sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

É HORA DOS MELHORES (discos) DO ANO, GALERA!!! (Top 21 + Extras!)


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SIM! Mais um ano, e mais um Top Álbuns do Ano aqui no Ground Zero! A tradicional lista está de volta, para alegria de muitos, e dessa vez está ainda maior e cheia de extras! Se no ano passado eu listei 15 álbuns, em 2016 serão 21! E bônus, como as menções honrosas de 2015 e o retorno da decepção do ano, com em 2014! E playlist com as melhores músicas do ano! OK, já deu para perceber que eu estou empolgado, então chega de exclamações. Os melhores do ano vem crescendo a cada edição, e eu só quero tornar essa experiência cada vez mais divertida, tanto para mim quanto para vocês. Música nunca é demais, afinal.

Todos sabemos que esse ano não foi fácil, sendo lotado de perdas de figuras importantes, acontecimentos impactantes ou trágicos e um cenário cada vez mais estranho, em que poucas coisas parecem fazer algum sentido. Felizmente, seguindo a risca de seus antecessores, 2016 foi um ano com muita música boa, para nos confortar e dar forças nas horas mais difíceis e confusas. Qualidade não faltou nos principais lançamentos do ano, como vocês podem conferir a seguir.

TOP 21

#21: THE CULT - "HIDDEN CITY"


Os melhores álbuns do The Cult já foram feitos. Isso não significa que a banda seja ruim hoje, pelo contrário: continuam fazendo boa música, como é o caso de "Hidden City", um álbum que preza pelo Rock bem executado e que explora diversas nuances em sua sonoridade. Talvez não seja o mais recomendado para conhecer os britânicos (ouçam "Love", "Electric" e "Sonic Temple"), mas vale a conferida.

#20: KAISER CHIEFS - "STAY TOGETHER"


Um divertido lançamento do grupo, que se distancia do Rock que o consagrou e adota um estilo bem mais Pop. Dançante e cheio de ritmo, chega a perder um pouco de força no final, mas o saldo ainda é positivo.

#19: WHITE LIES - "FRIENDS"


Outra banda que se distancia de suas origens, o White Lies aqui soa como uma espécie de casamento entre U2 e New Order, com um Pop Rock repleto de sintetizadores digno das bandas de sucesso da década de 1980. Um CD que não chega a superar o excelente "To Lose My Life" de 2009, mas com qualidade o suficiente para deixar seus demais antecessores para trás com folga.

#18: RED HOT CHILI PEPPERS - "THE GETAWAY"


O RHCP nos trouxe um de seus trabalhos mais maduros nesse ano, sem deixar o Funk Rock que os consagrou de lado. Perdeu um pouco da graça do passado e não apresenta a mesma criatividade dos tempos de John Frusciante como guitarrista, mas tem qualidades o suficiente para satisfazer fãs e o público geral.

#17: GRAND MAGUS - "SWORD SONGS"


Dando sequência ao trabalho anterior, "Triumph and Power", o Grand Magus continua sendo o melhor expoente do "True Metal" na atualidade, com canções diretas que não buscam reinventar a roda, mas esbanjam qualidade. Evoluindo sua sonoridade, que aqui se apresenta um pouco mais rápida e agressiva, "Sword Songs" é um petardo pra nenhum fã de Metal Tradicional botar defeito. E ainda conta com um ótimo cover de "Stormbringer", do Deep Purple.

#16: BLUE PILLS - "LADY IN GOLD"


O segundo lançamento Blue Pills prossegue com o que foi feito em seu trabalho de estreia, com seu Hard Rock influenciado por Blues sendo refinado e Erin Larsson mais uma vez mostrando toda sua potência vocal. Um pouco mais burocrático que o anterior, mas ainda assim muito agradável e vale a audição dessa que é mais uma excelente banda que emula a sonoridade setentista.

