segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

BALANÇO MUSICAL - Janeiro de 2020


Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês.

Janeiro foi arrastado. Uma mudança em relação ao últimos meses -- cuja sensação foi de que desapareceram diante de meus olhos --, é verdade, mas os últimos 31 dias foram atribulados, atarefados, cansativos e, para piorar, assombrados pelas mortes de personalidades importantes e admiráveis. Apesar disso tudo, não foi ruim. Na verdade, foi até bem divertido, interessante e, em alguns aspectos, um tanto importante. E acredite no que digo, pois já tive minha cota de janeiros ruins, então se digo que não foi, é porque não foi.

E sabe qual é o maior indicativo para isso? Música (para mim, pelo menos). Já comecei 2020 com os dois pés na porta nesse quesito, consumindo em níveis elevados, conhecendo muita coisa boa e me superando de forma inesperada. Mas infelizmente não posso confiar 100% no reportado pelo meu last.fm nesse mês, pois ele parou de funcionar várias vezes e eu acredito que tenha deixado de registrar pelo menos umas 200 execuções entre as duas primeiras semanas (ele simplesmente não pegou NADA do que ouvi no dia 5). Seja como for, o resultado final acusado pelo site ficou com 3.298 scrobbles, os quais incluem 749 artistas, 1.456 álbuns e 2.311 faixas diferentes. Números altíssimos, é verdade, mas apenas imaginem se tudo realmente tivesse sido incluso... Extraoficialmente, dá para dizer que esse foi o período em que mais ouvi música em toda minha vida, algo evidenciado pelo fato de que bati meu recorde diário (158) DUAS VEZES, uma no dia 19 (169) e outra em 25 de janeiro (174). E acho que não tem como superar essa última marca.

Mas é engraçado pensar que tudo isso se deu em um momento especial: no ANIVERSÁRIO DE TRÊS ANOS DO BALANÇO MUSICAL. Eu adoro meu projeto, pois eu amo música, amo escrever, e amo escrever sobre música. Só que, ultimamente, eu não estou exatamente escrevendo sobre música aqui, apenas falando um pouco da minha vida pessoal, jogando meus números de consumo no texto e fazendo (várias) indicações. As mudanças feitas no último ano não me deixaram completamente satisfeito, afinal, então me vejo obrigado a novamente mexer nos DESTAQUES DO MÊS. Dessa vez, o que tenho em mente é continuar com o formato atual de recomendações, mas escrever sobre uma delas em cada categoria de forma mais detalhada, além de mencionar os gêneros e subgêneros, bem como incluir algumas imagens (sempre que possível). Acho que esse é o formato que sempre procurei para os posts e espero que funcione bem.

Como eu disse antes, muita coisa boa passou pelos meus ouvidos nesse janeiro último, e tive a oportunidade de conhecer várias novidades interessantes. O predomínio foi, em geral, do Rock mas, como sempre, dando espaço para alguns outros estilos (e acho que vale destacar que, comparado aos meses anteriores, o Metal teve uma participação consideravelmente menor nesses últimos 31 dias). Você pode conferir isso por si mesmo a seguir:

ARTISTAS DO MÊS:


- Rush (Rock Progressivo): o mundo perdeu o baterista e compositor Neil Peart no último dia 07 de janeiro (a notícia de seu falecimento só foi divulgada no dia 10), algo que mexeu comigo profundamente. O trio canadense é uma das minhas bandas favoritas não apenas pelo seu som, mas também pelas letras de suas músicas, que contam desde histórias épicas calcadas em ficção científica até relatos pessoais com os quais muito me identifico, sendo elas, em sua vasta maioria, de responsabilidade do falecido percussionista. Descanse em paz, Neil, você merece por tudo o que aconteceu em sua vida, e obrigado por tantas obras maravilhosas.

Também destaco:

- David Bowie (Rock)

- Queen (Rock)

- Blind Guardian (Power Metal)

- Metallica (Thrash Metal)

- Demons & Wizards (Metal)

ÁLBUNS DO MÊS:


 - Sons of Apollo - MMXX (Hard Rock, Metal Progressivo; 2020): é engraçado pensar que, com apenas 17 dias, 2020 já ganhou um forte candidato a melhor álbum do ano. Sucessor do já avassalador Psychotic Symphony (2017), o grupo formado por Jeff Scott Soto (vocal), Ron "Bumblefoot" Thal (guitarra), Billy Sheehan (baixo), Derek Sherinian (teclado) e Mike Portnoy (bateria) vem ainda mais afinado e ressaltando suas qualidades em um disco para ninguém botar defeito. Mais que recomendado.

Também destaco: 

- Anika Nilles / Nevell - For a Colorful Soul (Pop Progressivo; 2020): apesar de não ser meu principal destaque, fica meu apelo para também conferirem esse, que vale MUITO a pena!

- Rage - Wings of Rage (Thrash Metal; 2020)

- British Lion - The Burning (Hard Rock; 2020)

- Magnum - The Serpent Rings (Rock; 2020)

- Petshop Boys - Hotspot (Pop, Eletrônico; 2020)

- Blackbird & Crow - Ailm (Folk Rock; 2020)

- My Chemical Romance - The Black Parade (Emo, Hard Rock; 2006)

- Judas Priest - Defenders Of The Faith (Metal; 1984)

- Duran Duran - Seven and the Ragged Tiger (Pop; 1983)

- Jon & Vangelis - The Friends Of Mister Cairo (Pop Progressivo; 1981)

FAIXAS DO MÊS:

 - Marillion - Slàinte Mhath (Rock Progressivo; 1987): já não é de hoje que estou viciado no álbum Clutching At Straws e, depois do que foi esse janeiro, achei que essa música, que retrata pessoas falando de suas histórias até aquele momento e um ouvinte que nada pode fazer a não ser desejar "saúde" a elas, parecia a forma adequada de encerrar o primeiro mês do ano.

Também destaco:

- The Night Flight Orchestra - Divinyls (Rock, AOR; 2020)

- Avenged Sevenfold - Set Me Free (Hard Rock; 2020)

- Noel Gallagher's High Flying Birds - Dream On (Rock; 2011)

- Huey Lewis And The News - Heart and Soul (Pop Rock; 1983)

- Lionel Richie - All Night Long (All Night) (Pop; 1983)

- Bruce Springsteen - Hungry Heart (Rock; 1980)

- Elvis Costello - What's So Funny About Peace, Love and Understanding? (Rock; 1979)

Por fim, confira a playlist que elaborei durante janeiro de 2020: