Muitos tem sido os destaques positivos da DC desde o início do Rebirth. Especialmente os títulos da Trindade (Superman, Mulher Maravilha e Batman), que tem sido os mais elogiados e divertidos de se ler. A HQ solo do Morcego, porém, vem me surpreendendo muito, especialmente por ter tomado um rumo completamente diferente do esperado. Ao invés de uma abordagem mais detetivesca, o roteirista Tom King tem colocado o herói em situações cada vez mais extremas e que o fazem questionar sua própria existência e mortalidade, seja salvando um avião em queda na edição nº 1, seja lutando contra o personagem Gotham (uma espécie de Superman que deu errado) na edição nº 5, seja enfrentando monstros gigantes no crossover "Night of the Monster Men", que se deu nas edições nº 7 e 8.
Dando procedência ao seu longo plano para o Homem-Morcego, King deu início ao seu novo arco, de nome "I Am Suicide", em Batman nº 9. A premissa é simples: para salvar Gotham Girl (personagem introduzida no arco "I Am Gotham"), Batman vai até o Asilo Arkham escolher alguns de seus adversários aprisionados para montar seu próprio Esquadrão Suicida, visando enfrentar o vilão Bane e encontrar o Pirata Psíquico, para que ele possa desfazer os danos ao emocional da citada Gotham Girl. Extremamente bem escrita, graças ao estilo limpo e redondo do roteirista, a revista é um desfile de vilões C e D do personagem, como o Ventriloquista, o Tigre de Bronze, o Homem Pipa (que já havia aparecido na edição nº 6), o Homem-Calendário (antagonista principal do especial "Batman: Rebirth"), Jewlee e Punchee.
O roteiro é, de fato, simples, mas apresenta muitos momentos legais, como Bane contando de seu passado para o Pirata Psíquico e o Batman lutando contra o Tigre de Bronze da forma mais amigável possível, como se velhos amigos estivessem se encontrando e praticando. Alguns deles, porém, se destacam dos demais.
E ATENÇÃO: DAQUI PARA FRENTE SERÃO DADOS SPOILERS DE BATMAN Nº 9.
O primeiro deles é o flashback de Bane. O modo como a narrativa se encerra é fantástico:
O que aconteceu aqui? Simples: uma abertura cinematográfica para a história. Em anos lendo quadrinhos, essa foi uma das coisas mais belas e incríveis que eu já vi. Uma sincronia perfeita entre roteirista e artista em um montagem de quadros pouco convencional.
Outro momento que se sobressai é quando Batman está andando pelo Asilo em busca dos detentos, até que isso acontece:
Para quem não entendeu, conforme implicitado em "DC Universe Rebirth Special", a prisioneira Doe na verdade é a heroína Satúrnia, e o que ela desenhou no vidro embaçado é nada menos que o símbolo da Legião dos Super-Heróis. Quando li a edição pela primeira vez, esses quadros simplesmente explodiram minha cabeça, pois em momento algum foi dito que ela estava internada no Arkham. E esse é um indício que o mistério envolvendo a Legião provavelmente será resolvido em breve na HQ do Morcego.
Por fim, vamos às últimas duas páginas:
Antes de mais nada, observemos a construção dos elementos da primeira página: um detento com uma máscara e camisa de força. Uma referência a graphic novel "A Piada Mortal". O primeiro personagem que se vem em mente é o Coringa. Mas a pessoa ali presente tem cabelos negros. Batman, então, retira sua máscara e, na página seguinte, nos é revelado que aquela é Selina Kyle. A Mulher-Gato. Condenada à injeção letal pela morte de duzentas e trinta e sete pessoas. E aí vem a pergunta: O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI??? Ninguém sabe por que ela está nessa situação, e esse é um dos pontos mais intrigantes da edição, fazendo os fãs pirarem e discutirem incessantemente.
Vale observar que nada disso seria possível sem a incrível arte de Mikel Janin, cada vez mais se mostrando um dos melhores artistas em atividade. "I Am Suicide, part one" pode ter uma história simples, mas é, ao mesmo tempo, perfeita, irretocável, a melhor que li no Rebirth até agora. Estou cada vez mais curioso devido a tudo o que foi apontado, e mal posso esperar para ler o arco completo.
O que aconteceu aqui? Simples: uma abertura cinematográfica para a história. Em anos lendo quadrinhos, essa foi uma das coisas mais belas e incríveis que eu já vi. Uma sincronia perfeita entre roteirista e artista em um montagem de quadros pouco convencional.
Outro momento que se sobressai é quando Batman está andando pelo Asilo em busca dos detentos, até que isso acontece:
Para quem não entendeu, conforme implicitado em "DC Universe Rebirth Special", a prisioneira Doe na verdade é a heroína Satúrnia, e o que ela desenhou no vidro embaçado é nada menos que o símbolo da Legião dos Super-Heróis. Quando li a edição pela primeira vez, esses quadros simplesmente explodiram minha cabeça, pois em momento algum foi dito que ela estava internada no Arkham. E esse é um indício que o mistério envolvendo a Legião provavelmente será resolvido em breve na HQ do Morcego.
Por fim, vamos às últimas duas páginas:
Antes de mais nada, observemos a construção dos elementos da primeira página: um detento com uma máscara e camisa de força. Uma referência a graphic novel "A Piada Mortal". O primeiro personagem que se vem em mente é o Coringa. Mas a pessoa ali presente tem cabelos negros. Batman, então, retira sua máscara e, na página seguinte, nos é revelado que aquela é Selina Kyle. A Mulher-Gato. Condenada à injeção letal pela morte de duzentas e trinta e sete pessoas. E aí vem a pergunta: O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI??? Ninguém sabe por que ela está nessa situação, e esse é um dos pontos mais intrigantes da edição, fazendo os fãs pirarem e discutirem incessantemente.
Vale observar que nada disso seria possível sem a incrível arte de Mikel Janin, cada vez mais se mostrando um dos melhores artistas em atividade. "I Am Suicide, part one" pode ter uma história simples, mas é, ao mesmo tempo, perfeita, irretocável, a melhor que li no Rebirth até agora. Estou cada vez mais curioso devido a tudo o que foi apontado, e mal posso esperar para ler o arco completo.