Missão: Impossível - Efeito Fallout chegou aos cinemas há algumas semanas. Nunca fui grande aficionado pela franquia, mas fiquei curioso para conferir sua mais recente adição após a chuva de elogios que tomou a crítica especializada. Por isso, resolvi assistir a todos os demais filmes de Missão: Impossível feitos anteriormente como forma de me preparar para este novo. E isso me deu uma ideia de postagem: por que não resenhar TODOS os longas? Deste modo, pela primeira vez na história, publico este verdadeiro compilado de Resenhas de Um Parágrafo sobre cada um dos lançamentos da saga sem fim de Ethan Hunt e seus parceiros, em um formato experimental que, se bem recebido, pode vir a ser usado com outros grandes nomes do cinema.
Claro, o texto sobre Efeito Fallout sairá separadamente, mas você pode conferir minhas impressões sobre os outros cinco Missão: Impossível logo a seguir.
MISSÃO: IMPOSSÍVEL (1996)
O primeiro Missão: Impossível chegou aos cinemas há 22 anos com boa direção do aclamado Brian De Palma, um competente elenco, trilha sonora feita pela criativa mente de Danny Elfman e algumas cenas que vieram a se tornar icônicas com o passar dos anos. O filme, no entanto, é prejudicado por um roteiro sem ritmo que acaba se perdendo em sua indecisão entre ser uma trama de espionagem clássica ou de ação, ficando no meio do caminho e não atingindo satisfatoriamente nenhuma das duas opções. Ainda assim, trouxe alguns elementos que se tornariam marca registrada da franquia, como o briefing das missões ao início, os dispositivos tecnológicos e, principalmente, as máscaras e moduladores de voz.
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MISSÃO: IMPOSSÍVEL 2 (2000)
Com uma diferença brutal de direcionamento em relação a seu antecessor, Missão: Impossível 2 assume sua identidade como filme de ação e chega ao novo milênio repleto de influências e vícios tirados diretamente de um recém lançado Matrix. O principal problema da sequência é seu exagero, seja dentro do roteiro repleto de clichês ou através das escolhas no mínimo questionáveis do diretor, que acabam por tornar o longa muito caricato, por pouco não assumindo um tom de paródia. Ainda assim, sequências repletas de movimento e, principalmente, boas lutas (é o John Woo, afinal) acabam por fazê-lo divertido e bom para ser conferido de forma descompromissada.
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MISSÃO: IMPOSSÍVEL 3 (2006)
Um ainda pouco conhecido J. J. Abrams assume as rédeas da franquia em seu terceiro lançamento e a parceria veio a mudar seu destino para sempre (até porque a Bad Robot, produtora de Abrams, cuidou deste e de todas as sequências desde então). Missão: Impossível 3 aprende com seus erros anteriores, se deixa influenciar por A Identidade Bourne e A Supremacia Bourne e entrega um filme de espionagem moderno, sabendo se dividir entre os momentos de ação e as reviravoltas características. Um sempre competente Phillip Seymour Hoffman brilha como antagonista de Tom Cruise, enquanto a adição de Simon Pegg como Benji Dunn se mostra bem-vinda e fundamental para o futuro. Só seria melhor se o final não fosse tão piegas.
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MISSÃO: IMPOSSÍVEL - PROTOCOLO FANTASMA (2011)
O primeiro Missão: Impossível da atual década abre uma nova trilogia acertando as arestas faltantes para a saga alçar novos e promissores voos. O diretor Brad Bird, de Os Incríveis e Gigante de Ferro, assume o comando e faz de Protocolo Fantasma um filme divertido, com roteiro redondo, visual polido (às vezes até hermético demais) e que ainda ousa ao brincar com alguns elementos clássicos da franquia. É aqui que se inicia a loucura das cenas de ação em lugares e situações improváveis sem o uso de um dublê para Tom Cruise, o que as torna fascinantes e realistas. Ainda faz um bom trabalho em se conectar com os eventos vistos em seu antecessor.
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MISSÃO: IMPOSSÍVEL - NAÇÃO SECRETA (2015)
O quinto longa de Missão: Impossível segue os caminhos estabelecidos pelo anterior e eleva ainda mais o nível da franquia. Nação Secreta é divertido, bem escrito e apresenta cenas de ação mais absurdas que as de Protocolo Fantasma, contando com uma fotografia que as valoriza e expõe todo seu perigo. O trabalho de Christopher McQuarrie, seja no roteiro ou na direção, são a alma do sucesso do filme, enquanto as adições de Rebecca Ferguson e Alec Baldwin, junto com o reaproveitamento de Jeremy Renner, injetam novo ânimo a este universo. Não apenas uma das grandes películas de ação dos últimos anos, como também o melhor da saga até este ponto.
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