quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

5 álbuns do segundo semestre de 2018 que você deveria ter ouvido


Primeiro de tudo, quero que você olhe com atenção para a imagem que abre o post. Sério, olha que coisinha mais fofa, sorrindo, ouvindo uma musiquinha em headphones que possivelmente tem metade do seu tamanho. São cenas, momentos como este que, por menores que pareçam, fazem a vida realmente valer a pena.

Agora que eu já tornei seu dia um pouco melhor, é hora de dar continuidade às postagens de final de ano por aqui. Depois de conhecer alguns trabalhos lançados nos primeiros seis meses deste ano que não poderiam ter passar despercebidos, agora é hora de ver outros belos registros da atual metade de 2018 que também merecem sua atenção. Lembrando que as regras permanecem as mesmas do primeiro post (sem classificação por qualidade, apesar menção em ordem alfabética dos nomes dos artistas e grupos), que a lista de melhores será divulgada no dia 19/12 e que você talvez já tenha entrado em contato com eles caso acompanhe o Balanço Musical.

Confira, então, quais são os 5 álbuns do segundo semestre de 2018 que você deveria ter ouvido:

DEE SNIDER - FOR THE LOVE OF METAL


Mais conhecido pelo trabalho desenvolvido a frente da icônica (e farofeira) banda Twisted Sister, a mais recente empreitada de Dee Snider em sua carreira solo vai por uma vertente que poucos sabem, mas já foi muito explorada por ele em outros projetos: o Metal. Só que ao invés de tentar repetir qualquer fórmula do passado, o vocalista olha adiante e apresenta um som contemporâneo, ágil, forte e agressivo, o que faz de For the Love of Metal, ao mesmo tempo, um atropelamento por um caminhão monstro e uma carta de amor ao estilo.

GRETA VAN FLEET - ANTHEM OF THE PEACEFUL ARMY


Após deixar o mundo todo surpreso com a sonoridade extremamente semelhante à do Led Zeppelin em seu EP From The Fires, o Greta Van Fleet (que estará no próximo Lollapalooza) apresentou seu primeiro registro completo ao mundo neste ano. A influência de grupos clássicos, principalmente o já citado Led Zeppelin, é nítida, mas uma roupagem moderna e acessível, aliada à competência dos músicos, mostra que a banda é muito mais do que um mero cover, dando claros sinais de que ainda pode crescer muito e encontrar sua própria voz. Uma estreia que serve como um cartão de visita com um aviso escrito: o mundo precisa prestar atenção no quarteto nos próximos anos, pois tudo indica que eles se tornarão um dos principais nomes do Rock contemporâneo.

MUSE - SIMULATION THEORY


O Muse é uma banda inquieta, que gosta de realizar experimentações, e não é de hoje que eles vem flertando com sonoridades mais eletrônicas. Embora Drones indicasse que este caminho seria deixado de lado e as raízes do grupo voltariam a tona, Simulation Theory deixou claro que não é possível prever as escolhas do trio inglês, que abraça de vez o Eletrônico, o Synthpop e até flerta com passagens típicas da New Wave oitentista. É um trabalho agradável e divertido de se ouvir, e que revela uma nova camada ao se analisar as letras de suas músicas com atenção. Só não espere escutar muito do Rock antes apresentado por eles aqui.

NITA STRAUSS - CONTROLLED CHAOS


Nita Strauss despontou como integrante do tributo The Iron Maidens, tornou-se a guitarrista titular da banda de Alice Cooper e conquistou reconhecimento e prestígio ao longo dos anos. Dona de uma habilidade invejável e muita técnica, fez sua estreia como artista solo neste ano, em um trabalho instrumental. Além das características já citadas, Controlled Chaos evidencia toda a versatilidade da artista, que varia entre pedradas ágeis e timbres limpos repletos de feeling entre suas faixas de forma orgânica e prazerosa de se ouvir. Um bom início que faz jus à reputação de um dos principais nomes do instrumento na atualidade.

SLASH FEAT. MYLES KENNEDY AND THE CONSPIRATORS - LIVING THE DREAM


Não é segredo para ninguém que Slash segue sendo um dos principais e mais badalados nomes do Rock, e não é para menos: igual a uísque, parece que o homem vai apenas melhorando com o passar dos anos, refinando sua técnica e criatividade, sempre cercado de gente talentosa, como é o caso de Myles Kennedy e os Conspirators. E Living The Dream é a coroação desta parceria, que corrige os excessos (principalmente de duração) cometidos em World On Fire e entrega um disco mais ágil, diversificado e que empolga. Não há dúvidas que que o guitarrista está vivendo sua melhor e mais prolífica fase, e seu mais recente álbum é a prova concreta disto.