(Arte por koalanov. Max Mayfield e Stranger Things pertencentes à Netflix, Inc. e The Duffer Brothers, todos os direitos reservados)
Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia [útil] do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).
Junho foi um bom mês. Quer dizer, com percalços, mas ainda assim bom. Algumas saídas, aniversários, novos contatos, possibilidades que se abriram e bons momentos ao lado das pessoas que amo. Ao mesmo tempo, um surto de SARS-CoV-19 (ou Covid-19, ou conoravírus) em meu local de trabalho, que me deixou nervoso e temeroso por dias. O lado bom é que ela acabou deixando todos num trabalho remoto temporário, que eu soube aproveitar cada segundo de sua duração. Não fosse por ele, duvido que teria me dedicado a sequer assistir à primeira parte da quarta temporada de Stranger Things (e ainda bem que o fiz) Também foi bom por me permitir assistir aos episódios de The Boys, Obi-Wan Kenobi, Ms. Marvel e Westworld lançados durante o período sem maiores problemas.
Por conta dessas circunstâncias, fácil imaginar que também escutei muita música durante junho. Não igual a maio último, claro, mas ainda assim... Segundo meu last.fm, foram 3.568 reproduções realizadas durante os 30 dias passados (média de 118/dia), que incluíram 616 artistas, 1.102 álbuns e 3.268 faixas diferentes. Ótimos números que fizeram desse meu quarto melhor mês em quantidade no retrospecto geral. E veremos por qual direção este julho irá, por ora não é possível afirmar nada.
E se em quantidade impressionou, em qualidade não deixou nada a dever. Não que tenha tido muitas mudanças no que costumo ouvir habitualmente, mas minha seleção de Rock, Metal, Pop oitentista e afins segue firme e forte por mais um mês, tendo lançamentos, novidades, resgates e clássicos lado a lado, com influências de onde estive ou do que assisti. E você pode conferir tudo isso abaixo em meus DESTAQUES DO MÊS.
ARTISTAS DO MÊS:
- Porcupine Tree (Rock Progressivo, Metal Progressivo, Rock Alternativo): acho que não poderia ser outro o destaque aqui. Não apenas por conta do álbum novo: eu realmente escutei bastante Porcupine Tree durante junho, talvez como uma preparação para o mais recente lançamento, talvez apenas porque veio a calhar. A verdade é que escutá-los nunca é demais, e quanto mais ouço, mais percebo o quanto suas composições ressoam comigo, e mais eles se tornam uma de minhas bandas favoritas
Destaco também:
- Roxette (Rock, Pop Rock, Pop)
- The Rolling Stones (Rock)
- Deep Purple (Hard Rock, Rock, Blues Rock)
- Duran Duran (Pop Rock, Rock, Pop)
- Garbage (Rock Alternativo)
ÁLBUNS DO MÊS:
- Porcupine Tree - Closure/Continuation (Rock Progressivo, Metal Progressivo; 2022): definitivamente não poderia ser outra a escolha aqui. Eu não costumo (e nem gosto) de colocar artistas duas vezes em meus destaques, mas não tive muita alternativa, pois Porcupine Tree teve um impacto muito grande em meu junho, muito graças ao lançamento de Closure/Continuation, novo trabalho do grupo (agora um trio) após seu retorno e, como o próprio nome indica, é tanto um ponto final de certos aspectos do passado como uma continuação de seus pontos mais fortes. Melodias, letras, instrumental, a produção sonora impecável, tudo está aqui, em um esforço muita mais coletivo do que concentrado em Wilson, como costumava ser. É o provável melhor álbum do ano, difícil ser superado.
Destaco também:
- Liam Gallagher - C'mon You Know (Rock, Britpop; 2022) -- Liam sendo ao menos o coautor de todas as faixas do sucessor de Why Me? Why Not., de 2019, e entregando aquele que provavelmente é seu melhor trabalho solo até o momento
- Florence + The Machine - Dance Fever (Pop Rock, Dance Rock, Indie Rock; 2022) -- que obra-prima Florence Welch nos forneceu ao lado de seu grupo nesse ano
- Kreator - Hate Uber Alles (Thrash Metal; 2022) -- verdadeira pedrada dos alemães, um álbum que teremos como um clássico moderno nos próximos anos
- Abbath - Dead Reaver (Black Metal, Thrash Metal, Death Metal; 2022) -- depois de dois discos sólidos e bem sucedidos, Abbath apresenta um pouco de sua versatilidade aqui se aventurando em outras vertentes do Metal no seu melhor registro até aqui
- Dorothy - Gifts From The Holy Ghost (Hard Rock; 2022) -- o trabalho mais consistente do grupo até o momento, e que siga assim em lançamentos futuros
- Avril Lavigne - Love Sux (Pop Punk; 2022) -- a rainha do Pop Punk está de volta em grande estilo. Para fazer os fãs irem a delírio mesmo
- Daryl Hall & John Oates - Marigold Sky (Pop Rock, Pop, New Wave; 2022) -- uma aula de como atualizar sua sonoridade sem abrir mão de elementos clássicos
- Marina - Ancient Dreams In A Modern Land (Pop Rock, Indie Rock; 2021) -- só queria dizer que eu amo a voz dessa mulher perfeita mesmo
- Epica - The Quantum Enigma (Metal Sinfônico, Power Metal; 2014)
- Black Label Society - Catacombs of the Black Vatican (Metal; 2014)
- The Stooges - Ready To Die (Punk Rock, Art Rock, Hard Rock; 2013) -- aquele que viria a se tornar o álbum de despedida dos Stooges inconscientemente soa como um álbum de despedida, mas um ainda melhor que o anterior, The Weirdness
- Gnarls Barkley - St. Elsewhere (Funk, Pop, R&B; 2006)
- The Black Crowes - Lions (Hard Rock, Blues Rock, Southern Rock; 2001)
- Midnight Oil - Blue Sky Mining (Rock, Hard Rock, Rock Alternativo; 1990)
- Iggy Pop - Brick By Brick (Hard Rock, Punk Rock, Art Rock; 1990)
- Tom Petty - Full Moon Fever (Rock, Heartland Rock; 1989)
- Faith No More - Introduce Yourself (Hard Rock, Rock Alternativo; 1987)
- Siouxsie and the Banshees - Through the Looking Glass (Rock Gótico, Rock, Rock Alternativo; 1987)
- Joe Cocker - Cocker (Pop Rock, Rock; 1986)
- Peter Gabriel - Peter Gabriel 3: Melt (Rock, Rock Progressivo, Pop Rock; 1980)
- Wishbone Ash - Argus (Rock, Hard Rock; 1972)
FAIXAS DO MÊS:
- Kate Bush - Running Up That Hill (A Deal With God) (Pop, Art Pop; 1985): diretamente da quarta temporada de Stranger Things, esse sucesso de outrora trouxe Kate Bush de volta às paradas depois de muito, muito tempo. Não é pra menos: a faixa apresenta uma produção perfeita, som cristalino e uma performance arrebatadora da cantora. E, como toda boa música pop, é grudenta DEMAIS, o que, aliado à repetição da canção que a série nos expõe, deixa na cabeça por dias a fio.
Destaco também:
- Porcupine Tree - Love In The Past Tense (Rock Progressivo; 2022) -- quer dizer, eles já estão nos destaques de artistas e álbuns, por que não nos de faixas também? O fato é que essa música é apaixonante, viciante, tem uma letra maravilhosa e um instrumental diferente de tudo que me lembre de a banda já ter feito. Um ponto fora da curva maravilhoso em uma discografia riquíssima e cheia desses
- Lyn - Last Surprise (J-Pop, J-Rock; 2016) -- essa é dedicada ao dia da divulgação do lançamento dos Persona para Switch. Nintendistas, saiba que acompanhei e vibrei junto a vocês
- Paul McCartney, Dave Grohl, Krist Novoselic, Pat Smear - Cut Me Some Slack (Grunge, Hard Rock; 2013) -- dedicada ao aniversário de 80 anos do maior músico vivo. Longe de ser a mais adequada, mas demonstra muito bem toda sua versatilidade ao longo de 60 anos de carreira
Confira, por fim, a playlist elaborada durante junho de 2022: