segunda-feira, 29 de junho de 2015

"Divertida Mente" e a melhor representação da mente humana que eu já vi (ou Uma carta de amor à Pixar)


Sempre tive curiosidade de saber como o cérebro funciona. Pensamentos, emoções e o comportamento humano são coisas que me fascinam, e entendê-los seria algo que ajudaria muito a compreender melhor as pessoas e o mundo que vivemos (e, por que não, a me compreender melhor também). E, apesar de já ter tirado algumas conclusões próprias, não sou nenhum especialista, sendo meu conhecimento sobre a área bem limitado e possivelmente errôneo em relação a certos assuntos.

Mas é justamente aí que "Divertida Mente" triunfa: em explicar conceitos tão complexos para leigos como eu. Melhor que isso, a animação o faz para crianças. Nunca na vida eu sequer pensei em ver coisas como subconsciente, imaginação, sonhos, valores, memórias e emoções representados de uma forma tão simples, divertida e relacionável. Mas é justamente isso que o longa faz, com maestria e direito a piadas e referências extremamente inteligentes. Uma demonstração perfeita de tudo o que se passa pela cabeça de uma pessoa ao encarar mudanças drásticas e difíceis na vida, ainda mais durante a transição da infância para a adolescência, fase essa tão crucial na definição do ser.

Obrigado, Pixar, tanto por existir quanto por fazer filmes como esse, que desafiam as barreiras da criatividade humana com tanta diversão e alma. Sempre amei esse estúdio fantástico, desde a primeira vez que vi "Toy Story" naquele meu VHS verde, e, graças a animações como "Divertida Mente" (que facilmente já está entre as suas maiores obras primas), posso afirmar que continuarei amando, sentimento o qual só tende a se intensificar cada vez mais. Nunca parem de serem tão brilhantes e iluminados, por favor.