sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Alguns comentários sobre "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos"


Um dos filmes mais esperados do ano, "O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos" é o último da trilogia que adaptou a obra de J. R. R. Tolkien, encerrando também a saga da Terra Média nos cinemas, inciada por Peter Jackson lá em 2001, com "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel". O longa estreou no Brasil ontem, dia 11/12/2014, e eu, como o bom nerd e fã de cinema que sou, fui conferi-lo. Diferente do que geralmente faço, com críticas extensas analisando diversos aspectos, desta vez darei meu parecer através de breves comentários, que podem ser conferidos logo abaixo. E não se preocupem com spoilers, pois me contive ao máximo para não estragar nada.

- "A Batalha dos Cinco Exércitos" começa exatamente do ponto em que "A Desolação de Smaug" termina, sem por nem tirar. E, sendo sincero, poderiam ter prolongado o final do anterior em 1 ou 2 minutos para ele terminar pegando fogo, literalmente.

- Como era de se esperar, o título não está lá a toa. O filme é, basicamente, a batalha entre cinco exércitos para reivindicar/proteger o tesouro da Montanha Solitária. Não há muitos pontos da trama para serem desenvolvidos, mas os que existem são interessantes e conclusivos. E a porrada é de respeito.

- Apesar de o foco ser todo no confronto do título, ele demora pelo menos uns 45 minutos para realmente acontecer. Esse tempo é usado para desenvolver os motivos finais para tal ocorrência e já dar uma ou outra conclusão de eventos que tiveram suas consequências vistas na trama de O Senhor dos Anéis.

- O personagem Alfrid pode parecer um mero alívio cômico, mas ele contrasta muito bem a ganância e a covardia de certos homens com o altruísmo e a coragem de outros, algo que Bard representa.

- O sutil romance entre um anão e uma elfa é algo que, particularmente, continuo achando desnecessário. Mas ainda é algo bem tolerável, já que novamente não afeta em nada o andamento da história.

- Ainda sobre a Tauriel, a sua ausência dos eventos de O Senhor dos Anéis foi justificada e a criação da personagem se tornou perfeitamente compreensível.

- Peter Jackson, aliás, justificou ou consertou todos os "erros" e "absurdos" apontados pelos fãs mais xiitas em suas criações e alterações vistas em "A Desolação de Smaug". O que, francamente, estava na cara que aconteceria. 

- O desenvolvimento de Thorin Escudo-de-Carvalho é fantástico, especialmente levando em conta toda a trilogia. Bilbo também merece destaque, por se mostrar muito mais do que o simples hobbit covarde e acomodado que pensava ser. 

- Os efeitos estão espetaculares, como era de se esperar. Só que não são nada do que já não tenhamos visto nos outros 5 filmes da franquia (o que não é ruim). O mesmo vale para a bela fotografia.

- A trilha sonora deste longa é mais presente do que a do anterior, só que o tema da vez é o já conhecido e manjado "Concerning Hobbits", apresentado em "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel". A música dos créditos, "The Last Goodbye", merece destaque.

- Mesmo sendo bom, "A Batalha dos Cinco Exércitos" não vai ganhar 11 Oscars, como ganhou "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei". E, se concorrer a algo, será nas categorias técnicas.

- Elrond, personagem interpretado por Hugo Weaving, faz apenas uma breve aparição. E não, ele não fala "ISILDUR!".

- Diversas referências são citadas e mostradas para conectar O Hobbit a O Senhor dos Anéis. É legal, mas não é como se isso já não estivesse explícito desde o primeiro filme.

- Foi triste e difícil se despedir deste fantástico universo da Terra Média nos cinemas. (até anunciarem uma adaptação de "O Silmarillion")