segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

BALANÇO MUSICAL - Janeiro de 2022

(Arte encontrada aqui. Personagens pertencentes à Atlus Co. Ltd., todos os direitos reservados)

Olá! Seja bem-vindo ao meu projeto Balanço Musical, uma coluna mensal na qual falo sobre música, o que escutei no mês que se passou, o porquê das escolhas, o que me influenciou nesses dias, e publico uma playlist com uma faixa referente a cada dia do período. O objetivo não é nada além de escrever um pouco mais sobre música no blog, apresentar algumas coisas diferentes e dar às pessoas a oportunidade de conhecer novos artistas e canções. As postagens são publicadas sempre na primeira segunda-feira útil de cada mês (exceto quando ela coincide com o primeiro dia do mês -- ou quando não me dá tanta vontade assim).

Janeiro foi um mês que, tal qual o ano de 2022, comecei sem expectativa nenhuma. E não foi para menos: depois de tudo o que aconteceu em dezembro, eu estava um pouco cabisbaixo e sem muita perspectiva. Felizmente, certas coisas se resolveram, e passei a enxergar meu futuro com alguma clareza. Às vezes, precisamos de um belo chacoalhão para despertarmos para certas questões, e acredito que esse tenha sido meu caso. De qualquer modo, estive de férias do trabalho nos primeiros 15 dias (o que foi ótimo para eu tomar a terceira dose da vacina contra o SARS-CoV-19 e poder sofrer sem ter mais nada importante para fazer no dia seguinte) e, quando voltei, não tive que fazer muita coisa, inclusive voltando ao regime remoto integral, então tive bastante tempo para organizar meus pensamentos, assim como assistir filmes como Coquetel Explosivo e Eternos, além dos primeiros episódios da espetacular série do Pacificador, além de produções de Star Wars, como Rebels (sequência lógica após terminar Clone Wars) e O Livro de Boba Fett, que ganhou alguns de seus melhores episódios ali nas duas últimas semanas. Então, posso dizer que os últimos 31 dias foram minimamente estranhos, mas passaram longe de serem ruins e, olhando em retrospecto, dá até para chamar o período de "bom".

Com tanto tempo em minhas mãos, claro que janeiro seria bom musicalmente, e realmente foi. Longe de conseguir repetir o que fiz em dezembro, que acho muito difícil conseguir superar, mas ainda assim foi extremamente digno de nota. Segundo meu last.fm, foram 3.210 reproduções feitas nessas primeiras semanas do ano (média de 103/dia), que contaram com 502 artistas, 696 álbuns e 2.964 faixas diferentes. Os números referentes às músicas foram sem dúvidas elevados, mas os de artistas e álbuns foram bem abaixo do que eu esperava, provavelmente porque parei de ouvir playlists temáticas em determinadas horas do meu dia, mas está tudo dentro do esperado no geral. E achei engraçado que tive um início mais lento durante os primeiros dias, tentando internalizar minhas intenções de pegar um pouco mais leve, mas percebi algo: eu não consigo mais ficar sem ouvir muita música. Então, esses números elevados ainda devem se manter por um bom tempo.

E mais uma vez, não reinventei a roda durante o mês e me mantive mais ou menos dentro do esperado, ouvindo e escolhendo artistas relacionados ao Rock e Metal, embora tenha uma surpresa ou outra em minhas indicações. Mas isso é até bom, pois se mantém no espírito da coluna, o que é importante considerando que essa postagem também é comemorativa dos 5 ANOS DO BALANÇO MUSICAL, que eu jamais imaginei que chegaria tão longe... 

E, sinceramente, talvez esteja chegando a hora de parar. 

Infelizmente, as postagens consomem muito mais do meu tempo livre do que eu gostaria e, por mais que eu ame música, ame escrever e ame fazer essas publicações, elas não dão o retorno devido para que eu continue com elas. Os blogs estão mais do que mortos, ninguém mais tem tempo ou sequer ânimo para ler na internet, e não há motivo para continuar dando murro em ponta de faca. Ainda pretendo fazer durante esse ano de 2022, e pode ser que mude de ideia no decorrer dos próximos meses, mas acho difícil imaginar o Balanço existindo depois de janeiro de 2023. Então, meu conselho é que aproveitem enquanto ainda dá, porque tudo na vida chega ao seu fim. 

De qualquer modo, como estava dizendo, janeiro foi um mês dentro do que se espera de mim, com algumas novidades de início de ano, alguns clássicos e muita música boa, e é possível conferir tudo isso em minha seleção de DESTAQUES DO MÊS logo abaixo.

ARTISTAS DO MÊS:


- David Bowie (Rock): sim, mais uma vez. Deus, o quão previsível eu posso ser? Mas há um bom motivo para Bowie ter sido meu principal artista de janeiro: o mês traz as datas tanto do aniversário dele quanto de sua morte, além do aniversário de lançamento de seu último trabalho, Blackstar. Mas, sinceramente, preciso de justificativa para ouvir ao lendário Camaleão? Definitivamente não.

Destaco também:

- The Who (Rock)

- Korn (Nu Metal)

- U2 (Rock, Pop Rock, Post-Punk)

- Black Sabbath (Metal)

- The Offspring (Punk, Pop Punk)

- The Smashing Pumpkins (Rock, Rock Alternativo, Pop Rock)

- Genesis (Rock Progressivo, Rock, Pop Rock)

- Nightwish (Metal Sinfônico)

- Angra (Power Metal, Metal Melódico, Metal Experimental)

ÁLBUNS DO MÊS:


- The Weeknd - Dawn FM (Pop, Synth-pop, 80s Revival; 2022): The Weeknd é um artista que nunca tive nada contra, até havia chego a ouvir After Hours à época de seu lançamento e gostado do resultado, mas não era lá grande fã. Mas o que ouvi em Dawn FM me chamou a atenção por remeter à sonoridade dos anos 1980 sem deixar de ser atual, e também ser um registro recheado de emoção e ideias. Uma ótima forma de se iniciar 2022.

Destaco também:

- Steve Vai - Inviolate (Rock, Hard Rock, Instrumental; 2022) -- que trabalho espetacular desse mago das guitarras, quase cheguei a colocá-lo em meu destaque principal

- Keb' Mo' - Good To Be... (Blues, Blues Rock, Folk; 2022) -- acho que não estava no clima para ouvir esse e acabei achando meio chato, provavelmente vou revisitá-lo em breve

- AC/DC - Rock Or Bust (Hard Rock, Blues Rock; 2014)

Almah - Unfold (Power Metal, Metal Melódico; 2013)

- Soundgarden - King Animal (Grunge, Hard Rock; 2012) -- demorei todos esses anos para ouvir o último registro da banda, mas achei que foi uma despedida digna (e involuntária) para um dos maiores grupos do Grunge

- Dream Theater - Six Degrees of Inner Turbulence (Metal Progressivo; 2002) -- um dos poucos álbuns do grupo que não havia escutado até então, e que curiosamente fez aniversário dias depois

- Pearl Jam - Riot Act (Grunge, Hard Rock; 2002)

- Alice In Chains - Alice In Chains (Grunge, Metal; 1995)

- Bruce Springsteen - The Ghost Of Tom Joad (Rock, Folk Rock; 1995)

Whitesnake - Slip of the Tongue (Hard Rock; 1989)

- Sisters of Mercy - Floodland (Rock, Goth Rock; 1987)

- Asia - Astra (Rock, Rock Progressivo, Pop Rock, New Wave; 1985)

- Deep Purple - Stormbringer (Rock, Hard Rock, Funk Rock; 1974)

- The Velvet Underground - Loaded (Rock, Rock Experimental, Avant-Garde; 1970)

FAIXAS DO MÊS:


- Steve Conti - Call Me Call Me (Rock; 1999): não mencionei acima, mas janeiro acabou por também ser um mês de despedidas precoces e longe do ideal, e achei que essa música, encerramento de um dos mais marcantes episódios de Cowboy Bebop, cairia como uma luva para simbolizar o momento, bem como fechar a playlist.

Destaco também:

- Muse - Won't Stand Down (Rock, Hard Rock; 2022) -- muito se falou sobre a nova música do Muse antes de seu lançamento, por conta da divulgação de um trecho pelo vocalista Matt Bellamy repleto de peso antes de seu lançamento oficial, com muita gente falando que o grupo iria se aventurar pelo Metal. E realmente, é uma faixa muito mais pesada do que o costumeiro da banda, mas que também não se desvencilha dos elementos mais habituais do trio. Não que isso seja ruim, muito pelo contrário, e me lembrou muito do que apresentaram em Drones, de 2015

- Lyn, Shihoko Hirata, Yumi Kawamura, Lotus Juice - Road Less Taken (J-Rock, J-Pop; 2018) -- músicas de abertura dos Persona sempre caem muito bem para iniciar playlists e, por que não, anos, especialmente essa com sua mensagem que muito ecoou em mim recentemente

- Creed - Riders On The Storm (Rock, Hard Rock, Grunge; 2015) -- desconhecia essa versão, mas gostei bastante

- Seatbelts - Ask DNA (J-Rock; 2001) -- música que escolhi para o dia em que fui tomar a minha terceira dose da vacina, muito como uma piada sobre a crença dos negacionistas de que elas alterariam o DNA das pessoas (!!!)

- R.E.M. - Stand (Rock, Rock Alternativo; 1988) -- ouvir essa música me lembra imediatamente de Parks and Recreation, mais especificamente do episódio que o Ben fica procurando o que fazer enquanto está desempregado e faz uma minúscula animação em stop-motion usando um trecho dessa faixa

Confira, por fim, a playlist elaborada em janeiro de 2022: