sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Primeira imagem do Aquaman (vulgo AquaDrogo)!

Durante a última madrugada, o diretor Zack Snyder, que encabeçará os filmes "Batman v Superman: Alvorecer da Justiça" e "Liga da Justiça", soltou a primeira imagem do ator Jason Momoa caracterizado como Aquaman, um dos membros fundadores da equipe de heróis. Você pode conferi-la logo abaixo.


E o que eu achei? Bom, sem grandes surpresas. Desde o anúncio da escolha de Momoa para interpretar o personagem, eu já imaginava algo do tipo, com toques tribais e tudo mais. Mas, basicamente, está uma fusão de Khal Drogo, de "Game of Thrones", com Conan, outros dois papéis famosos do ator. E acho que uma imagem vale mais que mil palavras.


Também é possível perceber uma clara influência de um dos visuais mais conhecidos e badass de Aquaman nessa representação para o cinema. Só faltou o "gancho" no lugar da mão (o que pode ou não vir a acontecer nos próximos filmes... Nunca se sabe).


De qualquer forma, gostei da caracterização. Vai impor respeito a um personagem muito subestimado, que até hoje é zoado graças à sua representação no clássico desenho dos "Superamigos". Ele provavelmente de fazer uma breve aparição em "Batman v Superman", que estreia no Brasil em 24 de março de 2016. Por enquanto, só dá para esperar pelo melhor, mas o sr. Snyder está conseguindo cada vez mais conquistar minha atenção.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Poder Sem Limites, a crônica dos superpoderes no mundo real


Quando escrevi meu parecer sobre o trailer do vindouro novo filme do Quarteto Fantástico, disse no texto que havia ficado curioso para assistir ao filme anterior do diretor Josh Trank, "Poder Sem Limites" (ou "Chronicle"), lançado em 2012. Já havia visto boas críticas e elogios sobre ele em alguns lugares, especialmente no Omelete, que sempre o citam como um dos motivos para dar uma chance à próxima adaptação da equipe-família de heróis da Marvel. Achei a premissa interessante também, após a leitura da sinopse, e resolvi que daria uma chance ao longa.

Pois bem, fui assisti-lo um ou dois dias depois da publicação daquela postagem, sem saber ao certo o que esperar e com uma ideia bem vaga do que acontecia. Ao seu final, porém, percebi que estava diante de uma obra incrível, surpreendente e bem feita do cinema, diferente das coisas que já havia visto e com uma abordagem muito interessante sobre o gênero de heróis, superpoderes e tudo mais, o qual vem sendo cada vez mais bombardeado com novos filmes. Mas "Poder Sem Limites" difere de todos eles por ter ao seu lado o grande choque de realidade que apresenta ao espectador enquanto desenvolve o tema.

O filme começa de uma forma bem descompromissada, com o jovem Andrew (Dane Dehaan, o Duende-Verde de "O Espetacular Homem-Aranha 2") realizando filmagens amadoras de seu cotidiano, sua escola e seus colegas. Em uma festa feita por alunos formandos, ele acaba se distanciando do local quando seu primo Matt (Alex Russell) e seu amigo Steve (Michael B. Jordan) encontram um buraco que sempre foi uma lenda urbana na região. Os três acabam entrando nele, que na verdade é um túnel subterrâneo, e encontram em seu fim diversos cristais reluzentes cravados na parede. Nenhum deles sabe o que é aquilo, mas ficam fascinados, até que começam a passar mal, seus narizes começam a sangrar, o local dá indícios de que irá colapsar e... Essa parte da filmagem acaba, e corta direto para um registro do primeiro contato dos adolescentes com seus recém adquiridos poderes. E é aí que tudo passa a acontecer.

Gosto de pensar que "Poder Sem Limites" tem duas partes muito bem definidas e autoexplicativas: a "zoeira inconsequente" e a "tragédia anunciada". A primeira mostra de uma forma clara e realista o que aconteceria se três garotos jovens, em plena adolescência, ganhassem poderes telecinéticos. Porque, convenhamos, quem neste mundão iria sair fantasiado por aí, prendendo criminosos e seguindo um código de ética absurdo logo de cara caso isso lhe acontecesse com seus 17/18 anos? Qualquer moleque iria fazer o que é lógico para a idade: zoar tudo e todos, impressionar umas garotas, tornar-se popular fazendo coisas que ninguém iria entender muito bem, mas todos achariam o máximo. E é justamente isso que o trio de protagonistas realiza com maestria em sequências divertidas e de tom totalmente descontraído, numa mistura de "Jackass" com "Superbad" somada à Força de "Star Wars", enquanto desenvolvem suas personas, explicam suas situações e fortalecem cada vez mais suas relações de amizade e companheirismo, tudo graças às habilidades que receberam.

Já o segundo ato... Não dá para falar explicitamente dele sem estragar toda a surpresa. Não é nada realmente surpreendente para quem está assistindo, afinal a construção dos personagens vai dando dicas sutis, porém importantes, ao decorrer de toda a primeira parte, mas simplesmente jogar isso no texto acabaria com toda a graça (sim, é um spoiler colossal). Tudo o que posso dizer é que uma série de eventos infortúnios acaba acarretando em grandes complicações para todos os lados, que desemboca num desfecho épico, digno das melhores adaptações de herói de quadrinhos existentes no mercado. Aliás, acho que muito da batalha final em Metrópolis de "O Homem de Aço" está presente aqui, só que de uma maneira que, ao meu ver, foi melhor executada, fez mais sentido e foi, de fato, uma filmagem amadora (ao contrário daquela fotografia bisonha, tremida e sem sentido que Zack Snyder usou em sua releitura do Superman).

Mas e quanto ao choque de realidade que citei no começo do texto? Por incrível que pareça, ele é o melhor aspecto de todo o filme. Como dito anteriormente, os personagens e suas relações vão evoluindo ao decorrer da película, explicando suas pouco simples histórias de fundo. Cada um dos três jovens representa um estereótipo conhecido dos colegiais americanos: Andrew é tímido e tem problemas familiares, Matt tem uma vida estável e é um daqueles cults descolados diferentões, e Steve é o popular, presidente de classe e tudo mais. Tudo isso é trabalhado de uma forma simples, porém eficiente, através da trama, e é o que ganha o espectador, que sente os dramas, os conflitos, e acaba se solidarizando com eles, afinal são casos realistas que poderiam acontecer com qualquer um. O estilo de documentário amador só facilita essa aproximação, o que justifica perfeitamente seu uso aqui.

Diversão, drama, ação, superpoderes. Esses são só alguns dos pontos fortes de "Poder Sem Limites", que ainda conta com fortes atuações (especialmente de Dane Dehaan) e uma fotografia deveras interessante e muito bem executada. É possível resumir o longa metragem com a seguinte frase: "com grandes poderes, vem nenhuma responsabilidade... até as coisas começarem a dar errado". Há planos para uma sequência, mas ela não terá envolvimento de Josh Trank e do roteirista Max Landis, então simplesmente não dá para saber o que esperar. O fato é: gostei muito do que vi aqui, e deu para perceber que o novo Quarteto Fantástico está em ótimas mãos. Um filme recomendado para qualquer um, fã de super-heróis ou não.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Homem-Aranha, (finalmente) de volta ao lar


Acordei hoje achando que seria mais um dia OK, pra cumprir tabela e sem esperar grandes coisas. Eu não poderia estar mais enganado. Logo pela manhã fiquei sabendo, por intermédio de um amigo que viu um tweet de uma página nada a ver com o assunto, que a Marvel e a Sony chegaram a um acordo para compartilharem o Homem-Aranha no cinema. Fomos atrás de mais informações em fontes confiáveis e era realmente verdade. Nunca na minha vida fiquei tão animado com uma notícia, talvez só quando anunciaram Batman v Superman com inspiração na HQ "Batman: O Cavaleiro das Trevas", o primeiro trailer de "Star Wars: O Despertar da Força" e uma adaptação do arco "Guerra Civil" para o cinema no terceiro filme do Capitão América.

Não tem como eu ficar mais animado com essa bomba que pegou o mundo de assalto em plena calada da noite (o anúncio foi feito por volta das 3h da manhã aqui no Brasil). O Homem-Aranha é meu personagem favorito dos quadrinhos (junto com o Batman), fez parte da minha infância, adolescência e nesse início da vida adulta, tem ótimas histórias e arcos e é o herói mais próximo de um cidadão comum que existe. Mas ele vinha sendo judiado no cinema já faz um tempo, desde o tenebroso "Homem-Aranha 3" e nos dois filmes do reboot "O Espetacular Homem-Aranha", que, apesar de eu não odiar como muitos fazem, assumo que ambos são adaptações BURRAS e longas medíocres, que tem na atuação de Andrew Garfield (o qual é fã do aracnídeo desde criança) e em sua química com Emma Stone os seus melhores momentos (fora essa música sensacional). Ao mesmo tempo, a Marvel vinha fazendo um trabalho exemplar com seu Universo Cinematográfico, levando às telas produções excelentes como "Homem de Ferro", "Os Vingadores", "Capitão América: O Soldado Invernal" e "Guardiões da Galáxia", então eu torcia para que o estúdio conseguisse os direitos do aracnídeo e integrasse-o ao plano.

Com o famigerado vazamento dos emails da Sony, ficamos sabendo que existiam de fato negociações entre a Sony Pictures e a Marvel Studios para compartilhar o personagem, assim algumas ideias bizarras, como um filme do Sexteto Sinistro com o teioso como personagem secundário, um filme das mulheres do universo do Homem-Aranha e um filme focado na TIA MAY (!!!). Infelizmente, ninguém sabia exatamente por quantas andavam essas conversas, até que hoje foi confirmado que finalmente chegaram a um acordo e um NOVO Homem-Aranha aparecerá em um dos próximos filmes da Marvel (grandes chances de ser em "Capitão América: Guerra Civil", inclusive há fontes que já cravam isso) e receberá um novo filme solo em 27 de julho de 2017 (provável data brasileira, enquanto o resto do mundo o receberá no dia 28), com Kevin Feige da Marvel e Amy Pascal da Sony produzindo o longa. O acordo também diz que a Sony financiará as adaptações, terá a palavra final sobre elas e irá financiá-las, enquanto a Marvel não pagará nada e terá a liberdade e direção criativa para fazerem o que sabem de melhor e assim trazer qualidade de volta à franquia. Avi Arad e Matt Tolmach ficaram apenas como produtores executivos.

Acho que já deu pra perceber que, para mim, essa é a melhor coisa que poderia acontecer com o teioso. A Marvel sabe o que faz, e pudemos ver a prova cabal disso com "Guardiões da Galáxia", uma equipe de personagens C ou D da editora e que hoje é uma das maiores sensações da Casa das Ideias graças a um filme excelente. Eles tem a competência para botar o Aranha de volta nos trilhos e ainda o inserir em seu Universo Cinematográfico de forma natural e eficiente. Tudo o que eu espero é que não contem pela terceira vez a história de origem de Peter Parker, e sim façam breves referências e partam logo para o que interessa: ação e uma trama convincente, sem melodramas desnecessários. Ah, e é quase certo que Andrew Garfield não voltará ao papel, então que escalem algum cara jovem e bom ator, de preferência pouco conhecido e que possa convencer como um nerd tímido que se modifica totalmente ao usar o clássico traje.

"Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades." Essa frase nunca teve tanto sentido quanto hoje. Está tudo em suas mãos, Marvel, então por favor não nos decepcionem. E eu sei que não irão.

"Kept you waiting, huh?"

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O maravilhoso mundo do streaming


Há não muito tempo, a vida dos fãs de filmes ou séries de TV era difícil. Quem não tinha dinheiro para ir ao cinema tinha que esperar por anos para conseguir ver aquele esperado "lançamento" nas telas da TV aberta, e ficar refém de uma grade horária inconstante que nem sempre passava algo de sua preferência. Foi uma época complicada, em que esse tipo de coisa não tinha as proporções colossais que possui atualmente. Muito disso se deve justamente à dificuldade de ter acesso a esse tipo de material. Colecionar era pior ainda: ou se comprava o VHS (!!!) original, ou então era necessário esperar para gravar em fita quando estivesse passando na TV (a não ser que a pessoa não ligasse de ter comerciais no meio do longa/episódio, aí ela poderia simplesmente programar seu aparelho gravar durante o horário da exibição, e isso quando este tinha tal opção).

Anos depois, surgiu um advento ainda muito usado e popular por todo o mundo: a TV a cabo. Com canais dedicados a determinados tipos de programação e uma grande variedade de shows para os mais diversos gostos, foi algo que certamente permitiu uma aproximação maior do público com todo o material que desejava. Filmes estreavam com mais rapidez nos canais exclusivos, assim como séries eram exibidas com menor tempo de diferença em relação ao que rolava fora do Brasil. Ao mesmo tempo, os primeiros DVDs apareciam no mercado, sendo uma opção melhor e mais rentável para os colecionadores.

Enquanto isso, ao mesmo tempo que a TV a cabo cresceu e criou seu próprio mercado, outro meio de comunicação foi se desenvolvendo, silenciosamente e sem a mínima ideia do sistema praticamente sem limites que se tornou hoje: a internet. Em determinado momento, as pessoas começaram a fazer o upload e download de filmes e séries nos mais diversos sites existentes, o que possibilitou com que elas tivessem acesso ao que elas quisessem quase que imediatamente. O problema é que isso agravou a pirataria em todo o mundo, e os governos do mundo todo, junto com as grandes empresas do entretenimento, começaram uma cruzada (que até hoje não viu fim) contra esse tipo de prática, fazendo de tudo para derrubar tais sites (quase sempre sem sucesso) e, em casos mais extremos como o da Alemanha, criando multas pesadas para quem realizar downloads ilegais.

A música seguiu basicamente o mesmo caminho: rádio, discos de vinil, fita cassete, CD e downloads, sendo pioneira nesse caso. E pioneira nos casos judiciais contra a pirataria, como é possível recordar do conhecido episódio envolvendo o serviço de downloads P2P Napster e o Metallica, que foi contra o programa após saber que a demo da canção "I Disappear", que seria lançada como trilha sonora do filme "Missão Impossível 2", já estava disponível por lá, gratuitamente. Foi um dos marcos iniciais de toda a luta contra a ilegalidade na internet, e um dos que mais obteve resultados, já que o Napster nunca mais foi o mesmo após a derrota (o que culminou no surgimento de inúmeros clones e similares por toda a internet).

O caso foi tão sério que o próprio baterista Lars Ulrich compareceu às audiências. E provavelmente foi aí que sua calvície começou a se agravar.

Após tentativas de pouco sucesso como a venda de arquivos digitais por lojas online, eis que se torna popular uma das melhores, mais eficientes e simples ideias para combater downloads ilegais: os serviços de streaming. O princípio é o mesmo de sites como o Youtube e outros reprodutores de vídeos, mas aplicada de uma forma muito maior: transmitindo diversos filmes e séries legalmente, e tudo na hora que você quer. Claro que, justamente por conta do licenciamento, os sites tem um preço mensal a ser pago, mas ele é quase irrisório quando se pensa no enorme catálogo a sua disposição. A exceção a essa regra é o Crackle, que é gratuito, mas sua lista de títulos é mais fraca que a dos concorrentes e boa parte do material é de propriedade da Sony Pictures (que também é dona do domínio).

Cada um desses serviços, apesar de terem o mesmo propósito, funciona de um jeito diferente. O Hulu, por exemplo, disponibiliza episódios de séries logo após sua exibição na TV (caso você assine o pacote "Plus", mas eles aparecem para os usuários comuns poucos dias depois), mas não tem grandes filmes a seu dispor. A Netflix, por outro lado, tem uma fantástica coleção de filmes, geralmente atualizada com os principais lançamentos, mas os episódios das séries só ficam disponíveis após estas terminarem de exibir suas temporadas completas na televisão (com exceção de "Better Call Saul", que seguirá o esquema do Hulu, ao menos aqui no Brasil). Além disso, o catálogo deles não é fixo, então não é garantia de que você sempre poderá ver seus programas ou longas favoritos na hora que quiser, pois, em algum momento, eles serão trocados por outros. Isso não é de todo ruim, pois sempre há renovação de títulos, porém é triste ver algo que você gosta simplesmente desaparecendo do site e sem garantia de que retornará um dia.

Uma das coisas mais legais dos streamings de vídeo, além da praticidade e comodidade que oferecem, é a possibilidade de bancarem a produção de conteúdo, seja algo original ou não. A Netflix tem suas séries próprias, como "House of Cards", "Orange Is The New Black" e "Marco Polo" (entre diversas outras), produzirá episódios exclusivos para os heróis urbanos da Marvel, como Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro e grupo formado pelos quatro, Os Defensores, e detém os direitos de produção da cultuada comédia "Arrested Development" (que é, com toda certeza, uma das coisas mais engraçadas que já assisti na vida), fora documentários e outras exclusividades. Há também a aclamada série "Transparent", produção da Amazon Studios, e a sexta temporada de "Community", que será feita pelo Yahoo Screen. E, para citar um caso mais recente, tivemos o cancelamento das exibições do filme "A Entrevista" nos cinemas dos Estados Unidos, de modo que a Sony voltou atrás e o disponibilizou pelo Youtube e outros serviços.

Como citei acima, música e vídeo sempre caminharam de forma próxima. E claro que dessa vez não foi diferente. Existem também serviços de streaming de música, entre eles o Spotify (de quem eu já falei brevemente aqui), Deezer, Rdio, Pandora e (pasmem) Napster. Também pagos (com exceção do Spotify, que tem sua versão gratuita, porém com propagandas), eles oferecem catálogo enormes, com cerca de 30 milhões de músicas cada, que só diferem por um ou outro artista, que concedeu ou não seus direitos, e pelas interfaces. Há neles um sistema de recomendações de acordo com o que você ouve (que é ótimo a descoberta de novos artistas), além da possibilidade de divulgar seus próprios trabalhos, caso você seja músico, e ainda receber algo de acordo com a quantidade de vezes que ele foi escutado. Infelizmente, apesar dos vasta lista de faixas, é impossível conseguir 100% do conteúdo do mundo da música, e, entre aquilo que falta, os mais sentidos são The Beatles, AC/DC e a cantora pop Taylor Swift, que se rebelou contra esse tipo de serviço no ano passado.

Alguns dos vários dispositivos nos quais você pode desfrutar da Netflix, bem como dos demais serviços.

Todas essas vantagens, entretanto, só são plenas no exterior, com ênfase nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, o streaming ainda caminha a passos curtos, mesmo com os enormes avanços em 2014, com a chegada do Spotify, do Deezer e do Rdio ao país com seus catálogos completos. A Netflix possui uma disponibilidade de títulos ainda aquém de sua contraparte internacional, apesar de estarem sempre trabalhando para melhorar a experiência e diminuir essa desvantagem. O Crackle é quase irrelevante e risível por aqui, a Amazon ainda está se adaptando ao mercado nacional e o Yahoo Screen produz seus próprios conteúdos, mas nada muito expressivo. As TVs a cabo disponibilizam seus próprios serviços "on demand", mas eles só estão disponíveis para os assinantes dos pacotes mais caros. O Pandora e o Hulu não existem fora dos EUA, e só podem ser acessados através de serviços VPN, proxys e com o uso de cartões internacionais. E acredito que todos conhecemos a qualidade da internet móvel nessa terra, com um 3G terrivelmente instável e um 4G que só está disponível para um número limitado de cidades, ou seja, ainda é impossível abolir por completo os downloads de sua vida. Entretanto, quando você está no aconchego de sua casa ou em locais com conexão estável, os serviços se mostram bem úteis e vantajosos, especialmente quando você precisa passar o tempo ou está viciado em alguma série ou artista.

Eu sou um adepto do streaming. Uso a Netflix e o Spotify em casa, e toda minha família aproveita os serviços, especialmente o de vídeo. É simplesmente muito bom poder ver ou ouvir as coisas que você quer com apenas alguns cliques, sem espera, sem demora e sem a possibilidade de pegar qualquer vírus. Os filmes e séries ainda vem com a opções de dublagem ou áudio original, com a legenda acompanhada, é claro. É algo cômodo, prático e bem executado. E acredito que tais ferramentas terão um impacto ainda maior na indústria do entretenimento no futuro, com grandes filmes sendo produzidos, pelo menos em parte ou com parcerias, por essas empresas. Algo que eu gostaria de ver também é um catálogo fixo, vasto e cada vez mais em expansão para a Netflix, dando fim a esse rodízio de títulos. Seja lá o que for acontecer nos próximos anos, só consigo esperar por melhorias e grandes inovações para essa ideia, que certamente é uma das melhores e mais interessantes já tidas pela humanidade (pelo menos por hora, até que criem algo ainda mais revolucionário e acessível).