Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre no primeiro dia útil de cada mês, o que pode ou não coincidir com o dia 1º.
Agosto é um mês que tende a demorar para passar, provavelmente o mais demorado dentre todos. Sua extensão de 31 dias, aliada a ausência absoluta de feriados (exceto regionais), acaba causando esta impressão nas pessoas. Mas o deste ano passou rápido, ou ao menos mais rápido que os demais. E esta não é uma impressão exclusiva minha, já que vi muitas outras pessoas comentarem o mesmo por aí. No meu caso, especificamente, as últimas semanas foram marcadas por despedidas, reencontros, novidades e descobertas em meio a um mar de incertezas, dúvidas e tempo livre que veio a ser ocupado por cultura pop, especialmente música.
A música, na verdade, acabou por ser a maior constante em minha vida nestes últimos dias. E quando digo isso, é porque foi de fato A maior, seja em quantidade ou em qualidade. Este agosto me fez ultrapassar todos os limites que conhecia anteriormente e se tornou, com toda certeza, o mês em que mais consumi música em toda minha vida. Para se ter uma ideia, bati meu recorde anterior de canções escutadas em um único dia (94) seis vezes, com 99, 100 (duas vezes), 101, 102 e - e este é o mais absurdo de todos - 132. No total, foram 2.157 reproduções, incluindo 581 artistas, 933 álbuns e 1.639 faixas diferentes. E desta vez minha conta do last.fm não esteve com nenhum problema, ao contrário do que aconteceu em julho, então todos estes números são absolutos. A título de comparação, meu 2017 todo contou com o contato de 692 artistas, e chegar perto deste número em tão pouco tempo é assustador. Aliás, o número de scrobbles de 2018 já ultrapassou o do último ano logo no início de agosto, e só Deus sabe onde esta contagem vai parar faltando ainda quatro meses até o final do período.
Como não poderia deixar de ser, um mês como este me fez entrar em contato com uma vasta diversidade de materiais interessantes e, como de praxe, vale a pena falar de alguns deles em meus DESTAQUES DO MÊS, que podem ser conferidos a seguir.
ARTISTAS DO MÊS:
- Siouxsie and The Banshees: um dos principais nomes do cenário alternativo dos anos 1980 marcou forte presença durante o último mês graças a reiteradas audições de Tinderbox e Peepshow, dois de seus mais conhecidos (e melhores) trabalhos, que se comunicaram com meu estado de espírito recentemente de maneiras que jamais entenderei por completo.
- Eric Clapton: sempre estive ciente da genialidade de Clapton, mas seus trabalhos nunca haviam me fisgado da mesma forma que recentemente. Sou da teoria de que tudo tem sua hora na música, e fico feliz que tenha chego a hora de ser conquistado pelas fantásticas composições do guitarrista.
- Toto: o grupo continua sendo uma das principais presenças musicais em minha vida, de modo que tenho ouvido o clássico Toto IV quase semanalmente. Aproveitei o embalo para conferir também a estreia da banda, quase tão boa quanto seu maior sucesso (o que já diz muito).
- Steely Dan: entrei em contato com o primeiro trabalho do grupo, Can't Buy a Thrill, ao acaso e me vi obrigado a ouvir novamente seu sucessor, Countdown to Ecstasy. Vício instantâneo nessa que foi uma das bandas que mais quebrou paradigmas em sua época.
- Midnight Oil: o mês se iniciou com a audição de Blue Sky Mining, um dos principais trabalhos dos australianos, e foi o suficiente para me manter ancorado a ele até o último dos 31 dias.
ÁLBUNS DO MÊS:
- The Longshot - Love Is For Losers (2018): a mais nova empreitada de Billie Joe Armstrong, mais conhecido por ser vocalista e guitarrista do Green Day, é uma grata surpresa por seu viés simples, descompromissado e direto, entregando um Rock and Roll de qualidade e sem firulas, com direito até a cover de Ozzy Osbourne encerrando a tracklist.
- Lucifer - Lucifer II (2018): o segundo registro do trio que carrega o nome do anjo caído apresenta um Hard Rock com pegada setentista que conquista por sua abordagem moderna aliada a elementos clássicos, sendo envolto por uma aura de misticismo e ocultismo que só colaboram com sua força. Vale a pena conhecer.
- Fantastic Negrito - Please Don't Be Dead (2018): um dos mais interessantes trabalhos do ano, este artista, que parece ainda não ter caído nas graças do público brasileiro, apresenta uma mistura de Blues, Rock, Funk e Soul em um disco forte, mas acessível ao mesmo tempo. Preciso ouvir mais vezes, mas já é possível dizer que é candidato ao posto de Melhor Álbum do Ano, apesar da concorrência de peso.
- Alice In Chains - Rainier Fog (2018): o Alice In Chains amadureceu, e isso fica evidente em seu mais recente registro. Um dos principais nomes do Grunge durante os anos 1990, conseguiu se reerguer após a triste morte de Layne Staley com a chegada de William DuVall e hoje vem se mostrando novamente relevante para a cena, apresentando um álbum que se afasta um pouco de suas origens e se aproxima ainda mais do Metal, além de soar mais otimista do que tudo feito pela banda anteriormente. Interessante e repleto de qualidade, vale ser ouvido e reouvido.
- Vinnie Vincent Invasion - Vinnie Vincent Invasion (1986): o nome Vinnie Vincent soa desconhecido para muita gente, mas ele integrou o Kiss entre 1980 e 1984, durante o segundo auge do grupo, após revelarem as faces por trás das maquiagens ao mundo. Acabou seguindo uma breve carreira solo, ficou no anonimato por mais de 20 anos e só retornou aos holofotes recentemente. De qualquer forma, a estreia de seu projeto Invasion é mais do que um atestado de sua qualidade, com um Hard Rock conciso e avassalador (muitas vezes flertando com o Heavy Metal) que fideliza o ouvinte logo na primeira ouvida.
- Metallica - ...And Justice For All (1988): este clássico completou 30 anos no último dia 25 de agosto e injustiça seria se ele não estivesse presente na lista.
- Helloween - Keeper of the Seven Keys, Pt. II (1988): outro clássico que completou 30 anos no último mês, havendo aniversariado no dia 29. Helloween era uma força da natureza em seus primeiros trabalhos, em especial neste, em que qualquer música poderia ter se tornado um grande hit sem muitos esforços.
- Elton John - Too Low For Zero (1983): continuando minha jornada de descoberta dos trabalhos do artistas, resolvi conferir este consagrado álbum que alia os elementos clássicos da sonoridade de Elton ao estilo do Pop que dominou os anos 1980. De quebra, a ótima I Guess That's Why They Call It The Blues me pareceu uma ótima escolha pra encerrar a playlist deste mês.
FAIXAS DO MÊS:
- The Beatles - The End: minha faixa oficial sempre que algo chega a seu inevitável fim.
- Simple Minds - Don't You (Forget About Me): a música que fecha o clássico filme Clube dos Cinco tem uma letra autoexplicativa.
- Sepultura - Ratamahatta: uma antológica composição como esta nunca é demais na vida de ninguém.
- Limp Bizkit - Take a Look Around: não é segredo para ninguém que estive em contato com os filmes da franquia Missão: Impossível nas últimas semanas. Coloquei essa música como representação simbólica do dia em que conferi Efeito Fallout no cinema, apesar de ela ser trilha sonora do segundo longa da saga de Ethan Hunt.
- Queen feat. David Bowie - Under Pressure: é apenas uma das melhores músicas feitas na história. Então, por que não, certo?
Ouça abaixo a playlist feita durante agosto de 2018:
ARTISTAS DO MÊS:
- Siouxsie and The Banshees: um dos principais nomes do cenário alternativo dos anos 1980 marcou forte presença durante o último mês graças a reiteradas audições de Tinderbox e Peepshow, dois de seus mais conhecidos (e melhores) trabalhos, que se comunicaram com meu estado de espírito recentemente de maneiras que jamais entenderei por completo.
- Eric Clapton: sempre estive ciente da genialidade de Clapton, mas seus trabalhos nunca haviam me fisgado da mesma forma que recentemente. Sou da teoria de que tudo tem sua hora na música, e fico feliz que tenha chego a hora de ser conquistado pelas fantásticas composições do guitarrista.
- Toto: o grupo continua sendo uma das principais presenças musicais em minha vida, de modo que tenho ouvido o clássico Toto IV quase semanalmente. Aproveitei o embalo para conferir também a estreia da banda, quase tão boa quanto seu maior sucesso (o que já diz muito).
- Steely Dan: entrei em contato com o primeiro trabalho do grupo, Can't Buy a Thrill, ao acaso e me vi obrigado a ouvir novamente seu sucessor, Countdown to Ecstasy. Vício instantâneo nessa que foi uma das bandas que mais quebrou paradigmas em sua época.
- Midnight Oil: o mês se iniciou com a audição de Blue Sky Mining, um dos principais trabalhos dos australianos, e foi o suficiente para me manter ancorado a ele até o último dos 31 dias.
ÁLBUNS DO MÊS:
- The Longshot - Love Is For Losers (2018): a mais nova empreitada de Billie Joe Armstrong, mais conhecido por ser vocalista e guitarrista do Green Day, é uma grata surpresa por seu viés simples, descompromissado e direto, entregando um Rock and Roll de qualidade e sem firulas, com direito até a cover de Ozzy Osbourne encerrando a tracklist.
- Lucifer - Lucifer II (2018): o segundo registro do trio que carrega o nome do anjo caído apresenta um Hard Rock com pegada setentista que conquista por sua abordagem moderna aliada a elementos clássicos, sendo envolto por uma aura de misticismo e ocultismo que só colaboram com sua força. Vale a pena conhecer.
- Fantastic Negrito - Please Don't Be Dead (2018): um dos mais interessantes trabalhos do ano, este artista, que parece ainda não ter caído nas graças do público brasileiro, apresenta uma mistura de Blues, Rock, Funk e Soul em um disco forte, mas acessível ao mesmo tempo. Preciso ouvir mais vezes, mas já é possível dizer que é candidato ao posto de Melhor Álbum do Ano, apesar da concorrência de peso.
- Alice In Chains - Rainier Fog (2018): o Alice In Chains amadureceu, e isso fica evidente em seu mais recente registro. Um dos principais nomes do Grunge durante os anos 1990, conseguiu se reerguer após a triste morte de Layne Staley com a chegada de William DuVall e hoje vem se mostrando novamente relevante para a cena, apresentando um álbum que se afasta um pouco de suas origens e se aproxima ainda mais do Metal, além de soar mais otimista do que tudo feito pela banda anteriormente. Interessante e repleto de qualidade, vale ser ouvido e reouvido.
- Vinnie Vincent Invasion - Vinnie Vincent Invasion (1986): o nome Vinnie Vincent soa desconhecido para muita gente, mas ele integrou o Kiss entre 1980 e 1984, durante o segundo auge do grupo, após revelarem as faces por trás das maquiagens ao mundo. Acabou seguindo uma breve carreira solo, ficou no anonimato por mais de 20 anos e só retornou aos holofotes recentemente. De qualquer forma, a estreia de seu projeto Invasion é mais do que um atestado de sua qualidade, com um Hard Rock conciso e avassalador (muitas vezes flertando com o Heavy Metal) que fideliza o ouvinte logo na primeira ouvida.
- Metallica - ...And Justice For All (1988): este clássico completou 30 anos no último dia 25 de agosto e injustiça seria se ele não estivesse presente na lista.
- Helloween - Keeper of the Seven Keys, Pt. II (1988): outro clássico que completou 30 anos no último mês, havendo aniversariado no dia 29. Helloween era uma força da natureza em seus primeiros trabalhos, em especial neste, em que qualquer música poderia ter se tornado um grande hit sem muitos esforços.
- Elton John - Too Low For Zero (1983): continuando minha jornada de descoberta dos trabalhos do artistas, resolvi conferir este consagrado álbum que alia os elementos clássicos da sonoridade de Elton ao estilo do Pop que dominou os anos 1980. De quebra, a ótima I Guess That's Why They Call It The Blues me pareceu uma ótima escolha pra encerrar a playlist deste mês.
FAIXAS DO MÊS:
- The Beatles - The End: minha faixa oficial sempre que algo chega a seu inevitável fim.
- Simple Minds - Don't You (Forget About Me): a música que fecha o clássico filme Clube dos Cinco tem uma letra autoexplicativa.
- Sepultura - Ratamahatta: uma antológica composição como esta nunca é demais na vida de ninguém.
- Limp Bizkit - Take a Look Around: não é segredo para ninguém que estive em contato com os filmes da franquia Missão: Impossível nas últimas semanas. Coloquei essa música como representação simbólica do dia em que conferi Efeito Fallout no cinema, apesar de ela ser trilha sonora do segundo longa da saga de Ethan Hunt.
- Queen feat. David Bowie - Under Pressure: é apenas uma das melhores músicas feitas na história. Então, por que não, certo?
Ouça abaixo a playlist feita durante agosto de 2018: