(Arte por lonehero)
Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia do mês).
Fevereiro foi complicado. Não que os outros meses desde março de 2020 já não venham sendo, mas dessa vez eu senti para valer. Se mês passado reclamei de fatiga e estresse, nesse acabei sentindo as consequências disso tudo. Estive bem longe do meu melhor, de uma forma que teve reflexos em diversos aspectos da minha vida, principalmente no profissional. E olha que, não fosse por isso, o mês nem seria dos piores, com mudanças muito bem vindas em meu quarto, "Carnaval" (entre aspas por conta de pandemia, cancelamento do ponto facultativo - ainda que tenha conseguido um dia de folga - e toda a ausência de qualquer resquício de diversão como deveria ser), WandaVision e o lançamento de Persona 5 Strikers. Seja como for, só me resta perseverar, corrigir meus erros e seguir em frente.
Como já falei por aqui, momentos como esse costumam ser aqueles em que mais consumo música, e dessa vez não foi diferente, resultando em meu segundo melhor fevereiro, atrás apenas do último. Segundo meu last.fm, foram 3.114 reproduções nesse último mês (média de 111/dia), que incluíram 714 artistas, 1.292 artistas e 2.726 faixas diferentes. Apesar de um total ligeiramente menor, acabei por exceder janeiro em todo resto. Duvido que volte a repetir esses números nesse março, mas veremos.
Mais uma vez, fevereiro foi reservado para ouvir um álbum ainda desconhecido por a cada dia e montar uma playlist com uma faixa de cada um deles, seguindo o costume que criei desde (o hoje longínquo) 2016. E após muito refletir em como abordar a postagem nesse ano, decidi por tomar um caminho diferente da última e não resenhar tudo, mas sim apenas fazer breves comentários pontuais sobre minhas escolhas do último mês, em que conferi muitos dos lançamentos do ano até agora, como possível observar abaixo.
- Steven Wilson - The Future Bites (Rock, Rock Progressivo, Rock Alternativo; 2021): parece não haver limites para a criatividade e excelência de Steven Wilson.
- The Dead Daisies - Holy Ground (Hard Rock; 2021): a entrada de Glenn Hughes (e a troca de outros músicos) fez muito bem ao grupo em comparação ao trabalho de 2018.
- Soen - Imperial (Metal, Metal Progressivo; 2021): tão bom quanto o excelente Lotus, de 2019.
- Nervosa - Perpetual Chaos (Thrash Metal, Death Metal; 2021): a nova formação fez com que esse grupo feminino de origem brasileira desse um passo adiante em sua sonoridade.
- Accept - Too Mean To Die (Metal; 2021): talvez o menos inspirado dos álbuns com Mark Tornillo nos vocais, mas segue sendo muito acima da média.
- Foo Fighters - Medicine At Midnight (Rock; 2021): a volta da banda à sua melhor forma depois de alguns tropeços recentes.
- Creedence Clearwater Revival - Cosmo's Factory (Rock, Southern Rock; 1970): um clássico atemporal dessa banda que me arrependo de não te conhecido a fundo antes.
- Pearl Jam - Yield (Grunge, Hard Rock; 1998): um ótimo registro do Pearl Jam nos anos 1990 já era algo rotineiro para eles naquela época.
- The Jam - Sound Affects (New Wave, Post-Punk; 1980): um dos trabalhos que moldaram o som da década de 1980.
- Public Image Ltd. - Album (New Wave, Post-Punk; 1986): um dos discos mais famosos do grupo de John Lydon pós-Sex Pistols, traz a qualidade esperada.
- Cream - Goodbye (Rock; 1969): bom, mas claramente o trio já estava de saco cheio e só cumpriu tabela com esse trabalho.
- Bruce Springsteen - Working On A Dream (Rock; 2006): grande trabalho do Boss em sua fase mais atual.
- Run-D.M.C. - King of Rock (Rap; 1985): misturou Rap com Rock com maestria e fez história.
- Public Enemy - It Takes A Nation Of Millions To Hold Us Back (Rap; 1985): um clássico incontestável do estilo, com letras políticas, agressivas e que seguem atuais.
- Joe Strummer & The Mescaleros - Rock, Art And The X-Ray Style (Rock, Rock Alternativo; 1999): bem diferente de tudo que o frontman do Clash fez com sua antiga banda, mas longe de ser ruim.
- Hayley Williams - Flowers for Vases / descansos (Pop Rock, Acústico; 2021): distante da sonoridade do Paramore, aqui a vocalista entrega um registro bem mais intimista.
- The Pretty Reckless - Death by Rock and Roll (Hard Rock; 2021): o grupo liderado por Taylor Momsen trouxe som da mais alta qualidade em seu mais recente registro.
- Inglorious - We Will Ride (Hard Rock; 2021): um disco bem definido, alinhado e que traz uma banda muito em sintonia para apresentar um ótimo Hard Rock com ares modernos.
- Judas Priest - Stained Class (Metal, Hard Rock; 1978): um clássico do Priest que em muito ajudou a moldar a sonoridade pela qual ficaram conhecidos.
- Sepultura - A-Lex (Thrash Metal, Death Metal; 2009) : um grande trabalho conceitual recente do Sepultura baseado em Laranja Mecânica.
- Blaze - Tenth Dimension (Metal; 2002): o segundo álbum solo de Blaze Bayley dá continuidade ao feito em Sillicon Messiah, ou seja, tudo aquilo que Steve Harris não o deixou mostrar no Iron Maiden.
- Delain - Apocalypse & Chill (Metal; 2020): um registro cujo título amaldiçoou o último ano. Uma pena a banda ter implodido, porque isso aqui é muito bom.
- King Diamond - Fatal Portrait (Metal; 1986): primeiro disco solo de King Diamond segue a linha do apresentado pelo Mercyful Fate à época, então esperem por Metal de qualidade.
- Loudness - Soldier Of Fortune (Hard Rock; 1989): uma das maiores bandas japonesas em seu melhor momento, ou seja não tinha como ser ruim.
- Slash's Snakepit - It's Five O'Clock Somewhere (Hard Rock; 1995): o primeiro trabalho de Slash após sua saída do Guns N' Roses tem um som sujo que encanta o ouvinte, ou seja, tudo que se esperava dele.
- Chicago - Chicago II (Rock; 1970): outro clássico, apresenta boas doses de experimentações entre o Rock e os sons clássicos das big bands de outrora.
- Alice Cooper - Detroit Stories (Hard Rock; 2021): não é o melhor momento do vocalista, mesmo em tempos mais recentes, mas possui alguns ótimos momentos.
- Moonspell - Hermitage (Metal, Doom Metal; 2021): a banda portuguesa optou por seguir por um som mais "limpo" e com um pouco menos de guturais, e acabou por entregar um de seus melhores álbuns.
Confira, por fim, a playlist feita em fevereiro de 2021: