Chegou aquela época mais uma vez: o fim de ano. É o momento de ponderação, reflexão, confraternização e o encontro com amigos, colegas e parentes nos mais variados tipos de festa. Há quem celebre o fim de mais um ciclo, enquanto outros relembram os bons momentos dos 365 dias que se passaram. O fato é que cada pessoa encara o período de uma forma diferente, dependendo de suas experiências de vida e memórias que evocam sentimentos de festividades pregressas, mas uma coisa, acredito eu, é comum para todos: sempre é um alívio poder ver mais um ano chegar ao fim enquanto outro começa, independente das dificuldades enfrentadas, das alegrias vivenciadas, das derrotas, das vitórias. Você ainda está vivo, afinal, e esta é sua maior vitória neste mundo.
O final do ano também é o momento em que começam a ser divulgadas inúmeras listas pelos mais variados veículos de comunicação, especialmente pelos focados em música e entretenimento que, até o momento desta postagem, já soltaram as suas e encheram a vida dos entusiastas com descobertas e recomendações. Então, chegou a hora de eu soltar as minhas também. Seguindo o que estabeleci em 2017, farei três postagens: esta, falando sobre alguns bons álbuns que foram lançados durante o primeiro semestre; outra sobre bons álbuns que saíram neste segundo semestre e que deve estar no ar ainda nesta semana; e, por fim, o tradicional melhores do ano, que planejo postar no dia 19.
Lembrando que estas duas primeiras postagens não possuem critérios de classificação, são apenas exposições sobre os trabalhos em ordem alfabética conforme os artistas. Além disso, elas não devem ser nenhuma surpresa caso você tenha acompanhado as postagens da minha coluna mensal Balanço Musical durante o ano, nas quais falei um pouco sobre todos os discos lançados neste ano que ouvi, o que inclui aqueles presentes aqui. De qualquer modo, nunca é demais reforçar recomendações, especialmente quando se trata de boa música.
Sem mais delongas, confira quais são esses 5 álbuns do primeiro semestre de 2018 que você deveria ter ouvido:
ALIEN WEAPONRY - TŪ
O final do ano também é o momento em que começam a ser divulgadas inúmeras listas pelos mais variados veículos de comunicação, especialmente pelos focados em música e entretenimento que, até o momento desta postagem, já soltaram as suas e encheram a vida dos entusiastas com descobertas e recomendações. Então, chegou a hora de eu soltar as minhas também. Seguindo o que estabeleci em 2017, farei três postagens: esta, falando sobre alguns bons álbuns que foram lançados durante o primeiro semestre; outra sobre bons álbuns que saíram neste segundo semestre e que deve estar no ar ainda nesta semana; e, por fim, o tradicional melhores do ano, que planejo postar no dia 19.
Lembrando que estas duas primeiras postagens não possuem critérios de classificação, são apenas exposições sobre os trabalhos em ordem alfabética conforme os artistas. Além disso, elas não devem ser nenhuma surpresa caso você tenha acompanhado as postagens da minha coluna mensal Balanço Musical durante o ano, nas quais falei um pouco sobre todos os discos lançados neste ano que ouvi, o que inclui aqueles presentes aqui. De qualquer modo, nunca é demais reforçar recomendações, especialmente quando se trata de boa música.
Sem mais delongas, confira quais são esses 5 álbuns do primeiro semestre de 2018 que você deveria ter ouvido:
ALIEN WEAPONRY - TŪ
O Alien Weaponry é um grupo formado por três jovens neozelandeses descendentes dos Maori, os povos nativos da região, que carregam tradições muito únicas como o haka (seus cânticos de guerra), popularizado mundialmente pelo time de rúgbi do país. O que o trio faz em Tū, seu trabalho de estreia, é unir estes ritmos e linguajares tribais com o Metal, em um caminho semelhante ao que foi feito pelo Sepultura com a música indígena brasileira em seus mais consagrados álbuns. O resultado é forte, pesado e criativo, com os estilos sendo combinados de um modo bem funcional. Um início com o pé direito para uma banda que devemos prestar atenção no futuro.
ARCTIC MONKEYS - TRANQUILITY BASE HOTEL & CASINO
Após 5 anos desde o lançamento de AM, que botou os indies de Sheffield no mainstream de forma definitiva, o Arctic Monkeys retornou aos estúdios e trouxe à luz seu mais recente lançamento. E ele não é nada que os fãs esperavam. Composto inteiramente por Alex Turner (no que poderia muito bem ser um álbum solo do vocalista), deixa de lado o apelo Pop dos trabalhos anteriores e traz uma sonoridade rebuscada, que na maior parte do tempo se distancia quase que por completo do Rock, além de temáticas complexas em suas letras, como ficção científica e críticas sociais. É um registro pouco acessível e que fez muita gente reclamar e xingá-lo, mas é indiscutível o cuidado com os arranjos e a produção, além da coragem da banda em dar tal guinada em sua carreira, experimentando outros caminhos. Não é um disco para se ouvir a qualquer momento, mas é bem recompensador quando há disposição para escutá-lo.
CAMILA CABELLO - CAMILA
Camila Cabello saiu do Fifth Harmony para buscar uma carreira solo. Não cabe a mim julgar se a decisão da artista foi correta ou não, mas seu primeiro trabalho longe de seu antigo grupo já fez por valer a pena. Camila apresenta a cantora confortável sendo o centro das atenções, esbanjando todo seu talento vocal através de composições que mesclam a música Pop com influências de ritmos latinos, algo explícito em seu maior sucesso, a canção Havanna. Uma audição agradável que me surpreendeu logo nos primeiros dias de 2018.
ELISE LEGROW - PLAYING CHESS
Belo, sutil, refinado. Estes são apenas alguns dos adjetivos que podem ser usados para descrever o último álbum lançado pela pouco conhecida cantora canadense Elise LeGrow, que combina sua voz única e pouco convencional a uma mescla de Pop, Jazz e Blues que, através de 11 ágeis faixas, conquista o ouvinte e faz com que ele revisite Playing Chess algumas vezes, tamanho o encanto que o resultado final causa. Um bom exemplo de combinação funcional de um som sofisticado que consegue ser acessível ao mesmo tempo.
SHAME - SONGS OF PRAISE
Lançado em janeiro de 2018, este álbum foi bradado aos ventos pela NME e outras publicações especializadas britânicas como a mais nova "salvação do Rock". Um exagero, convenhamos, mas o trabalho de estreia do Shame tem sim muitas qualidades. Apostando em um som que resgata muitos aspectos do Post-Punk oitentista (e em alguns momentos ecoa o clássico Entertainment! do Gang of Four), é um disco cheio de energia e algumas experimentações aliadas a um tempero mais Pop que são suficientes para cativar qualquer um que o ouça. Não irá salvar um gênero que nem sequer precisa ser salvo, mas é uma boa adição a seus representantes, com a banda podendo surpreender bastante em seus vindouros lançamentos.