#15: SPIRITUAL BEGGARS - "SUNRISE TO SUNDOWN"


Outro que tem um som mais voltado para o Rock dos anos 1970, o Spiritual Beggars é na verdade um projeto paralelo de músicos do Arch Enemy, mas que já tem tantos anos e trabalhos lançados que é, no fim das contas, uma banda própria. "Sunrise to Sundown", seu último play, tem muito êxito em equilibrar peso, psicodelia e melodia em um trabalho que não fica devendo nada para as melhores bandas de Hard Rock da época, chegando até a lembrar os tempos áureos do Deep Purple em certos momentos.

#14: GREEN DAY - "REVOLUTION RADIO"


Após o lançamento de “American Idiot” em 2004, o Green Day veio apresentando uma queda na qualidade de seu som, representada em seu máximo pela lastimável trilogia “Uno”, “Dos” e “Tré”. Felizmente, a banda parece ter se reencontrado em “Revolution Radio”, apostando no básico, resgatando um pouco de suas raízes e surpreendendo com um CD cheio de energia e muito mais inspirado que os anteriores.

#13: DREAM THEATER - "THE ASTONISHING"


Com 2h10min de duração, o Dream Theater entregou um álbum que consegue ser um de seus mais simples e mais complexos ao mesmo tempo. Apesar de nenhuma canção ultrapassar 10 minutos, são 34 faixas que tratam de uma história sobre um futuro distópico e que abordam temas como música, a vida, política e recomeços. É um pouco cansativo ouvir um mesmo CD por tanto tempo, mas “The Astonishing” consegue ser uma experiência recompensadora, com o grupo mostrando toda sua versatilidade nas composições.

#12: THE ROLLING STONES - "BLUE & LONESOME"


Com seus integrantes já septuagenários, o Rolling Stones resolveu gravar um disco de Blues, reinterpretando clássicos do gênero. Curiosamente, é em "Blue & Lonesome" que os músicos soam mais vivos desde muito tempo, executando versões de qualidade das canções escolhidas, demonstrando muita afinidade e apreciação pelo estilo e, por incrível que pareça, demonstrando muita energia. No papel, não poderia dar errado, e o resultado final só veio para comprovar a teoria.

#11: INA FORSMAN - "INA FORSMAN"


Uma belíssima voz, uma banda competente e ótimas composições embalam a estreia dessa cantora finlandesa, calcada no Blues e no Soul e que em muitos momentos lembra a falecida Amy Winehouse, mas com uma aura mais alegre e alto astral. Um grande registro de uma artista que muito pode vir a surpreender nos próximos anos.

#10: AVENGED SEVENFOLD - "THE STAGE"


Após o mediano “Hail to the King”, o grupo retorna com ideias renovadas, um novo baterista e uma nova guinada em seu estilo. “The Stage” é um álbum maduro, pesado, agressivo, cheio de peso e muitos temas interessantes, elevando o Avenged Sevenfold a um novo patamar. O melhor deles ao lado de “Nightmare” e “City of Evil”.

#9: OPETH - "SORCERESS"




Mais um excelente resultado dos suecos desde a drástica mudança em seu estilo, “Sorceress” mantém o que a banda apresentou em seus últimos dois discos, com a sonoridade claramente inspirada no Hard Rock setentista e que se permite arriscar com mais peso e muita influência do Progressivo. Um belíssimo trabalho, que deixa ainda mais clara toda a qualidade desse que é um dos maiores nomes das últimas duas décadas.

#8: MEGADETH - "DYSTOPIA"


O Megadeth vinha seguindo uma sequência de bons lançamentos com desde “The System Has Failed”, de 2004, até “TH1RT3EN”, de 2011. Aí, em 2013, “SuperCollider” infelizmente aconteceu. No ano seguinte, Chris Broderick e Shawn Drover anunciaram suas saídas da banda. Então, Dave Mustaine convocou Chris Adler para as baquetas e o brasileiro Kiko Loureiro como guitarrista, e gravou “Dystopia”, um álbum avassalador e que segue o caminho de trabalhos mais recentes como “United Abominations” e “Endgame”. A criatividade de Loureiro se faz sentir, com arranjos exóticos que resultam em excelentes solos. Um retorno do grupo à sua melhor forma.

#7: IGGY POP - "POST POP DEPRESSION"


A parceria de um ícone da música como Iggy Pop com o trio Matt Helders (baterista do Arctic Monkeys), Dan Fertita e Josh Homme (ambos do Queens of the Stone Age) felizmente não desapontou, e “Post Pop Depression” é divertido, criativo e um tanto bizarro, do jeito que deveria ser. Composições como “Break Into Your Heart”, “Gardenia”, “American Valhalla”, “In The Lobby”, “Vulture”, “German Days” e “Paraguay” falam por si só sobre a inegável qualidade do play.

#6: TEDESCHI TRUCKS BAND - "LET ME GET BY"


Um disco tão belo e gostoso de se ouvir que deve agradar a qualquer um que se diga apreciador de música. Uma mistura de Rock com Southern, Funk, Soul e Blues que funciona muito bem e faz de “Let Me Get By” um trabalho único, criativo e que em alguns momentos chega até ser tocante. Susan Tedeschi e seu marido Derek Trucks colocam toda sua afinidade e qualidade nesse que é o ponto mais alto da carreira de seu grupo até o momento.

#5: RIVAL SONS - "HOLLOW BONES"


O quinto álbum da carreira dessa banda californiana consegue ser um de seus mais distintos e mais prazerosos de se ouvir. O Rival Sons não abandonou o estilo que o consagrou, mas vem adicionando muitas influências ao seu som e, aliado ao pico de criatividade pelo qual vem passando seus integrantes, faz de “Hollow Bones” uma das melhores experiências que o Rock tem a oferecer em 2016.

#4: NORAH JONES - "DAY BREAKS"


Norah Jones retorna com mais um belíssimo trabalho de Jazz, mostrando ao mundo mais uma vez sua força como um dos melhores e mais importantes nomes do gênero. Qualidade e versatilidade andam de mãos dadas em “Day Breaks”, que consegue alcançar tanto os apreciadores de longa data quanto o público leigo.

#3: THE LAST SHADOW PUPPETS - "EVERYTHING YOU'VE COME TO EXPECT"


A dupla Alex Turner e Miles Kane uniu esforços novamente após 8 anos e entregou esse que é provavelmente o álbum mais subestimado de 2016. Com composições afiadíssimas e contagiantes, “Everything You’ve Come to Expect” vicia desde a primeira audição, com um estilo único e marcante que faz dele um dos melhores trabalhos do ano.

#2: METALLICA - "HARDWIRED...TO SELF-DESTRUCT"


Como escrevi em minha resenha, o Metallica está soando solto e honesto em “Hardwired...To Self-Destruct”, e é isso que faz dele um grande álbum. Composições pesadas, criativas e variadas deixam o trabalho extremamente prazeroso e provam por que eles são o maior grupo de Metal da atualidade.

#1: DAVID BOWIE - "BLACKSTAR"


Já era um excelente álbum em seu lançamento, e se tornou ainda mais especial após o falecimento do artista dois dias depois. “Blackstar” fecha a discografia de uma das mentes mais criativas da história da música quebrando todos os paradigmas de sua carreira, soando distinto de seus demais trabalhos com uma combinação de Jazz, Pop, R&B e Rock. Um belíssimo disco do início ao fim, marcando a despedida de Bowie deste plano. Obrigado por tudo, David.

MENÇÕES HONROSAS

GHOST - "POPESTAR"


O Ghost lançou seu segundo EP, que conta com a inédita "Square Hammer" e mais quatro covers. O resultado é mais um registro com o selo de qualidade que atualmente só Papa Emeritus e seus lacaios podem oferecer. Destaque para, além da nova música, as reinterpretações de "Nocturnal Me" do Echo & The Bunnymen e "Missionary Man" do Eurythmics.

