segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

BALANÇO MUSICAL - Novembro de 2020

(arte por Paulo Moreira)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto hoje, porque eu ESQUECI de escrever).

Novembro se foi e é isso. OK, injusto resumir assim, pois tivemos eleições e a "Batalha por São Paulo" (que perdemos, mas a luta continua), Black Friday, lançamento de Spider-Man: Miles Morales e que, particularmente, finalizei The Last of Us: Part II e voltei a Persona 5 para garantir o 100%, em meio a muito trabalho e correria. No entanto, a sensação que me ficou do mês é que ele só esteve aí para cumprir tabela mesmo, enquanto aguardamos o tão esperado encerramento de 2020, um ano ainda mais desgraçado que os anos desgraçados que o antecederam. E não que os prospectos para 2021 sejam muito animadores, mas pelo menos a chegada do fim nos dá um alívio e renova nossas energias e esperanças, ainda que brevemente.

Porém, vamos falar do que realmente importa: música. Como já havia antecipado na publicação anterior, novembro realmente teve uma queda em meus números, mas que não chegou ao que aconteceu em setembro. Segundo meu last.fm, foram 2.798 reproduções no último mês (média de 93 por dia), que contaram com 500 artistas, 795 álbuns e 2.400 faixas diferentes. Figuras altas, realmente, e longe do esperado para uma pessoa "normal", mas também longe do meu melhor. E já adianto: aguardem pela postagem de dezembro, vocês vão se sentir como se fosse 2018.

E o que, exatamente, se passou pelos meus ouvidos em novembro? Aquilo que vocês já sabem: Rock, Metal, e pitadas de Blues, Jazz e Pop oitentista, em uma seleção que incluiu clássicos, lançamentos e algumas surpresas que pegaram o mundo de assalto. E você pode saber mais em meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- Pearl Jam (Grunge, Hard Rock, Rock): não posso negar que a escolha foi por exclusão, mas o fato é que o grupo foi presente e importante em meu novembro, seja por sua presença na trilha sonora de The Last of Us: Part II, seja por eu estar me aprofundando cada vez mais na discografia dessas lendas de Seattle. E não que seja novidade, mas eles são bons, muito bons.

Destaco também:

- U2 (Rock, Pop Rock, Post-Punk)

- Ozzy Osbourne (Metal, Hard Rock)

- Megadeth (Thrash Metal, Metal, Hard Rock)

ÁLBUM DO MÊS:


- AC/DC - Power Up (Rock, Hard Rock; 2020): francamente, minha escolha não poderia ser diferente. Como eu já disse sobre Shot In The Dark, primeiro single divulgado, esse trabalho é exatamente o que o mundo precisava nesse ano tão anormal: alguma sensação de normalidade, com o AC/DC apresentando sua já famigerada sonoridade que segue empolgando mesmo sem mudar quase nada em mais de 45 anos de carreira. Mas Power Up traz frescor ao explorar elementos e compassos até então inéditos na vasta discografia do grupo, justamente onde mora a magia do álbum. Sei que quase todo mês venho e aponto algum disco como um dos melhores do ano, só que, sério, tem como não?

Destaco também:

- Tyler Bryant & The Shakedown - Pressure (Hard Rock; 2020)

- The Allman Betts Band - Bless Your Heart (Southern Rock; 2020)

- Black Stone Cherry - The Human Condition (Hard Rock; 2020)

- Alanis Morissette - Such Pretty Forks in the Road (Rock Alternativo; 2020)

- Marilyn Manson - We Are Chaos (Metal, Industrial, Metal Alternativo; 2020)

- Fates Warning - Long Day Good Night (Metal Progressivo; 2020) -- não fosse pelo AC/DC, meu destaque seria esse

- J.D. Simo - JD Simo (Blue Rock; 2020)

- Midnight Oil - The Makarrata Project (Rock Alternativo; 2020)

- The Smashing Pumpkins - Ramona (Rock Alternativo, Pop Rock; 2020)

- Moonspell - 1755 (Gothic Metal; 2017) -- trabalho conceitual, inteiramente em português, narrando a tragédia do dia 1º de novembro de 1755, que eu me arrependo de não ter ouvido quando lançado

- Savatage - Edge of Thorns (Metal; 1993)

- Rory Gallagher - Tattoo (Rock; 1973)

FAIXAS DO MÊS:


- System of a Down - Genocidal Humanoidz (Metal; 2020): depois de 20 anos desde seu último lançamento em estúdio, o System of a Down se reuniu para gravar duas faixas em protesto a toda a violência que vem ocorrendo na Armênia: Protect The Land e Genocidal Humanoidz, com toda a renda sendo revertida em favor das vítimas no país. Duas pedradas com a qualidade típica da banda, e escolhi a segunda por ter me agradado mais, com seu ritmo acelerado e vocais impecáveis tanto de Daron Malakian quanto de Serj Tankian.

Destaco também:

- Angra - Rebirth (Metal; 2001)

- Sting - Englishman In New York (Jazz, Pop; 1987)

- Arcadia - Election Day (Pop, Pop Rock; 1985)

- The Romantics - Talking In Your Sleep (Pop Rock, New Wave; 1983)

Confira, por fim, a playlist feita durante novembro de 2020:


quarta-feira, 11 de novembro de 2020

BALANÇO MUSICAL - Outubro de 2020

(Arte por Daniel Warren Johnson)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto hoje, porque prioridades).

Tenho sentimentos conflitantes quanto a outubro. O mês parece que se passou num estalar de dedos, mas também foi pesado, cansativo. Olho para trás e acho que não fiz nada mas, pensando em retrospecto de forma mais minuciosa, vejo fiz VÁRIAS coisas. E aumentando ainda mais esse dualismo, começou com um enorme calor e terminou mais frio que o Inverno. Foi um período realmente louco e estranho desse ano, que contou com alegrias, tranquilidade, preocupação, estresse, decepções e uma enorme tristeza pela morte de Eddie Van Halen. Sabe-se lá qual o propósito disso tudo, só espero ter resposta nos próximos capítulos dessa história repleta de reviravoltas e emoções.

Em meio a isso tudo, claro que eu só poderia buscar refúgio na música. E como eu já havia dito na publicação anterior, outubro marcaria um novo pico de presença musical em minha vida. Não deu outra: segundo meu last.fm, foram 3.478 reproduções nos últimos 31 dias (uma média de 112 por dia), que incluíram 595 artistas, 1.099 álbuns e 3.010 faixas diferentes, fazendo com que o mês se tornasse o meu segundo maior até o momento. Mas esses números elevados devem voltar a cair nesse novembro, nem que seja um pouco (ou pode ser outra queda drástica como a de setembro).

Quanto ao que eu ouvi, foi aquilo de sempre: Rock, Metal, com talvez uma ou outra surpresa, mas não dá pra dizer que foi de baixa qualidade. Inclusive, conferi vários lançamentos incríveis em outubro, assim como trabalhos que não conhecia. E tudo isso pode ser conferido em meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo:

ARTISTAS DO MÊS:


 - Van Halen (Hard Rock): não tinha como ser outro. A morte de Eddie me abalou profundamente e fez com que eu repassasse toda a discografia da banda nos dias subsequentes. Não que isso já não seja fato, mas que guitarrista fantástico ele foi, alguém que sabia entreter seu público, com uma presença de palco invejável. Fique em paz, lenda, e obrigado por tudo.

Destaco também:

- U2 (Rock, Pop Rock)

- Black Sabbath (Metal, Hard Rock)

- INXS (Pop Rock)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Joe Bonamassa - Royal Tea (Rock, Hard Rock, Blues; 2020): Joe Bonamassa é incrível e parece nunca cansar de surpreender. O guitarrista procurou se inspirar no Rock britânico em seu mais recente trabalho e acabou por demonstrar, mais uma vez, toda sua versatilidade, em uma tracklist que consegue soar coesa ao mesmo tempo que o mostra muito à vontade, explorando quase todos os gêneros que ele mais gosta. Um dos grandes trabalhos do ano, sem dúvida.

Destaco também:

- Bruce Springsteen - Letter To You (Rock; 2020) -- quase coloquei esse como destaque principal por motivos de: The Boss em um trabalho leve e prazeroso de se ouvir

- Fontaines D.C. - A Hero's Death (Rock, Indie Rock, Post-Punk; 2020)

- Bon Jovi - 2020 (Rock, Pop Rock; 2020) -- um trabalho recente do Bon Jovi que não foi uma porcaria completa merece destaque

- Jon Anderson - 1000 Hands (Rock Progressivo, Pop, World Music; 2020)

- The Struts - Strange Days (Rock, Pop Rock; 2020) -- outro dos grandes do ano

- Corey Tayler - CMFT (Rock, Hard Rock, Metal, Country, Rap; 2020) -- mais um destaque de peso

- Northward - Northward (Metal Sinfônico, Hard Rock; 2018)

- At The Drive-In - Relationship of Command (Rock, Post-Hardcore; 2000) -- o álbum que definiu a sonoridade da década de 2000 completou 20 anos

- Ozzy Osbourne - Ozzmosis (Metal; 1995) -- 25 anos de um dos últimos grandes trabalhos do Príncipe das Trevas

- No Doubt - Tragic Kingdom (Rock, Ska, Punk; 1995) -- um dos melhores trabalhos da década de 1990 também completou 25 anos desde seu lançamento

- Savatage - Hall of the Mountain King (Metal; 1987)

- Warlock - Triumph And Agony (Metal; 1987)

- Dokken - Tooth And Nail (Hard Rock; 1984)

- Talking Heads - Remain in Light (Rock, New Wave; 1980) -- 40 anos desse trabalho maravilhoso

- Blondie - Parallel Lines (Rock, Pop Rock, New Wave; 1978)

- Otis Redding & Carla Thomas - King & Queen (Soul, Blues, R&B; 1967) -- façam um favor e ouçam isso aqui

FAIXAS DO MÊS:


- AC/DC - Shot In The Dark (Rock; 2020): o AC/DC pegou todo mundo de assalto com a divulgação de seu novo álbum, PWR UP, e lançou essa faixa que não poderia soar mais AC/DC do que isso, e é justamente o final desse ano tão atípico precisava -- alguma sensação (reconfortante) de normalidade.

Destaco também:

- Steven Wilson - Eminent Sleaze (Pop Progressivo, Rock; 2020) -- sonoridade deliciosa que em muito me lembrou da trilha sonora de Persona 5

- Greta Van Fleet - My Way, Soon (Rock; 2020) -- a música que veio pra mostrar para o mundo que eles, definitivamente, não são mera cópia do Led Zeppelin

Confira, por fim, a playlist feita durante outubro de 2020:

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

BALANÇO MUSICAL - Setembro de 2020

(Arte pertencente a Atlus Co., Ltd. e Sega Corporation, todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincidir com o primeiro dia).

Setembro foi OK. Quer dizer, não foi muito diferente dos meses anteriores, não foi memorável, e também não foi horroroso. Completei seis meses em quarentena (mais uma vez, meus irônicos agradecimentos às autoridades políticas e a sociedade civil) e, embora esteja um tanto quanto acostumado a ficar em casa por longos períodos após mais de um ano de desemprego entre 2018 e 2019, a rotina de estar na rua e o contato com outros seres humanos está fazendo falta. Mas como já disse no último mês e repito aqui, Persona 5 me ajudou. Terminei o jogo no último dia 24 (com 150 HORAS INVESTIDAS) e toda sua dinâmica de simulação social, seus personagens fantásticos e trama envolvente - fora, claro, todos os elementos de RPG - não substituíram as relações reais, mas foi o mais próximo que cheguei desde março. Espero conseguir escrever mais sobre isso em breve.

Claro que tanto tempo jogando me fez dedicar menos dos meus períodos livres para outras atividades, inclusive a música (e não, eu não iria ouvir músicas pelo Spotify enquanto jogava, pois a trilha sonora de Persona 5 é fantástica e, sinceramente, torço para um dia chegar nos serviços de streaming no ocidente). Então, setembro acabou tendo uma queda e tanto em relação ao resto do ano: segundo meu last.fm, foram 2.560 reproduções (uma média de 85 por dia), que incluíram 562 artistas, 794 álbuns e 2.283 faixas diferentes. Foi o menor número absoluto desde dezembro de 2019, algo que já havia previsto em minha postagem anterior, mas acredito que torne a subir no mês corrente.

Apesar dessa baixa nos números, setembro ainda contou com bons lançamentos, boas descobertas e só música de qualidade. Novamente, não teve muito espaço para pluralidade de gênero, novamente se concentrando no Rock e no Metal, mas há uma ou outra surpresa entre minhas escolhas, e você pode saber mais sobre elas nos meus DESTAQUES DO MÊS logo baixo:

ARTISTA DO MÊS:


- Iron Maiden (Metal, Metal Progressivo): foi uma surpresa mesmo para mim, pois já tem um tempo que não vinha escutando a banda com a mesma frequência. Devem ter sido os vários álbuns da Donzela de Ferro que fizeram aniversário no último mês (inclusive meu favorito, Somewhere In Time). De qualquer forma, nada mais justo que uma das bandas que mais ouvi na vida ocupar a posição.

Destaco também:

- Rush (Rock, Rock Progressivo, Hard Rock)

- Paul McCartney (Rock, Pop Rock)

- David Bowie (Rock)

- Guns N' Roses (Hard Rock)

- Steely Dan (Rock, Jazz Fusion)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Talisman - Life (Hard Rock; 1995): Talisman foi uma das minhas melhores descobertas musicais de 2020 - já havia mencionado em minha publicação de maio - e retornou nesse setembro com o aniversário de 25 anos de Life, um trabalho consistente de ritmo frenético que te faz ouvir repetidas vezes (e ainda conta com um ótimo cover da música Crazy, do Seal).

Destaco também:

- Fantastic Negrito - Have You Lost Your Mind Yet? (Blues, R&B, Funk, Rock; 2020)

- Lamb of God - Lamb of God (Thrash Metal, Groove Metal; 2020)

- John Petrucci - Terminal Velocity (Metal Progressivo; 2020)

- Metallica - S&M2 (Thrash Metal, Metal, Hard Rock; 2020)

- Volbeat - Beyond Hell / Above Heaven (Metal, Thrash Metal, Hard Rock; 2010) -- completou 10 anos recentemente

- Stone Sour - Audio Secrecy (Hard Rock, Metal; 2010) -- também completou 10 anos

- Dream Theater - Falling Into Infinity (Metal, Metal Progressivo; 1997)

- Oasis - Definitely Maybe (Rock, Pop Rock; 1994)

- Bad Religion - Stranger Than Fiction (Punk Rock, Hardcore; 1994)

- Fates Warning - Perfect Symmetry (Metal; 1989)

- Saxon - Strong Arm of the Law (Metal; 1980) -- 40 anos dessa pedra fundamental da NWOBHM

- The Rolling Stones - Goats Head Soup (Rock; 1973) -- ganhou uma belíssima versão de luxo no dia de seu aniversário de 47 anos

- Black Sabbath -  Paranoid (Metal; 1970) -- o maior clássico do Metal em todos os tempos completou 50 ANOS!

FAIXAS DO MÊS:


- The Hellacopters - By The Grace Of God (Hard Rock; 2002): adoro essa música, e aí aproveitei a recente "maioridade" de seu álbum homônimo para inclui-la em minhas escolhas. Não me arrependo de nada.

Destaco também:

- Muse - Stockholm Syndrome (Rock, Hard Rock; 2003)

- U2 - Elevation (Rock; 2000)

- Michael Jackson - Smooth Criminal (Pop; 1987)

- INXS - Listen Like Thieves (Pop Rock; 1985) -- mais que adequado para encerrar o mês em que os Phantom Thieves roubaram meu coração, não? (quer dizer, só a trilha sonora oficial seria melhor)

Confira, por fim, a playlist elaborada durante setembro de 2020:

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

BALANÇO MUSICAL - Agosto de 2020

 
(Arte por Frank Quitely)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincidir com o primeiro dia).

Se em minha última postagem disse que gostava de julho, o mesmo não posso dizer de seu sucessor. Agosto é um mês que quase nunca me agradou, e isso tenho certeza de já ter falado outras vezes. E nesse ano poderia ter sido diferente, porque esses 31 dias foram agradáveis, tiveram acontecimentos muito bacanas, mas as mortes de duas figuras conhecidas do meio dos quadrinhos, o Harald Stricker e o Felipe Morcelli (motivo pelo qual o Superman é a capa da postagem), acabaram fazendo com que o período, no fim das contas, deixasse um gosto amargo na boca. Fora que a reta final foi um tanto quanto puxada, mas felizmente tive Persona 5 para me divertir e confortar.

Quanto à música, após dois meses de números gritantes e absurdos, meu consumo musical parece ter retornado a patamares "humanos", ainda que bastante elevados. Segundo meu last.fm, foram 3.180 reproduções (uma média de 102 por dia), que incluíram 625 artistas, 997 álbuns e 2.558 faixas diferentes. A queda pode até parecer surpreendente, mas já era esperada por mim, e creio que se mostrará ainda maior quando setembro vier a acabar. Faz parte, acho.

E também posso dizer que, se tratando do que eu ouvi, foi tudo dentro do esperado. Mais uma vez, aquela mistura já conhecida de Rock e Metal, sem pôr nem tirar, marcou o meu mês, em um bom equilíbrio entre nomes clássicos e algumas novidades mais que bem vindas, que podem ser conferidas em meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- The White Stripes (Rock): tenho que confessar que a dupla que tomou de assalto o mundo da música durante os anos 2000 era uma lacuna em meus conhecimentos musicais. Por isso mesmo, resolvi que iria conferir toda a discografia deles, do início até o fim, um trabalho por dia. E olha, que jornada fantástica, que álbuns e músicas espetaculares que saíram dessa colaboração. O renome é totalmente merecido e acho que ganhei uma nova banda favorita.

Destaco também:

- Metallica (Metal)

- Dio (Rock, Metal)

- Steely Dan (Rock, Jazz Fusion)

- The Beatles (Rock)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Deep Purple - Whoosh (Rock; 2020): vocês acharam que uma banda veterana como o Deep Purple, que se consagrou principalmente durante os anos 1970, não teria mais nada de relevante para gravar após de tantas décadas na ativa, e ainda por cima sem o guitarrista Ritchie Blackmore? Pois não é bem assim. O grupo, em sua formação atual, mostrou que ainda tem lenha para queimar ao apresentar um som da mais alta qualidade, calcado em uma sonoridade clássica, mas sem soar datado e, ainda por cima, repleto de energia. Uma das mais gratas surpresas do ano.

Destaco também:

- Thundermother - Heat Wave (Hard Rock; 2020) -- fiquei em dúvida entre falar sobre o Whoosh e esse, que também é fantástico

- Gathering of Kings - Discovery (Hard Rock; 2020)

- FM - Synchronized (Rock, Hard Rock, AOR; 2020)

- Ryders Creed - Lost Souls (Rock, Hard Rock; 2020)

- The Killers - Imploding The Mirage (Rock, Pop Rock, Indie Rock; 2020) -- outro que também caberia como principal destaque

- Blue Pills - Holy Moly! (Rock, Hard Rock; 2020) -- idem ao anterior

- Porcupine Tree - In Absentia (Rock Progressivo; 2002)

- Type O Negative - Bloody Kisses (Metal; 1993)

- Living Colour - Time's Up (Rock, Hard Rock; 1990) -- essa obra prima completou 25 anos no último mês

- Extreme - Extreme II: Pornograffitti (Hard Rock; 1990) -- também completou 25 anos em agosto

- Europe - Out Of This World (Rock, Hard Rock, AOR; 1988)

- Black Sabbath - Born Again (Metal; 1983)

- The Who - Who's Next (Rock; 1971)

FAIXAS DO MÊS:


- Echo & The Bunnymen - The Killing Moon (Rock; 1984): a música que me apresentou ao Echo & The Bunnymen retornou a minha vida no último mês, não lembro exatamente por quê. Mas ela merece esse destaque por ser uma das melhores já feitas pelo homem.

Destaco também:

- Iron Maiden - Only The Good Die Young (Metal; 1988) -- pelos motivos que relatei no início do post

- The Cure - Inbetween Days (Rock, Pop Rock; 1985)

Por fim, confira a playlist elaborada durante o mês de agosto de 2020:

terça-feira, 4 de agosto de 2020

BALANÇO MUSICAL - Julho de 2020


(Arte por Simone Bianchi)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincidir com o primeiro dia).

Eu gosto de julho. Não sei se já havia falado isso aqui nos anos anteriores, mas é verdade. Não só por ser o mês do meu aniversário (embora isso colabore bastante), mas porque tem um clima bom. Talvez por conta da nostalgia das férias escolares, das viagens que costumava fazer quando criança, das festas que costumava ter quando mais novo, do aniversário do meu saudoso avô apenas dois dias antes do meu... Difícil explicar, mas dessa vez não foi diferente: mesmo na quarentena (sim, ainda estamos nessa... obrigado pela colaboração, Brasil), essa sensação se manteve. E sou mais que grato por isso.

Foi bom no quesito "música" também, caso esteja se perguntando. Julho é conhecido como "Mês do Rock" por conta do Dia "Internacional" do Rock (que só existe por aqui -- também fiquei surpreso quando descobri isso), então aproveitei a semana do dia 13 e parte da seguinte para fazer uma retrospectiva dos meus lançamentos favoritos de cada década, o que acabou rendendo uma boa dose de audições. No fim, segundo meu last.fm, foram 3.450 reproduções ao longo dos últimos 31 dias (uma média de 111 por dia), que incluíram 617 artistas, 959 álbuns e 2.935 faixas diferentes. Sem recordes nem nada, é verdade, mas os números permanecem muito altos.

E o que teve em julho? Bom, muito, mas muito Rock ("Mês do Rock", duh), que predominou em 90% das minhas escolhas, ao lado de um pouquinho de Metal, Jazz e Soul em ocasiões muito específicas. Acabei conferindo poucos lançamentos devido à minha citada retrospectiva, mas ainda achei um espaços para alguns novos sons. E tudo isso você confere em meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTA DO MÊS:


- Dio (Rock; Metal): A voz do Rainbow. A melhor voz do Black Sabbath. E dono de uma carreira solo marcante. É inegável a importância de Ronnie James Dio para o Rock e o Metal, de modo que o baixinho segue sendo influência para muitos até hoje, inclusive este que vos escreve. E como completou 10 anos que o homem partiu desse plano em maio, nada mais justo que homenageá-lo, ainda que de forma singela e tardiamente.

Destaco também: 

- The Doors (Rock)

- The Beatles (Rock)

- Deep Purple (Rock, Hard Rock)

- Rush (Rock, Rock Progressivo, Hard Rock)

ÁLBUM DO MÊS:


- The Stooges - Funhouse (Rock, Art Rock; 1970): esse petardo sem precedentes completou 50 anos nesse último mês. O que falar de Funhouse? Um trabalho experimental, agressivo e que deu vida ao "proto-Punk" consolidado em seu sucessor, Raw Power, é um álbum que todos deveriam conhecer por sua genialidade.

Destaco também:

- Bob Dylan - Rough and Rowdy Ways (Rock, Blues, Folk Rock; 2020)

- The Pretenders - Hate for Sale (Rock, Post-Punk; 2020)

- Avenged Sevenfold - Nightmare (Metal, Hard Rock; 2010) -- completou 10 anos!

- Muse - Supermassive Black Hole (Rock; 2006)

- Foo Fighters - Foo Fighters (Rock; 1995) -- 25 anos desde seu lançamento!

- Helloween - Master of the Rings (Power Metal; 1994)

- Blind Guardian - Somewhere Far Beyond (Power Metal; 1992)

- Queen - The Game (Rock; 1980) -- lançado há 40 anos!

FAIXA DO MÊS:


- Dire Straits - Brothers In Arms (Rock; 1985): desde maio, quando o álbum completou 35 anos, que eu queria falar dessa faixa em uma postagem. Aproveitei e a inclui nesse mês por ser uma das mais belas músicas já compostas pelo grupo de Mark Knopfler, com suas passagens certeiras de guitarra e melodia que toca a alma de qualquer um.

Destaco também:

- Los Coast feat. Gary Clark Jr. - A Change Is Gonna Come (Blues Rock; 2020)

- Pearl Jam - Rearviewmirror (Grunge, Rock; 1993)

- Etta James - I Got You Babe (Soul, Blues; 1968) -- obrigado, The Last of Us.

Confira, por fim, a playlist que fiz durante julho de 2020:

segunda-feira, 6 de julho de 2020

BALANÇO MUSICAL - Junho de 2020


(Arte por Mitch Gerads)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincidir com o primeiro dia útil).

Junho foi um mês cansativo, atribulado e longo. Só que também foi divertido, leve e se passou em um estralar de dedos. Parece contraditório, divergente, e é mesmo, mas essa é a sensação da passagem do tempo durante a quarentena. Aliás, ainda estamos aqui, e parabéns a todos os envolvidos, aqueles que quebraram o isolamento e, principalmente, prefeitos e governadores que estão reabrindo tudo enquanto o país registra mais de mil mortes diárias pela doença, querendo normalizar essa situação trágica em prol de tornar os poderosos ainda mais poderosos. Seja com for, não tive muitos destaques nas últimas semanas, tirando um ou outro momento que se ressaltou.

Na música, por outro lado... Meus Deus do céu. Depois de observar uma certa queda nos números em abril e maio, cheguei em junho e me superei em todos os sentidos. Segundo meu last.fm, foram 3.610 (!) reproduções feitas nos últimos 30 dias (uma média de 120 [!!] por dia), que incluiu 779 artistas, 1.330 álbuns e 3.009 (!!!) faixas diferentes. E eu juro que não era minha intenção, mas acabou que superei vários dos meus recordes pessoais. Eu culpo a quarentena por esse absurdo, mas tenho minhas dúvidas se ele tornará a se repetir.

E no meio disso tudo, claro, muita coisa boa. Como eu havia dito mês passado, pretendia ouvir alguns dos trabalhos lançados recentemente e acabei cumprindo, afinal, aproveitando até para conferir o que saiu no próprio período. Também aproveitei para conferir alguns petardos clássicos, como esperado, o que acabou por resultar em dias bem diversificados e repletos de qualidade, conforme é possível conferir em meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- The Beatles (Rock): uma banda que, assim como Rush, entra na classificação "cara, você só ouve isso?". Mas não é minha culpa se os Reis do Iê-Iê-Iê foram geniais e incansáveis em todas as suas fases. Nesse junho, porém, eles figuram no topo porque, além de álbuns seus fazerem aniversário (vide Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e A Hard Day's Night), aproveitei para corrigir uma falha em meu caráter e conferi todos os três volumes da coletânea Anthology, que na época trouxe diversas raridades, inclusive músicas até então não lançadas, um prato cheio para qualquer fã.

Destaco também:

- Bruce Dickinson (Metal, Hard Rock)

- Rival Sons (Rock, Hard Rock)

- David Bowie (Rock)

- Black Sabbath (Metal)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Paradise Lost - Obsidian (Doom Metal; 2020): esse álbum desperta sentimentos dissonantes. Por um lado, ele é pesado, agressivo, pesaroso e conta com vocais guturais na maior parte de suas faixas. Por outro, ele bonito de se ouvir, consistente e viciante. Eu não sei exatamente o que o Paradise Lost fez aqui, mas o resultado se sobressaiu e coloca Obsidian entre os melhores do ano.

Destaco também:

- Norah Jones - Pick Me Up Off The Floor (Jazz, Pop; 2020) -- outro lindíssimo trabalho, quase o coloquei como destaque principal.

- Neil Young - Homegrown (Rock; 2020)

- Cherie Currie - Blvds of Splendor (Rock; 2020)

- Rush - Permanent Waves (Rock Progressivo; 1980) -- completou 40 anos recentemente e lançaram uma edição especial cheia de extras que vale a penas conferir.

- Deep Purple - In Rock (Rock; 1970) -- um dos melhores discos de todos os tempos completou completou 50 anos no último mês.

FAIXAS DO MÊS:


- Steely Dan - Rikki Don't Lose That Number (Rock, Jazz Fusion; 1974): Steely Dan é extremamente viciante e essa música grudou na minha mente durante esse mês. É uma faixa simples, mas rica de influências e acho difícil alguém não gostar.

Destaco também:

- Beastie Boys (feat. Q-Tip) - Get It Together (Rap; 1994) -- uma das minhas favoritas deles.

- Titãs - Polícia (Rock; 1986) -- impossível não pensar nessa música após toda a repressão nos protestos antirracistas e antifas.

- Lynyrd Snynyrd - Tuesday's Gone (Southern Rock; 1973)

Confira, por fim, a playlist feita durante junho de 2020:

segunda-feira, 8 de junho de 2020

BALANÇO MUSICAL - Maio de 2020


(arte por Nick Derrington)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincidir com o primeiro dia útil).

Maio seguiu a mesma linha de abril: nada de novo, nada de memorável, apenas mais um mês de isolamento social em que não se vive, apenas existe, sobrevive. E que foi um tanto exaustivo por conta do teletrabalho, que vai se mostrando, ao menos nesse médio prazo, uma forma excruciante de se viver. Pode ser falta de adaptação ou apenas as peculiaridades do período em que vivemos mas, ainda assim, é melhor do que se expor diariamente ou, pior, desempregado. E assim seguimos, sempre buscando se proteger o máximo possível e resistindo da forma que nos for mais conveniente.

No meio disso tudo, temos a música, meu alento diário, meu principal lugar de conforto. E esse maio teve uma peculiaridade: eu não ouvi nada de novos lançamentos. Como eu já havia antecipado, os artistas tem adiado seus lançamentos e, embora eu tenha alguns trabalhos dos últimos meses para ouvir, acabei deixando-os de lado para conhecer algumas pérolas mais antigas. Espero conseguir corrigir isso em junho. Seja como for, segundo meu last.fm, realizei 2.970 reproduções no último mês (uma média de 95 por dia), que incluíram 713 artistas, 1.223 álbuns e 2.306 faixas diferentes. Mais uma vez, é possível conferir uma queda nos números, mas eles ainda assim se mantêm elevados.

E quanto à variedade, o mês foi estritamente definido pelo Rock e o Metal, com uma aparição pontual de Beastie Boys em meio a isso tudo. Ainda assim, esbanjou qualidade, como é possível conferir em meus DESTAQUES DO MÊS a seguir.

ARTISTAS DO MÊS:


- Rush (Rock, Rock Progressivo, Hard Rock): que surpresa, não? Não é como se eles vivesse aparecendo entre meus destaques nas postagens nem nada. Mas não tem como. Rush é vida.

Destaco também:

- Queen (Rock)

- The Pretenders (Rock)

- The Winery Dogs (Hard Rock)

- The Beatles (Rock)

- Pink Floyd (Rock Progressivo)

- Bruce Springsteen (Rock)

- Little Richard (Rock Clássico, Soul)

- Beastie Boys (Rap, Rock, Hardcore)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Iron Maiden - Brave New World (Metal; 2000): o álbum que marcou o retorno de Bruce Dickinson e Adrian Smith ao Iron Maiden completou 20 anos! Já dá para chamar de clássico? Creio que sim. O trabalho trouxe tudo o que faltou para a banda durante os anos 1990, em um Metal mais moderno que não deixa de soar clássico, com influências do aprendido pelo vocalista em sua carreira solo. Um discaço que abriu portas para um período muito prolífico do grupo.

Destaco também:

- Bruce Dickinson - Accident of Birth (Metal; 1997)

- Talisman - Humanimal (Hard Rock; 1994) -- recomendadíssimo também!

- Europe - The Final Countdown (Hard Rock; 1986)

- Peter Gabriel - So (Pop Rock, World Music; 1986)

- Dire Straits - Brothers In Arms (Rock; 1985)

- Oingo Boingo - Dead Men's Party (Rock; 1985) -- entrou recentemente nos serviços de streaming e também recomendadíssimo!

- Dio - Holy Diver (Metal; 1983)

- Toto - Toto IV (Rock; 1982)

- Saxon - Wheels of Steel (Metal; 1980)

- Paul McCartney - McCartney II (Rock; 1980)

- The Rolling Stones - Exile On Main Street (Rock; 1972)

- The Beach Boys - Pet Sounds (Rock; 1966)

FAIXAS DO MÊS:


- David Bowie - Girls (Pop Rock; 1987): é engraçada a história de como descobri essa música, pois a adicionei aleatoriamente em uma playlist e, ainda por cima, era a versão japonesa (sim, Bowie cantando em japonês!). Aí eu corri atrás pra saber mais sobre isso tudo, e descobri que a canção foi composta pelo artista, mas foi dada a Tina Turner para gravar, tendo sucesso durante a década de 1980. O camaleão também registrou sua versão e lançou como um b-side de Time Will Crawl, do álbum Never Let Me Down. E é uma faixa viciante, ouso dizer que uma das melhores dele daquela época.

Destaco também:

- B.E.R. - The Night Begins to Shine (Pop Rock; 2015)

- California Breed - Midnight Oil (Hard Rock; 2014)

- Ozzy Osbourne - Mama, I'm Coming Home (Rock, Metal; 1991)

- Lou Reed - Dirty Blvd. (Rock; 1989)

- Extreme - Play With Me (Hard Rock; 1989)

- Men At Work - Dr. Heckyll & Mr. Jive (Pop Rock; 1983)

- Triumph - Fight the Good Fight (Hard Rock; 1981)

- Supertramp - Goodbye Stranger (Rock; 1979)

Confira, por fim, a playlist que elaborei durante maio de 2020:

segunda-feira, 4 de maio de 2020

BALANÇO MUSICAL - Abril de 2020

(arte por Brian Bolland)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês.

O que dizer desse último abril? Nada, basicamente. Não há nada a se contar em um mundo quarentenado que não "hoje eu acordei e existi". Quase nada de novo vem sendo produzido no entretenimento, e boa parte desse pouco logo se extinguirá pela impossibilidade de contato para viabilizar a produção. Essa é nossa nova realidade, não apenas imediata, mas enquanto não for criada uma vacina para o Covid-19. Temos que perseverar, no entanto, tendo em vista que está em jogo aqui não nossos interesses egoísticos, e sim a vida de milhares de pessoas, as quais vão se perdendo mais e mais a cada dia que passa. Mais uma vez reitero: FIQUEM EM CASA.

E quanto à música? Bom, ainda temos material sendo lançado semanalmente, mas já há muitos artistas adiando seus novos trabalhos pela impossibilidade de saírem em turnês de divulgação. Felizmente, ainda temos a nossa disposição um arsenal praticamente infinito de faixas gravadas em anos ou décadas anteriores, então o consumo segue firme e forte. Eu, por exemplo, segundo meu last.fm, realizei 3.050 reproduções nesse último mês (uma média de 101 por dia), que incluíram 741 artistas, 1.298 álbuns e 2.332 faixas diferentes. O número absoluto pode ter tido uma leve queda em comparação aos demais do ano, mas tudo se mantém mais ou menos em uma média esperada (e elevada).

Quanto ao que exatamente eu ouvi nesse abril... Basicamente o de sempre, dessa vez sem grandes surpresas. Ou seja, Rock, Metal, Pop oitentista, Blues, Jazz, sem nada que fuja muito da caixa. Ainda assim, só material da mais alta qualidade, dos quais falo com um pouco mais de profundidade logo a seguir, em meus DESTAQUES DO MÊS.

ARTISTAS DO MÊS:


- Mr. Big (Hard Rock): o supergrupo formado por Eric Martin, Billy Sheehan, Paul Gilbert e o falecido Pat Torpey sempre esteve entre os meus favoritos, e vez ou outra sempre pego para ouvi-los. Dessa vez, a audição ficou sob encargo da fase em que Richie Kotzen substituiu Gilbert, assim como dos trabalhos mais recentes. Só preciosidades.

Destaco também:

- The Police (Rock, New Wave)

- David Bowie (Rock)

- Duran Duran (Pop Rock)

- Metallica (Thrash Metal, Hard Rock)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Trivium - What the Dead Men Say (Heavy Metal, Thrash Metal; 2020): um exemplo de banda que resolveu não parar completamente suas atividades durante a quarentena, o quarteto estadunidense deu sequência a um dos melhores álbuns de 2017 e entregou outro trabalho que deve figurar em muitas listas ao final desse ano. What the Dead Men Say é ainda mais conciso que seu predecessor, trazendo de volta todo o peso, a agilidade e rispidez conferida anteriormente em um grupo que soa ainda mais afiado e a vontade. Tolice é dizer que o Trivium não é um dos maiores nomes do Metal na atualidade.

Destaco também:

- Pearl Jam - Gigaton (Grunge, Rock; 2020)

- Hällas - Conundrum (Hard Rock; 2020)

- Nektar - The Other Side (Rock Psicodélico; 2020)

- The Strokes - The New Abnormal (Indie Rock; 2020)

- Nightwish - Human. :II: Nature. (Metal Sinfônico; 2020)

- Joe Satriani - Shapeshifting (Rock Instrumental; 2020)

- The Sleep Eazys - Easy To Buy, Hard To Sell (Blues Rock, Instrumental; 2020)

- Stone Temple Pilots - Perdida (Rock Acústico; 2020)

- Testament - Titans Of Creation (Thrash Metal; 2020)

- Halestorm - Into the Wild Life (Hard Rock; 2015)

- Blind Guardian - Nightfall in Middle Earth (Metal; 1998)

- Richie Kotzen - Mother's Head Family Reunion (Hard Rock; 1994)

- Hardline - Double Eclipse (Hard Rock; 1992)

- Tears For Fears - The Seeds Of Love (Pop Rock; 1989)

- Arcadia - So Red The Rose (Pop Rock; 1985)

- Black Sabbath - Heaven and Hell (Metal; 1980)

- Bill Withers - Just As I Am (Soul, R&B; 1971)

MÚSICAS DO MÊS:


- Rush - The Enemy Within (Rock; 1984): a parte I da saga musical Fear composta pela banda trata dos nossos medos, incertezas e inseguranças, e como isso faz com que sejamos, muitas vezes, nossos maiores inimigos. Vem a calhar para o momento atual.

Destaco também:

- Gorillaz feat. Peter Hook and Georgia - Aries (Pop Rock; 2020)

- Less Than Jake - All My Best Friends Are Metalheads (Ska Punk; 1998)

- The Call - I Still Believe (Great Design) (Pop, New Wave; 1986)

- Alphaville - Big In Japan (Pop Rock; 1984)

- Joy Division - Transmission (Post Punk; 1979)

Confira, por fim, a playlist que fiz durante o mês de abril de 2020:

segunda-feira, 6 de abril de 2020

BALANÇO MUSICAL - Março de 2020

(arte tirada daqui)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês.

Março... O que dizer? Começou tudo bem, parecia um mês promissor. Fiz algumas coisinhas bacanas aqui e ali nos primeiros dias. Até que, de repente, a situação da pandemia do Coronavírus se agravou pelo país, aplicou-se a quarentena e estou de volta aonde estive na vasta maioria do último ano (ainda que em uma situação bem diferente): em casa, sem poder sair. Mas tudo bem, é por uma boa causa, e quanto mais de nós ficarmos assim por enquanto, mais rápido tudo isso vai passar. Só queria que todos pensassem assim... Deixo meu apelo, portanto: não dê ouvidos para o que algumas pessoas, especialmente certos políticos, estão dizendo e, desde que você possa, FIQUE ISOLADO, longe de qualquer outra pessoa que não more com você, não saia, lave as mãos e tome as medidas de segurança. Logo isso acaba.

E sabe o que veio acompanhado da quarentena? Isso mesmo: aumento do meu consumo musical, indo contra as tendências observadas mundialmente, mas eu ficando em casa, com pleno acesso ao meu Wi-fi, só poderia resultar nisso mesmo. Segundo meu last.fm, foram 3.270 reproduções feitas no último mês (média de 105 por dia), que contaram com 739 artistas, 1.392 álbuns e 2.395 faixas diferentes. OK, talvez não tenha sido aumento se comparado com os números de janeiro e fevereiro, mas sim uma manutenção do que eu já estava acostumado a escutar. De qualquer forma, fico satisfeito que pelo menos uma coisa seguiu na normalidade.

Mas foi apenas esse detalhe que permaneceu dentro dos parâmetros, porque até mesmo o que eu ouvi durante março foi atípico. Quer dizer, aquele básico de Rock e Metal, que todos já estão cansados de saber, permaneceu, mas teve algumas adições e novidades interessantes que destoaram do habitual. Entenda do que estou falando lendo meus DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- Duran Duran (Pop Rock): estou viciado nesses caras. Alguém mande ajuda. Mas falando sério, é impressionante a qualidade do material que o grupo produziu durante a década de 1980, repleta de influências e construindo uma identidade única na época. Um grupo que é mais que recomendado para todos os amantes da música.

Também destaco:

- a-ha (Pop Rock)

- Pearl Jam (Grunge, Rock)

- Megadeth (Thrash Metal, Hard Rock)

- The Who (Rock)

- Dio (Metal)

- Sonic Youth (Rock Alternativo)

- Simple Minds (Pop Rock)

ÁLBUNS DO MÊS:


- Childish Gambino - 3.15.20 (Rap, Soul, R&B; 2020): Donald Glover, o homem por trás do pseudônimo Childish Gambino, é inquieto e provocativo, como já provado inúmeras vezes anteriormente, seja pela aclamada série Atlanta, seja por seu hit This Is America (2018), e que mais uma vez fica claro em seu novo registro, que mergulha de cabeça no experimentalismo e entrega um resultado único. Fica aquela sensação de estranheza ao terminar a audição, mas também é impossível não ficar refletindo em todas aquelas faixas sem nome oficial posteriormente.

Destaco também:

- Body Count - Carnivore (Rap Metal, Thrash Metal; 2020)

- Huey Lewis & The News - Weather (Rock; 2020)

- Five Finger Death Punch - F8 (Metal; 2020)

- Lucifer - Lucifer III (Doom Metal, Hard Rock; 2020)

- My Chemical Romance - Three Cheers for Sweet Revenge (Emo; 2004)

- Mr. Big - Lean Into It (Hard Rock; 1991)

- Iron Maiden - The Number of the Beast (Metal; 1982)

- Rick Wakeman - The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table (Rock Progressivo; 1975)

- Pink Floyd - The Dark Side of the Moon (Rock Progressivo; 1973)

- The Stooges - Raw Power (Rock; 1973)

- Derek & The Dominos - Layla And Other Assorted Love Songs (Blues Rock; 1970)

FAIXAS DO MÊS:


- Ben Folds Five - Kate (Pop Rock; 1997): teve um episódio da série This Is Us em que essa música tocou em um momento descontraído (seguido por um momento horrível). O impacto da cena foi grande o suficiente para poucas pessoas repararem na música, mas a melodia contagiante ficou na minha cabeça e tive que ir atrás dela. Viciei, claro.

Destaco também:

- The Killers - Caution (Rock; 2020)

- Trivium - What Dead Men Say (Thrash Metal; 2020)

Confira, por fim, a playlist feita por mim durante março de 2020: