agrada fãs dos clássicos, soa autêntico e atual, e consegue conquistar ouvintes mais jovens. Destaque para a ótima voz de Elin Larsson.
Jenny Lewis - The Voyager
Pop Rock bonito. Pop Rock bem feito. Pop Rock formoso. Esse foi um dos últimos álbuns que eu ouvi nesse ano, mas também foi um dos que me conquistou com maior facilidade. Esse som simples e despretensioso, mas ao mesmo tempo rico e repleto de arte, é extremamente cativante e viciante. Um dos melhores do ano e me arrependo de não ter nem ideia de quem era Jenny Lewis até alguns dias atrás.
Slash (feat. Myles Kennedy & The Conspirators) - World On Fire
Enquanto o Guns N' Roses está cada vez mais bizarro e decadente, Slash está aí, em um ponto alto de sua carreira, sempre com lançamentos de qualidade. O guitarrista evoluiu muito desde que saiu da lendária banda, aprimorou sua técnica e soube corrigir seus erros. Tudo isso fica bem claro em "World On Fire", que comprova que essa parceria com o vocalista Myles Kennedy e sua banda de apoio deu mais do que certo. O play pode parecer longo, mas, quando se trata de um Rock versátil e de ótimo gosto, nem dá pra perceber o tempo passar.
The War On Drugs - Lost In The Dream
Confesso que também não fazia ideia da existência desse grupo até uns dias atrás. Mas, nossa, como eu me arrependo. Que grande álbum é esse "Lost In The Dream". Um som oitentista, que chega a lembrar o The Cure pela melancolia aliada a algo leve e gostoso de se ouvir. Foi um dos que mais vi presente nas listas de melhores do ano, e essa aclamação é totalmente justificada. Fiquem atentos ao The War On Drugs nos próximos anos, porque os caras podem vir a surpreender ainda mais.
Wilko Johnson/Roger Daltrey - Going Back Home
Uma verdadeira aula de Rock N' Roll num CD curto, rápido, simples e direto, mas que soa fantástico e já te conquista desde a primeira ouvida. Essa deveria ser a gravação de despedida de Wilko Johnson, atualmente conhecido por ter feito o Ilyn Payne de Game of Thrones, e que no começo do ano estava com um câncer terminal, restando-lhe poucos meses de vida. Assim, ele chamou Roger Daltrey, lendário vocalista do The Who, e juntos registraram esse petardo que é "Going Back Home". Hoje, após uma cirurgia e um tratamento experimental, Johnson está bem e se livrou dessa doença horrível. Bom não apenas para ele, mas para todos nós.
DECEPÇÃO DO ANO:
Judas Priest - Redeemer of Souls
Comecei a lista falando de uma das atrações do Monsters of Rock 2015 e terminarei falando de outra. Mas, dessa vez, não será para elogiar. Longe disso.
Eu achei que o Judas Priest fosse se aposentar, tanto é que fiz um esforço para ir no show da turnê de "despedida" deles em 2011. Mas aí os caras anunciaram que fariam mais um álbum, o qual só fiquei sabendo da existência dias antes do lançamento. Fui conferir quando saiu e... Que disco ruim. Fraco, sem vontade e repetitivo. Parece mais um cover de si mesmo na época do Painkiller (quando as próprias músicas não soam como cópias umas das outras), e isso que a intenção dos caras era resgatar o som clássico. O mais curioso é que a única canção que conseguiu chegar perto disso, "Snakebite", ficou pro CD bônus da edição Deluxe. Bizarro, e pouquíssimos são os momentos que se salvam. Eu não sei como "Redeemer of Souls" foi tão bem avaliado pela crítica sendo essa piada que é, mas faça um favor a si mesmo: não se dê o trabalho de ouvir. E Priest, por favor, pare de destruir seu legado, façanha que vocês vem conseguindo desde "Nostradamus" (sem citar os álbuns com Tim "Ripper" Owens no vocal),