"WESTWORLD: SEASON 1 (MUSIC FROM THE HBO SERIES)"


Que "Westworld" é uma excelente série, o mundo todo já sabe. Um dos elementos menos comentadas sobre ela, porém, é sua trilha sonora. Além de sua fantástica abertura, ela também conta com excelentes temas próprios e reinterpretações de músicas marcantes da cultura pop, indo de "Black Hole Sun" do Soundgarden para "The House of the Rising Sun" do The Animals e chegando até em "Back to Black" de Amy Winehouse. Mais um ótimo trabalho de Ramin Djawadi, também responsável pelas trilhas de "Game of Thrones" e do filme "Círculo de Fogo".

"STAR TREK BEYOND (MUSIC FROM THE MOTION PICTURE)"


"Star Trek: Sem Fronteiras" é um filme incrível, e muito disso se deve à excelente trilha sonora de Michael Giacchino. Em seu terceiro filme da franquia como compositor, ele já se sente em casa, sabendo o que é necessário para as cenas, sejam elas de ação, sejam elas mais introspectivas. Um festival de temas para tocar o coração de qualquer fã.

"ROGUE ONE: A STAR WARS STORY (ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK)"


E olha ele aí de novo! Outro trilha de respeito que foi composta por Michael Giacchino, que soube capturar toda a essência das músicas de Star Wars ao mesmo tempo que cria temas novos e reinterpreta com excelência os clássicos. Como disse em minha análise, um trabalho impecável para deixar John Williams orgulhoso.

"BATMAN V SUPERMAN: DAWN OF JUSTICE (ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK)"


Eu já falei sobre "Batman vs. Superman" diversas vezes nesse blog, seja para elogiar o longa ou para criticá-lo. Uma coisa é certa, porém: sua trilha sonora é incrível. Composições fortes e até mesmo gritantes marcam essa colaboração do gênio Hans Zimmer com Junkie XL, responsável pelas trilhas de "Mad Max: Estrada da Fúria" e "Deadpool". Os temas do Batman e da Mulher-Maravilha são disparados dois dos melhores dos últimos anos.

DECEPÇÕES DO ANO

VOLBEAT - "SEAL THE DEAL & LET'S BOOGIE"


Deixando claro desde já: esse não é um disco ruim, mas foi uma decepção para mim. O Volbeat se tornou uma das minhas bandas favoritas na atualidade, especialmente após o excelente "Outlaw Gentlemen & Shady Ladies" de 2013. Quando anunciaram que um novo trabalho estava a caminho, fiquei muito animado. Infelizmente, as 8 primeiras faixas de "Seal the Deal & Let's Boogie" soam repetitivas, repetindo uma mesma estrutura e tentando ser as novas "Cape of Our Hero" ou "Heaven Nor Hell". Pelo menos as 5 últimas músicas são excelentes, variadas, o que eu esperava ouvir do grupo, pena que a criatividade esteve tão limitada pelo lado comercial.

NICK CAVE & THE BAD SEEDS - "SKELETON TREE"


Outro disco que provavelmente não merecia estar aqui, o fato é que eu vi "Skeleton Tree" em tantas listas de melhores do ano que fiquei empolgado para ouvi-lo, crente de que essa seria uma experiência que fosse mudar minha concepção de música para sempre. Mas o disco é apenas... estranho. Não me empolgou em nada. Até tem alguma beleza no trabalho, mas não foi o suficiente para me cativar. Simplesmente não foi feito para mim.

TOP 20 MELHORES MÚSICAS DO ANO

Criei essa playlist com o intuito de divulgar um pouco dos álbuns que estão na lista. Ano passado foram 10, mas nesse ano escolhi 20 músicas, e mesmo assim foi difícil. As faixas estão na ordem inversa, assim como em 2015. Divirtam-se:



AS MÚSICAS MAIS OUVIDAS POR MIM EM 2016, SEGUNDO O SPOTIFY

Outra playlist, essa sendo gerada pelo próprio serviço de streaming, com as 101 faixas mais ouvidas por mim nesse ano. O resultado me surpreendeu um pouco, especialmente pela variedade de estilos presente na lista. Muitos dos álbuns citados aqui também estão representados nela, alguns com mais, e outros com menos canções. Mesmo assim, fica aqui mais como curiosidade, para mostrar mais do que eu estive escutando em 2016 em 7h57min de música ininterrupta: