domingo, 18 de fevereiro de 2018

Resenha de UM parágrafo sobre "PANTERA NEGRA"!


Às portas do grande filme-evento que veio sendo construído nos últimos 10 anos, a Marvel Studios toma um passo corajoso com seu antecessor direto e faz dele uma de suas produções menos formulaicas. Pantera Negra trata de legado, reinado e política ao mesmo tempo em que celebra a cultura africana, honra os conceitos de afro-futurismo de Jack Kirby e realiza sua crítica social, em uma espécie de embate entre Martin Luther King Jr. e Malcolm X dentro daquele universo. Escolhas acertadas de elenco, personagens cativantes (com destaque para Shuri, irmã de T'Challa) e criativas cenas de ação prendem o espectador à trama, inteligente e bem amarrada, mas que não consegue criar uma verdadeira sensação de perigo para seu protagonista (algo mais relacionado a já sabermos sobre Vingadores: Guerra Infinita do que com o desenvolvimento do longa em si) e com um segundo ato apressado. Sua importância e representatividade são muito maiores que estes detalhes, porém.

TRAILER:

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Talvez nem tudo esteja perdido para "Han Solo: Uma História Star Wars"


Em junho de 2017, foi divulgado que Phil Lord e Chris Miller foram afastados da direção do spin-off de Star Wars a ser protagonizado por Han Solo, o que me motivou a fazer este texto aqui. Com o passar dos meses, surgiram notícias a respeito do direcionamento para o qual a dupla levava o filme (que parecia uma espécie de "Ace Ventura no espaço"), Ron Howard foi chamado para assumir a função, refilmagens aconteceram e diversos rumores brotaram pela internet, seja acerca da qualidade da atuação de Alden Ehrenreich (que viverá uma versão mais jovem do protagonista), de quanto do filmado anteriormente foi aproveitado e até mesmo das expectativas da Lucasfilm, que aparentemente já projeta um fracasso para o longa. Nem mesmo o mais otimista dos fãs da franquia poderia estar animado depois de novidades desagradáveis.

Eis que chega o último 5 de fevereiro e o primeiro trailer de Han Solo: Uma História Star Wars é lançado, após uma prévia de 50 segundos exibida durante o último Superbowl, no dia anterior. E contrariando tudo o que foi relatado anteriormente, o filme não aparenta ser ruim. Não que ele vá ser o melhor Star Wars já feito, e a frase dita por Qi'ra, personagem de Emilia Clarke, sobre ela ser "a única pessoa que sabe o que ele realmente é" entrega o caminho clichê que o longa pode vir a seguir, mas há mais positivos do que negativos a serem tirados dos vídeos divulgados.

Uma interessante fotografia, cenas de ação bem estabelecidas, Ehrenreich aparentemente à vontade e conseguindo emular o jeito de ser de Han Solo, Donald Glover bem caracterizado como Lando Calrissian, uma certa veia cômica e o que parece ser o próprio Percurso de Kessel (nas cenas finais) foram as impressões passadas pelos teasers, que deixam claro que o spin-off abordará muito do passado do protagonista, mas se focará em uma missão de assalto que deve ter sido definitiva para a formação do caráter do personagem que conhecemos em Uma Nova Esperança. São boas notícias, após a enxurrada de reportes negativos que assombraram a produção nos últimos meses e, apesar de pouco sabermos ou termos visto do filme, talvez seja hora de olharmos para ele com um pouco de otimismo. E Ron Howard sabe ser um bom diretor (ao menos quando ele quer), então, de fato, talvez nem tudo esteja perdido. Que a Força esteja com ele.

Confira abaixo as duas prévias divulgadas de Han Solo: Uma História Star Wars:



quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

BALANÇO MUSICAL - Janeiro de 2018


Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre no primeiro dia útil de cada mês, o que pode ou não coincidir com o dia 1º .

Janeiro parecia um mês promissor. Início de ano geralmente não costuma ser complicado, especialmente aqui no Brasil, onde a máquina só começa a girar, de fato, após o Carnaval, e é a partir daí que as dores de cabeça se iniciam. Mas o que aparentava ser um período mais suave rapidamente descarrilhou e foi tomado por problemas pessoais, preocupações e estresses, e nem mesmo férias daqui do Ground Zero foram o suficiente para aliviar a tensão (talvez só tenha piorado). Eu já imaginava que 2018 não seria fácil, só que precisava começar assim, com pé na porta e tapa na cara, tão cheio de altos e baixos? Enfim, pelejemos.

Essa sensação claramente teve um reflexo nas músicas que ouvi e, consequentemente, na seleção que montei para esta edição do Balanço Musical. Uma sequência de faixas leves e divertidas acabou por evoluir para outras mais pesadas e densas, ainda que tenham se alternado em determinados momentos. Novos nomes e velhos conhecidos marcaram este período, que contou com 812 canções executadas (conforme meu last.fm), mais que o dobro registrado no último janeiro. Nome e imagem não poderiam ser mais apropriados para a playlist deste mês, basicamente definido pelo sentimento bittersweet (agridoce em português), transmitido pela arte do Demolidor feita por Alex Maleev (quer dizer, o herói está descansando após mais um dia sendo surrado - e surrando - nas ruas de Nova Iorque, como não se identificar com isso?), e também sendo uma alusão à clássica Bitter Sweet Symphony, do The Verve.

Felizmente, nem tudo são más notícias: HOJE É O 1º ANIVERSÁRIO DO BALANÇO MUSICAL! E nada melhor para comemorar essa data tão importante do que anunciar algumas mudanças na coluna: a partir de agora, ao invés de apenas mencionar músicas, álbuns ou artistas, passarei a escolher um ou alguns para falar de forma mais detalhada. Você pode conferir essa nova dinâmica logo a seguir.

ARTISTA DO MÊS:

- Arctic Monkeys: após muito tempo sem ouvir o quarteto, resolvi pegar a discografia dos caras e reouvi-la (antecipando-me ao iminente lançamento de seu novo trabalho). O fato é que ela continua muito boa, talvez até melhor do que eu me lembrava, e me fez concluir que: os dois primeiros álbuns seguem sendo brilhantes, Humbug e Suck It and See são extremamente subestimados, e o AM acabou vendo algumas de suas músicas mais fracas ganhando destaque, enquanto as melhor acabaram sendo deixadas de lado pelo grupo e pelos fãs. Uma experiência positiva, bem-vinda e necessária.

ÁLBUNS DO MÊS:

- Greta Van Fleet - From The Fires: a estreia do grupo estadunidense acabou passando despercebida por meu radar de lançamentos do último ano, o que me entristece, pois certamente ganharia espaço em minha lista de melhores. Com um som que muito se assemelha ao Led Zeppelin (às vezes até demais), o quarteto equilibra o clássico com o moderno com seu hard rock de qualidade. Um bom jeito de começar o ano.

- Camila Cabello - Camila: ainda estou tentando entender o que me motivou a conferir este disco, mas não me arrependo. O debut solo da ex-integrante do Fifth Harmony é leve, despretensioso, autoral e viciante. Uma grata surpresa pela qualidade pela qualidade da cantora e um claro destaque no cenário pop atual.

- Machine Head - Catharsis: ainda que longe de ser genial como seus três últimos álbuns, o resultado do novo trabalho do Machine Head me agradou, até superando minhas expectativas (não havia me empolgado muito com os singles). A agressividade do disco - fruto de, como o próprio nome sugere, uma catarse do vocalista Robb Flynn - é algo que falta ao mundo atualmente e que abracei sem pestanejar após os dias que tive.

MÚSICAS DO MÊS:

- John Denver - Take Me Home, Country Roads: a principal faixa do filme Logan Lucky - Roubo em Família (também presente em Kingsman: O Círculo Dourado) muito me cativou nos primeiros dias do ano, graças a sua bela melodia e sua importância no longa.

- David Bowie - Aladdin Sane: a faixa-título de um de meus álbuns favoritos de David Bowie é minha singela homenagem a este gênio da música que viria a completar 71 anos no último 8 de janeiro (e que faleceu dois dias depois de seu aniversário em 2016).

- The Cranberries - Linger: uma das mais famosas músicas do grupo irlandês foi a forma que encontrei de prestar uma homenagem à vocalista Dolores O'Riordan, que tristemente faleceu em 15 de janeiro.

- The Verve - Bitter Sweet Symphony: porque apenas esta música poderia encerrar janeiro do jeito que deveria.

Confira, finalmente, minha playlist para janeiro de 2018: