Mas escolher apenas 10 foi algo difícil. O que eu faria com o restante da lista? Tinha muita coisa que simplesmente não poderia passar em branco. Por isso, para não cometer injustiças, resolvi falar sobre outros 10 CDs que chegaram aos ouvidos do público em 2014 e que merecem destaque. Eu poderia ter feito um Top 20? Poderia, mas preferi optar por este formato, até porque o Top 10 já estará longo o suficiente. Além disso, o que difere este post do que estará no ar nos próximos dias é que as escolhas não estão numeradas, e sim organizadas em ordem alfabética de acordo com as bandas/artistas. O intuito agora não é classificar o que foi melhor, e sim apresentar possíveis novos grupos e sons a todos. E, como vocês devem imaginar, eu preferi evitar o trabalho de ordenar mais uma seleção.
Confiram, assim, outros lançamentos proporcionados a nós pelo maravilhoso mundo da música nos últimos (quase) 365 dias.
O Adrenaline Mob teve, com seu debut lançado em 2012, um bom começo, mas que não contava com uma identidade sonora definida. Com a saída do baterista Mike Portnoy e a entrada de A.J. Pero do Twisted Sister, que possui bem menos técnica, os caras acharam que a melhor solução seria apostar em um som mais direto. E deu muito certo: "Men of Honor" apresenta um Hard Rock de alta qualidade, variando entre músicas mais rápidas e agressivas e belas baladas bem executadas. E, apesar de ter causado desconfiança para muitos, Pero manda muito bem na bateria aqui, sendo inclusive um dos destaques do álbum. O Mob felizmente se encontrou e pode chegar a surpreender ainda mais no futuro.
Este grupo pouco conhecido vindo de Liverpool, na Inglaterra, já soou das mais distintas formas possíveis, mas parece ter feito do Rock Progressivo o seu porto seguro. Seus dois últimos lançamentos já foram aclamados pela crítica, e neste ano os músicos resolveram nos presentear com este belo disco conceitual, que tem como tema a solidão. "Distant Satellites" emociona o ouvinte, que de certa forma se sente obrigado a escutar o disco varias vezes até conseguir absorvê-lo por completo. Quase o incluí em meu Top 10, mas acabei deixando-o de fora por pouco. Mesmo assim, vale muito a pena ouvi-lo.
Esse trio sueco, que antes flertava bem mais com o Stoner e o Doom Metal, decidiu deixar os subgêneros de lado e fazer um som sem maiores pretensões de revolucionar qualquer coisa. E foi uma aposta acertada, pois, ao mesmo tempo que não inovam, executam seu trabalho com maestria e versatilidade dentro da proposta, para fazer um Saxon ou Manowar sentir vergonha com o que vem lançando ultimamente. Provavelmente o álbum mais Heavy Metal do ano e te deixará com vontade de sair por aí, montado a cavalo e brandindo uma espada.
O Joãozinho Branco, essa figura consagrada que mais parece um Edward Mãos-de-Tesoura da música, nos apresentou seu segundo registro solo, após o sucesso que foi "Blunderbuss". E "Lazaretto" se mostra uma continuação natural do que foi mostrado anteriormente, com a adição de novos elementos (com destaque para o violino, bastante presente nas canções) e um aprofundamento ainda maior nas raízes do Rock. Ideal para quem estiver, por algum motivo, enjoado dos grandes nomes do gênero e buscar por novas sonoridades e influências.
Um supergrupo formado pelo vocalista e guitarrista Max Cavaleira, do Soulfly/Cavalera Conspiracy, o guitarrista e vocalista Greg Puciato, do The Dillinger Escape Plan, o vocalista e baixista Troy Sanders, do Mastodon, e o baterista Dave Elitch, do The Mars Volta, só poderia resultar em uma coisa: agressividade. E realmente Killer Be Killed é uma amostra de todo o peso e qualidade que os artistas em questão possuem. O álbum homônimo só tem pedrada atrás de pedrada, e funciona muito bem em dias de alto nível de estresse. Um ótimo começo para uma das parcerias que mais pode nos oferecer num futuro próximo.
A talentosa youtuber e violinista dançante, revelada pela quinta edição do reality show America's Got Talent, executa uma mistura entre seu instrumento e a música eletrônica/dubstep que me agrada muito. Depois de seu bom trabalho de estreia, a ruivinha reuniu novas forças e inspirações para realizar "Shatter Me" e superar seu antecessor. Grande destaque para a música que dá nome ao álbum, que conta com a participação de Lzzy Hale, do Halestorm, e sua poderosa voz, sendo facilmente uma das mais viciantes canções lançadas neste ano. Vale a pena também conferir os clipes das faixas no canal de Lindsey no YouTube, todos criativos e bem produzidos.
Passei por um dilema pessoal sobre incluir ou não este disco em meu Top 10. Mas acabei deixando-o de fora por dois motivos simples: 1) ele é um compilado de gravações não utilizadas em "The Division Bell", e não algo que teve um processo de composição dedicado; e 2) a ausência da voz de David Gilmour em 95% do registro me incomodou muito e, por mais que eu tenha captado a mensagem passada, diversas faixas pareceram incompletas por conta disso. Mesmo assim, "The Endless River" esbanja qualidade, especialmente se tratando de sobras, e possui toda a característica do som do Floyd. Uma bela homenagem ao lendário tecladista Richard Wright, falecido em 2008, e que mostra que o trabalho da banda vai além de palavras.
Apesar de inferior aos seus dois trabalhos anteriores, os geniais "Brothers" e "El Camiño", o Black Keys ainda mostra sua força criativa aqui. A guitarra característica de Dan Auerbach cede boa parte de seu espaço para um presente teclado, e a dupla nos apresenta um som mais introspectivo (possível reflexo do divórcio pelo qual o guitarrista passou) e uma pegada ainda mais pop. Não é exatamente uma obra-prima, mas oferece muita qualidade, especialmente com a música "Gotta Get Away". De qualquer forma, fica aqui meu pedido por um retorno à sonoridade antiga.
A reunião entre o vocalista Michael Kiske e o guitarrista Kai Hansen, ambos participantes da formação clássica do Helloween, deu o que falar em 2012, com o bom e variado debut do Unisonic. Neste ano, o grupo voltou ainda mais afiado e definindo sua sonoridade como mais próxima do Heavy e do Power Metal que consagrou os alemães no fim da década de 1980. O Hard Rock, porém, continua muito presente, o que dá uma dinâmica excelente para "Light of Dawn". E o fato de poder ouvir Kiske cantar como nos velhos tempos chega até a emocionar, sendo este uma das maiores vozes de toda a história do gênero.
Adrian Vandenberg é um guitarrista holandês, mais conhecido por todo seu trabalho com o Whitesnake na época de maior sucesso comercial do grupo, entre 1987 e 1991. Depois de anos afastado do mundo da música, resolveu reunir uma galera e gravar um álbum. Um grande acerto, sem sombra de dúvidas, já que "Moonkings" oferece um ótimo Hard Rock executado por quem entende e muito do assunto. O vocalista Jan Hoving possui um timbre bem semelhante ao de David Coverdale, que inclusive está presente no disco em uma regravação de "Sailing Ships". Houve rumores de uma reunião entre Vandenberg e Coverdale após a saída de Doug Aldrich do Whitesnake, mas Joel Hoekstra foi chamado e não aconteceu. Bom para nós que, poderemos prestigiar mais lançamentos como este em breve.
Adrenaline Mob - Men of Honor
O Adrenaline Mob teve, com seu debut lançado em 2012, um bom começo, mas que não contava com uma identidade sonora definida. Com a saída do baterista Mike Portnoy e a entrada de A.J. Pero do Twisted Sister, que possui bem menos técnica, os caras acharam que a melhor solução seria apostar em um som mais direto. E deu muito certo: "Men of Honor" apresenta um Hard Rock de alta qualidade, variando entre músicas mais rápidas e agressivas e belas baladas bem executadas. E, apesar de ter causado desconfiança para muitos, Pero manda muito bem na bateria aqui, sendo inclusive um dos destaques do álbum. O Mob felizmente se encontrou e pode chegar a surpreender ainda mais no futuro.
Anathema - Distant Satellites
Este grupo pouco conhecido vindo de Liverpool, na Inglaterra, já soou das mais distintas formas possíveis, mas parece ter feito do Rock Progressivo o seu porto seguro. Seus dois últimos lançamentos já foram aclamados pela crítica, e neste ano os músicos resolveram nos presentear com este belo disco conceitual, que tem como tema a solidão. "Distant Satellites" emociona o ouvinte, que de certa forma se sente obrigado a escutar o disco varias vezes até conseguir absorvê-lo por completo. Quase o incluí em meu Top 10, mas acabei deixando-o de fora por pouco. Mesmo assim, vale muito a pena ouvi-lo.
Grand Magus - Triumph and Power
Esse trio sueco, que antes flertava bem mais com o Stoner e o Doom Metal, decidiu deixar os subgêneros de lado e fazer um som sem maiores pretensões de revolucionar qualquer coisa. E foi uma aposta acertada, pois, ao mesmo tempo que não inovam, executam seu trabalho com maestria e versatilidade dentro da proposta, para fazer um Saxon ou Manowar sentir vergonha com o que vem lançando ultimamente. Provavelmente o álbum mais Heavy Metal do ano e te deixará com vontade de sair por aí, montado a cavalo e brandindo uma espada.
Jack White - Lazaretto
O Joãozinho Branco, essa figura consagrada que mais parece um Edward Mãos-de-Tesoura da música, nos apresentou seu segundo registro solo, após o sucesso que foi "Blunderbuss". E "Lazaretto" se mostra uma continuação natural do que foi mostrado anteriormente, com a adição de novos elementos (com destaque para o violino, bastante presente nas canções) e um aprofundamento ainda maior nas raízes do Rock. Ideal para quem estiver, por algum motivo, enjoado dos grandes nomes do gênero e buscar por novas sonoridades e influências.
Killer Be Killed - Killer Be Killed
Um supergrupo formado pelo vocalista e guitarrista Max Cavaleira, do Soulfly/Cavalera Conspiracy, o guitarrista e vocalista Greg Puciato, do The Dillinger Escape Plan, o vocalista e baixista Troy Sanders, do Mastodon, e o baterista Dave Elitch, do The Mars Volta, só poderia resultar em uma coisa: agressividade. E realmente Killer Be Killed é uma amostra de todo o peso e qualidade que os artistas em questão possuem. O álbum homônimo só tem pedrada atrás de pedrada, e funciona muito bem em dias de alto nível de estresse. Um ótimo começo para uma das parcerias que mais pode nos oferecer num futuro próximo.
Lindsey Stirling - Shatter Me
A talentosa youtuber e violinista dançante, revelada pela quinta edição do reality show America's Got Talent, executa uma mistura entre seu instrumento e a música eletrônica/dubstep que me agrada muito. Depois de seu bom trabalho de estreia, a ruivinha reuniu novas forças e inspirações para realizar "Shatter Me" e superar seu antecessor. Grande destaque para a música que dá nome ao álbum, que conta com a participação de Lzzy Hale, do Halestorm, e sua poderosa voz, sendo facilmente uma das mais viciantes canções lançadas neste ano. Vale a pena também conferir os clipes das faixas no canal de Lindsey no YouTube, todos criativos e bem produzidos.
Pink Floyd - The Endless River
Passei por um dilema pessoal sobre incluir ou não este disco em meu Top 10. Mas acabei deixando-o de fora por dois motivos simples: 1) ele é um compilado de gravações não utilizadas em "The Division Bell", e não algo que teve um processo de composição dedicado; e 2) a ausência da voz de David Gilmour em 95% do registro me incomodou muito e, por mais que eu tenha captado a mensagem passada, diversas faixas pareceram incompletas por conta disso. Mesmo assim, "The Endless River" esbanja qualidade, especialmente se tratando de sobras, e possui toda a característica do som do Floyd. Uma bela homenagem ao lendário tecladista Richard Wright, falecido em 2008, e que mostra que o trabalho da banda vai além de palavras.
The Black Keys - Turn Blue
Apesar de inferior aos seus dois trabalhos anteriores, os geniais "Brothers" e "El Camiño", o Black Keys ainda mostra sua força criativa aqui. A guitarra característica de Dan Auerbach cede boa parte de seu espaço para um presente teclado, e a dupla nos apresenta um som mais introspectivo (possível reflexo do divórcio pelo qual o guitarrista passou) e uma pegada ainda mais pop. Não é exatamente uma obra-prima, mas oferece muita qualidade, especialmente com a música "Gotta Get Away". De qualquer forma, fica aqui meu pedido por um retorno à sonoridade antiga.
Unisonic - Light of Dawn
A reunião entre o vocalista Michael Kiske e o guitarrista Kai Hansen, ambos participantes da formação clássica do Helloween, deu o que falar em 2012, com o bom e variado debut do Unisonic. Neste ano, o grupo voltou ainda mais afiado e definindo sua sonoridade como mais próxima do Heavy e do Power Metal que consagrou os alemães no fim da década de 1980. O Hard Rock, porém, continua muito presente, o que dá uma dinâmica excelente para "Light of Dawn". E o fato de poder ouvir Kiske cantar como nos velhos tempos chega até a emocionar, sendo este uma das maiores vozes de toda a história do gênero.
Vandenberg's Moonkings - Vandenberg's Moonkings
Adrian Vandenberg é um guitarrista holandês, mais conhecido por todo seu trabalho com o Whitesnake na época de maior sucesso comercial do grupo, entre 1987 e 1991. Depois de anos afastado do mundo da música, resolveu reunir uma galera e gravar um álbum. Um grande acerto, sem sombra de dúvidas, já que "Moonkings" oferece um ótimo Hard Rock executado por quem entende e muito do assunto. O vocalista Jan Hoving possui um timbre bem semelhante ao de David Coverdale, que inclusive está presente no disco em uma regravação de "Sailing Ships". Houve rumores de uma reunião entre Vandenberg e Coverdale após a saída de Doug Aldrich do Whitesnake, mas Joel Hoekstra foi chamado e não aconteceu. Bom para nós que, poderemos prestigiar mais lançamentos como este em breve.